Eu acordei tocando um muro? Abri os olhos e percebi que era o peito do Cato, ‘Deus! Nós dormimos juntos de verdade? Vou desmaiar aqui’, no susto eu empurrei com tudo.
- Ai ai, onde é o incêndio??? – Cato levantou do chão passando a mão na cabeça com os olhos semicerrados, a cena foi, como sempre, hilária, ‘Cato, vire comediante!’. Eu comecei a rir e ele foi abrindo os olhos.
- Ok, pode me dizer o que eu faço aqui e... – ele me olhou por um tempo – Não me diga, a senhorita me empurrou? – como resposta eu ri mais ainda.
- Me dê sua mão um minuto. – dei minha mão para ele segurar, em um instante eu estava na cama, em outro eu estava no chão, bem, não no chão, mas em cima de Cato, isso já tava se tornando muito b... er muito constrangedor, isso, constrangedor!
Agora tanto eu, quanto Cato ríamos, então ele começou a levantar e me levar junto, fomos para a porta e eu parei do nada e quase caímos de novo. (n/a: LOL, pq ñ caíram e se agarraram no chão mesmo?)
Ele me olhou inquisidoramente: - Porque você parou?
- Pra você me dizer para onde está me levando, oras!
- Não que tenhamos muitas opções, mas eu pensei em irmos tomar café, porque eu estou com muita fome! – ahhh, sim, tomar café, o que eu tava pensando?
Descemos as escadas em silêncio, Cato não soltava minha mão, se eu já não queria falar sobre ontem, aquela mão segurando a minha era o suficiente pra deixar meu cérebro inútil para pensar. Chegamos à cozinha e Cato começou a mexer nas panelas, abrir geladeira, olhar nos armários, ok ele tava perdido né?
- Acho que alguém se perdeu na cozinha. – disse olhando para os lados, mas peguei um olhar de ‘vou te matar’ escapando de Cato.
- Ah é? Faça melhor então, na-ni-ca! – nanica? Tocou no meu ponto fraco né mané?
- Ok seu gigante loiro! – ele só riu, maldito!
Acabei fazendo o café, tive algum problema com algumas panelas que estavam a metros e mais metros de altura, mas Cato pegou, ‘tô falando que ele é um gigante!’
- Então, eu não fiz melhor, porque certa pessoa não deu nada pra competir com minha comida HAHA
- É né, nem tá tão bom assim. – Cato falava enquanto comia, ‘maldito, se não está bom não coma!’
- Acho que eu vou para casa... – trim trim trim, o telefone começou a tocar, Cato abandonou a comida e foi atender.
- Alô? Ahh, sim mãe... tá... aham... sim eu comi... não, não foi ela... não, eu não botei fogo na casa... É, tem uma colega minha aqui, sim, a Clove... Ahhh mãe, para! Tchau mãe, tchau! – ele desligou e colocou a cabeça na parede, então começou a rir.
- Cato, você tá bem? Ou será que tem radiação saindo do telefone? – ele virou pra mim, e começou a rir mais, ‘pelo amor de Deus será que não ultrapassamos a cota de risos de hoje não?’
- Era só minha mãe, ela disse que alguns trechos da linha do trem caíram e os trens estão presos na Capital, ahh – ele riu mais, levantei a sobrancelha e Cato apontou para mim – Você sempre faz isso quando quer saber algo não é?
- Oi?
- Levantar a sobrancelha, você sempre faz. – droga, eu achei que ninguém reparava nisso.
- É, acho que sim, faço isso às vezes. Mas, o que foi que sua mãe disse que foi tão engraçado?
- Você quer mesmo saber? – assenti que sim – Que eu vou acabar er... Escorregando na lama que tem do lado de fora se eu sair! – ok Cato, você deve ser idiota de rir tanto disso.
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Cartas para você - Cato e Clove
FanfictionE se você pudesse consertar as coisas com aquela pessoa? Pudesse ordenar seus sentimentos e descobrir o que realmente estava sentindo antes de tudo desabar? Cato e Clove terão essa chance. "Depois da 74ª edição dos Jogos Vorazes, os tributos não mor...