Céci
Antes eu era alegre, mas fria, eu senti felicidade, mas não sabia o significado de amor, eu sabia sorrir, mas não sabia o que significava sorri para quem amamos, eu sabia da existência de outras pessoas, mas eu não sabia de você, eu não sabia da existência da única pessoa que eu acho que vou amar.
Quando eu cheguei a Atlanta, eu só visava cumprir meu trabalho, cuidar de Clove e quando não precisasse mais de mim, retornar ao 13 ou a Capital, mas algo me prendeu aquela cidade à beira mar, não sei se foram os olhos azuis, ou a constante mudança de tom que beira o verde, ou o sorriso que ele me deu quando eu tropecei nele quando estava andando na praia.
Eu estava olhando tudo, nunca tinha estado perto do mar, sentido a areia nos meus pés descalços ou... puft!
- Meu deus! Me desculpe eu... eu... – eu era desastrada demais! Eu esperava que aquele rapaz deitado na areia fosse me dar um sermão sobre prestar mais atenção aonde piso, mas, ele apensar começou a rir e seu sorriso brilhava no sol, ou eu tinha batido a cabeça.
- Rocco. – disse, assim que conteve o riso.
- Hã?
- Meu nome. – ele balançou a cabeça para mim, como se eu tivesse que ter entendido. – Rocco.
- Céci.
- Prazer Céci. – sorri. – Sei que ficar em cima de mim deve ser tentador, mas você poderia sentar do meu lado?
- Desculpe. – eu praticamente me joguei ao lado dele, que micooooo!
- Tudo bem, relaxa. – ele se levantou e sentou também. – Você é nova aqui? Não é uma cantada, eu juro. – olhei para ele e o vi sorri novamente. – Só que cidade pequena, todos se conhecem e esse tipo de coisa.
Sorri. – Sim, eu me mudei há uma semana mais ou menos, sou enfermeira do 13 e estou aqui a trabalho.
- Ow, o 13 é legal, eu vi o que vocês fizeram nos aeros, todas aquelas melhorias e a nova tecnologia empregada nos barcos.
- Acho que não ajudei muito nisso, a área de enfermagem é bem longe do laboratório. – eu ri e Rocco se desculpou meio sem graça. – Tudo bem.
Aquele foi o primeiro encontro na praia, e meu primeiro amigo depois de Clove, eu estava feliz. Eu e Rocco nós encontramos mais vezes na praia, conversávamos, pescávamos e ensinávamos coisas um ao outro, ele me ensinou a dar o nó com que fazem as redes de pesca, mas usou a linha para fazer uma pulseira trancada e amarrar no meu braço.
- Ow, é linda, obrigado. – ele estava olhando para o mar, e eu pensei que ele fosse falar algo filósofo e tal, ai veio o tapa verbal que eu não esperava.
- Céci, quer sair comigo? – ele continuou encarando o mar. – Se não quiser tudo bem e...
- Quero.
Ele se virou sorrindo, de orelha a orelha. – Próxima semana, durante a festa na praça, você é toda minha!
- Okay.
- Ohhh mulher, não diga okay para mim tão facilmente. – ele segurou minha nuca e me deu um beijo, eu já tinha beijado outro caras, e até uma garota, okay, foi ela que me beijou quando só tinha que fazer respiração boca-a-boca, mas aquele beijo estava sendo tão estranho, não, diferente, estava sendo tão diferente dos outros que eu podia jurar que era como se fosse o primeiro, o primeiro com alguém de que meu gosto de verdade, correspondi.
***
- Rocco, foi tão fofo! –ele estava colocando as redes para secar, ou sei lá o que era aquilo. – Ela não conseguiu responder e pediu um tempo, foi muito fofo!
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Cartas para você - Cato e Clove
FanfictionE se você pudesse consertar as coisas com aquela pessoa? Pudesse ordenar seus sentimentos e descobrir o que realmente estava sentindo antes de tudo desabar? Cato e Clove terão essa chance. "Depois da 74ª edição dos Jogos Vorazes, os tributos não mor...