Cap. 33

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Antes de poder-mos dizer mais qualquer coisa, chega o homem do abastecimento. Já era muito velho, barba branca e rugas na cara toda, e trazia atrás uma caixa cheia de comida.

- Boa tarde, meninas.- disse ele.- Devem ser do Joseph, certo?

- Sim, viemos buscar a comida.

- Claro, aqui está.- diz ele enquanto puxa uma caixa com uma corda.- Mas olhem que vai ser complicado vocês levarem isto pela rua acima.

- Deixe estar, nós conseguimos.- disse eu.- Acho que somos fortes o suficiente.

- A sério? Não querem que eu vos leve? Era mais fácil assim. De carro nem demoro 5 minutos a chegar ao café.

- Bem, acho que, se não se importar, íamos. O que dizes Carolina?

- Por mim está ótimo!- disse ela.

Entrámos no carro (que parecia mais um camião) e fomos em direção ao café.

- Muito obrigada!- agradeci.

- De nada. Até á próxima!- disse ele.

Eu e a Carolina tirámos a caixa do porta-bagagens e entrámos no café.

- Bem, chegaram mais cedo!- disse Joseph.

- Onde está a Kalani?- perguntei.

- Humm, a mãe dela teve de a vir buscar para irem comer.- disse ele.- Mas agora também não há tempo para pensar nela, temos de abrir o café, não? Vão arrumar as coisas!- disse ele. O tom de voz estava mais grave, ele parecia chateado, como se algo tivesse acontecido...

- SARAH?!- disse ele aos berros.- EU DISSE PARA ARRUMARES AS COISAS COM A CAROLINA!

- CALMA Joseph! Eu estava só a pensar numa coisa, não precisas de me falar assim, não te fiz nada de mal.

Ele começou a aproximar-se de mim com cara de bruto. Ele apenas fazia essa cara quando estava muito chateado. Eu comecei a sentir-me assustada com o olhar dele, então fui andando para trás até bater na parede com as costas.

Ele chegou-se perto de mim, parou e respirou. Conseguia ouvir-lo a contar até 10.

-1...,2...,3...

Sentia a respiração dele a acalmar, de maneira a que o olhar dele mudasse também.

- Sai!- disse ele.

- O quê? Estás a despedir-me?

- Saí antes que eu te diga alguma coisa que eu não queira.- disse ele.

Eu peguei nas minhas coisas e fui-me embora com uma lágrima a escorrer-me no rosto. Nunca pensei que alguém como ele me pudesse olhar desta forma.

Fui em direção á casa da minha tia.

-Tia? TIA? Estás aqui?- gritei ao abrir a porta.

- Bem, ela não, mas eu sim...

Não acreditei quando a vi.

- Taylor? És tu?

- Sim, sou.

Abraçámos-nos com a maior força do mundo.

- O que fazes aqui?

- O Hayes queria que e confirmasse que tu estavas bem aqui.

- Bem, não é o melhor sítio do mundo, mas eu aguento-me.

- Mas não vim cá só por causa disso...- disse ela.

- Que foi?

- O polícia que nos contou a história da mãe e do pai morreu ontem.

In love with you//Hayes GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora