Uma semana sem falar com o Henry. Uma semana sem dormimos juntos. Uma semana sem beijos, carinhos, palavras maliciosas, sem sexo. Uma semana sem me sentir importante aos olhos do meu marido.
Henry e eu só falamos o básico do cotidiano ou as vezes deixamos recados na geladeira, e isso me machuca demais. Até então a maioria das minhas coisas estão no quarto de hóspedes. A imagem dele com a Tara me deixa com os nervos a flor da pele.
As noites tem sido a base de pesadelos deles dois juntos, rindo da minha cara e algo tentando me ferir. Acordava toda molhada de suor, as vezes acabava vendo a sombra dele por baixo da porta, e rezava para ele entrar e me tomar em seus braços, mas logo ele ia embora me deixando sozinha com a solidão.
Hoje irei para Washington com a Jenna e a Hannah. O dia mais aguardado por mim em todos esses anos! A Feira de Livros.
Levantado-me as pressas com tanta ansiedade e vou para o banheiro no corredor. Deixo a água fresca cair em meus membros para despejar a tristeza e a mágoa ralo abaixo. Ao sair do box, sinto uma leve tontura e me apoio na pia. Olho-me no espelho e tento dar um sorriso e dizer que estou bem. Respiro fundo e saio do banheiro.
O espelho mostra uma mulher mais magra, com o rosto abatido, mas ainda sim, muito bonita. Estou vestindo uma calça jeans preta, com uma bata azul com bordados de renda, uma sapatilha e os cabelos preso em um rabo de cavalo. Passo um gloss sabor pêssego e um rímel. Pronto, estou arrumada e pronta para ir aos EUA.
Pego a minha mala e desço a escada. Não sinto a presença de Henry na casa. Digo um oi para o Kal e verifico a sua comida e água, e fico aliviada ao ver que o Henry abasteceu isso. Pego um papel e uma caneta e ia escrever um recado, mas ele aparece na porta da cozinha com umas sacolas do mercado. Seus olhos hipnotiza os meus e logo desce para as minhas mãos com o papel e a caneta, para enfim, pousa-las na mala.
- O que é isso? - sussurrou. Por uma fração de segundo eu vi a sua fisionomia transformar-se em dor.
- Vou viajar. - avisei. Henry franziu a testa.
- Viajar? Para onde? - perguntou com a voz firme. Ele andou até a mesa e colocou as sacolas em cima.
- Washington. Feira de Livros.
- Hm... você não comentou comigo. - murmurou de costas para mim.
- Bem, se comentei, você esqueceu. E se não comentei, agora você já está sendo avisado. - rebati fazendo-o virar-se para mim e me encarar com os olhos em chamas.
- Está fazendo isso de pirraça?
- Não Henry, estou indo viajar a negócios. E não se preocupe que Montesano fica longe de Washington. - retruquei. Ele inspirou forte e olhou para o chão.
- Quando você voltar, teremos um jantar para irmos. - avisou.
- Não vou.
- Você é a minha esposa, tem que me acompanhar em eventos. - esbravejou. Fechei os olhos e respirei fundo.
- Convide a Tara, tenho certeza que ela não irá recusar. - falei amavelmente fazendo com que a raiva de Henry aumentasse. Ele deu a volta no balcão e ficou frente a frente comigo. Senti o meu sangue ferver ao sentir o seu corpo rígido perto do meu.
- Não vou convidar nenhuma mulher. Você vai comigo e ponto final! - sussurrou.
- Vou se eu quiser. - revidei e saí de perto dele indo pegar a minha mala. - Tchau. - saí sem ouvir a sua resposta.
Ao entrar no carro me pus a chorar feito uma criança. Henry anda muito irritado e ignorante, uma coisa que ele nunca foi comigo. Eu ando adiando a minha investigação, pois não sei por onde começar. Ligo o carro e deu marcha ré, indo para a editora.
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Vida Nova - Livro 2 O Recomeço.
Roman d'amourThayná e Henry estão no patamar da felicidade. Estão noivos. E com isso, esse casal terá novos desafios pela frente e muitas surpresas onde eles terão que lutar juntos. "Ele é o melhor de mim." - Thay. "Ela é o meu calcanhar de Aquiles." - Henry Cav...