Briga e Reconciliação.

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Henry Cavill.

Thayná saiu de casa tem meia hora. Me ofereci para levá-la, mas a mesma insistiu para que fosse sozinha para dar boa impressão aos olhos dos empresários. Achei desnecessário, mas não discuti. Caminhei com o Kal na rua indo até o correio para ver se havia chegado alguma encomenda, e dentro da minha caixa de entrada havia uma caixa rosa. Peguei-a e li o cartão.

"Fiquei sabendo que o seu aniversário está chegando.

Então resolvi mandar esse presente.

Espero que goste.

Jackson."

Fiquei olhando as palavras escritas a punho. Ele ainda nutre sentimentos por ela, está bem óbvio, mas algo me diz que ele ainda está na luta para tê-la, e isso não irá acontecer mesmo. Volto para a casa, e solto Kal para brincar no jardim dos fundos. Vou ao quarto e entro na minha parte do closet e jogo o presente de Jackson dentro da gaveta de cuecas. Demoro o meu olhar na caixinha rosa, e logo fecho-a.

Volto para a sala e verifico o identificador de chamadas, não havia nenhuma. Decido ir para a sala que uso para treinar, coloco Diggy Down de Marian Hill e começo a fazer flexões. A minha mente disparou a entrevista na editora Stanley. Não comentei com a Thay que a micro empresa que eu e o Charlie construímos é filial com ela, e me senti um pouco culpado em não informá-la desse fato.

Quando estava na quarta sessão de abdominais, o meu celular interrompe a música, e o rosto de Charlie aparece na tela. Levanto-me e atendo.

- Fala Charlie.

- Oi, você não sabe o que acabou de acontecer! - disse rápido. Estranhei. Charlie nunca foi de ficar desse jeito, a não ser que algo muito tenso aconteceu.

- O que houve? - perguntei pegando uma garrafa d'água no frigobar.

- Fui a uma pequena reunião de apresentação para uma entrevista. - comentou.

- E o que houve? Você não soube explicar a diferença entre as câmeras de filmagens? - brinquei já que ele não entende muito sobre isso.

- Vai se foder, Hank! Não foi isso. - disse. Esperei até que se pronunciasse.

- Foi em qual empresa, Charlie? - perguntei trazendo-o para o assunto.

- Editora Stanley. - murmurou. A água travou em minha garganta, me fazendo engasgar.

- Merda, Charlie! Logo essa editora? - praguejei.

- Jenna me ligou e disse que seria uma ótima ideia ir a essa entrevista para explicar a nossa parceria. - explicou. - Mas ambos não sabíamos que a sua noiva seria uma das entrevistadas. - retrucou. Respirei fundo.

- Nem passou pela a minha cabeça que a Jenna pediria isso. - falei. - Mas e aí, como foi? - perguntei.

- Ah, dei a minha apresentação, expliquei o nosso trabalho e que somos a filial da editora. - explicou.

- Você ou a Jenna não mencionou que sou um dos donos da micro empresa, não é? - perguntei com medo do que a Thayná poderia achar disso.

- Não, a Jenna só mencionou o meu nome, mas disse que sou um dos donos, ou seja, irmãozinho, a sua futura esposa suspeita que você pode ser o segundo no comando. - soltou me deixando ainda mais nervoso com a situação.

Vida Nova - Livro 2 O Recomeço.Onde histórias criam vida. Descubra agora