Mudanças de Planos.

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Henry Cavill.

Dois meses depois...

Hoje é a noite da premiere do Liga da Justiça 2, mas não estou tão ansioso assim. Thayná já fez 9 meses, e pode dar a luz a qualquer momento. Todas as noites acordo com os seus gemidos, mas quando vejo, ela só está tentando achar uma posição para dormir melhor. As noites tem sido de muita ansiedade, principalmente da minha parte.

Fiz ela ficar quieta os últimos dois meses, para não fazer esforço. A Dra. Meyer nos deu a grande notícia que a placenta de Thayná está perfeitamente no lugar e que o parto será sem riscos. Soltei o ar ao ouvir as suas palavras, não aguentaria ficar na sala de espera mais uma vez sem estar ao lado da minha esposa. Prometi a mim mesmo que irei participar do parto da minha filha, e irei cumprir.

Estou na sala, com um copo de uísque olhando mais uma vez o meu relógio de pulso. Thayná está demorando muito, e não é do feitio dela. Coloquei o copo na mesa de centro e me virei para ir atrás de minha esposa, e nessa hora escuto um barulho alto. Levo um susto.

- HENRY! - grita Thay. Saio correndo e subo a escada de dois em dois degraus. Entrei no quarto e vi Thayná sentada no chão, com a caixa de joias e maquiagens espalhadas a sua volta. - Amor, a bolsa rompeu.

- Meu Deus. - corri até ela e a peguei no colo. Desci a escada com certo cuidado e fui para a garagem. A coloquei com cuidado na BMW preta, voltei para a casa e peguei as bolsas das duas. - Calma amor, tudo vai ficar bem. - disse ligando o carro.


Ao chegar no hospital, Thayná estava com contrações mais fortes. A cada dor era um aperto na minha blusa ou no palitó, e isso me deixou mais apreensivo. Nunca pensei em acompanhar uma mulher grávida a beira de um parto. Vi a ginecologista da minha esposa ao longe.

- DRA. MEYER. - gritei. Ela virou-se e nos olhou assustada. A mesma caminhou até nós e verificou o braço de Thay.

- Muito bem, venha comigo, Henry. - pediu ela. Thayná puxou com força a minha blusa pela quinta vez e inspirou com força.

Entrei num quarto particular, e a coloquei na cama como a doutora instruiu. Tirei o palitó e abri mais a blusa, por causa do nervosismo. A Dra. Meyer levantou o vestido da minha esposa e enfiou dois dedos nela.

- Muito bem, Thay. Você tem que esperar mais um pouco. - disse.

- Mais um pouco? Ela está com dor! - disparei nervoso.

- Henry, ela está com pouca dilatação ainda. O parto para ser realizado, a mulher tem que estar com dois dedos de dilatação, no máximo. - explicou. Olhei para Thay e ela forçou um sorriso para mim.

- Tudo bem, pode dar algo a ela para amenizar a dor? - perguntei.

- Infelizmente não. Agora só tentar se acalmar e passar isso a sua esposa. - aconselhou. Assenti e ela saiu do quarto.

Me aproximei da cama e me sentei na beirada. Thay pegou em minha mão e deu um sorriso fraco, para logo depois dar um grande aperto, me fazendo ficar surpreso com sua força.


Depois de 2 horas e meia, a Dra. Meyer voltou e verificou a dilatação de minha mulher, e depois assentiu.

- Perfeito, vamos para a sala de cirurgia. - disse para a enfermeira. Me assustei.

- Sala de cirurgia? - perguntei com o desespero aflorando nos sentidos.

- Calma, o parto será cesáreo, para isso tem que ser numa sala. - explicou. Respirei aliviado e assenti. - Você irá assistir o parto?

- Sim, claro. - soltei.

- Então vá a uma sala e se prepare.

Saí junto com a doutora e duas enfermeiras empurrando a maca onde está a minha esposa. Ao chegar a sala de cirurgia, tive que entrar numa sala a esquerda para fazer o preparo.

Um homem mais ou menos da minha idade me dá as vestimentas azuis, máscara e luvas. Lavei as mãos com um sabão meio amarelado, e logo em seguida coloquei as luvas. Ele me ajudou a colocar a bata azul e sorriu com tranquilidade.

- Mantenha a calma, será um momento especial para vocês. - aconselhou.

- Obrigado.

Entrei na sala cirúrgica e vi a minha linda esposa deitada na maca, com os braços abertos e com uma touca escondendo os seus lindos cachos. Me aproximei e sentei-me num banco ao seu lado.

- Oi pequena. - seus olhos miraram os meus e ela sorriu.

- Oi grandão.

- Ansiosa?

- Muito! Não vejo a hora de ver o rostinho da nossa lombadinha. 

- Eu também, amor. - acariciei a sua bochecha.

- Thayná sente isso? - perguntou a Dra. Meyer.

- O que?

- Ela não está sentindo, ótimo. Vamos começar. - disse a doutora.

Fiquei conversando com a Thay sobre o dia que nos conhecemos e ela riu e admitiu que a culpa fora dela, e ele agradeço mentalmente por ela não se arrepender por isso, porque se não nos conhecêssemos, eu estaria com a Lucy numa vida monótona e vazia. Logo ouvimos um choro agudo e com grande intensidade. 

- Olha, a pequena tem uma garganta boa. - elogiou a doutora. Eu e Thay sorrimos. - Papai, quer fazer as honras?

- Sim. - disse com a voz embargada. Levantei-me e andei até a minha filha. Ao olhar para o esse ser tão pequenino, me senti com certo medo de ser um péssimo pai, mas ao pegar a tesoura e cortar o cordão umbilical a minha ficha caiu que tive um excelente pai, que tive excelentes exemplos a minha volta e que a minha linda esposa estará ao meu lado para eu ser um pai exemplar.

- Pegue e a leve para conhecer a mamãe. - pediu a Dra. Meyer. A enfermeira me trouxe um pacotinho com um lençol verde em sua volta. Fiquei um pouco sem jeito para pegar a Hayley no colo, mas ela se encaixou perfeitamente em meus braços.

- Obrigado. - disse para a enfermeira e ela sorriu. Andei até a minha esposa e a mesma estava com os olhos marejados. Sentei-me na cadeira e mostrei a nossa filha ela.

- Meu Deus, como você é linda lombadinha. - falou pegando na mãozinha de Hayley. A mesma abriu os olhinhos e deu um pequeno sorriso ao reconhecer a voz da mãe. - Minha pinguinho de leite.

- Nossa pinguinho. - acrescentei. Thayná sorriu para mim e Hayley ficou agitada ao ouvir a minha voz. - Obrigado, amor.

- Eu te amo! - lhe dei um beijo apaixonado demonstrando a minha gratidão infinita.

Vida Nova - Livro 2 O Recomeço.Onde histórias criam vida. Descubra agora