Capítulo XXI

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Por Rebeca

Estou em choque, a ligação me deixou em choque, fico paralisada por algum tempo, até perceber que tenho pouco tempo para ficar apresentável, minha vontade e de sair correndo, meu estômago dói, puta que pariu, levanto no pulo, começo a juntar a bagunça que tem pelo meio da casa, ainda bem que limpei ontem, se não agora estava realmente ferrada, quinze minutos depois já estou tomando meu banho, eu estou nervosa pra caralho, por que isso tem que acontecer agora, não estou preparada, e se elas não gostarem de mim? Droga, droga, e droga. O banho é rápido, visto um vestido azul, não ficou bom, pego mais uns três, nada fica bom, droga, coloco um short não tão curto e uma blusa verde, vai ser isso mesmo, passo uma maquiagem para diminuir a cara de morta, não adianta muita coisa, se eu fosse branca estaria azul agora. Vou para a cozinha, preciso fazer algo pra servir para as visitas, tem suco e algumas bolachas, eu preciso de café, muito café, a campainha toca, meu coração para. Seja oque Deus quiser.
Vou em direção a porta, estou tremendo mais que vara verde em tempestade, abro a porta.
- Oi baby.- Oliver me beija.
Tremo ainda mais ao ver duas mulheres atrás dele.
- Entrem.- Tento controlar minha voz, oque eu não consigo claro, todos entram, eu conto até dez mentalmente e fecho a porta.
- É um prazer conhecê-la.- Fala a irmã de Oliver, ela é tão bonita quanto ele, seus cabelos são de um loiro brilhoso, seus olhos verdes claros, pele branca, uns centímetros há mais que eu, ou deve ser por causa do salto, ela esta vestindo uma calça que realça suas curvas, uma blusa branca decotada, seu eu gostasse de mulher com certeza esse seria o meu tipo.- Eu sou a Patrícia.- Me puxa para um abraço.
- Eu sou a Rebeca e o prazer é todo meu.
- Não fique nervosa querida.- Fala com uma voz calma, quase consigo aceitar seu conselho, ela me solta do abraço.
- Baby essa é minha mãe, senhora Carmen.- Fala Oliver apontando para a outra mulher, ela não parece ter mais que quarenta e seis anos, usa uma calça colada, ela deve cuidar muito bem do seu corpo, está melhor que o meu sem sombra de dúvidas, sua blusa é vermelha e está com um casaquinho preto, ela não é nada do que imaginei, seus cabelos são pretos longos e meio ondulado, seus olhos são castanhos escuros, Oliver e a irmã se parecem bem pouco com ela, a não ser pela altura e alguns traços do rosto, se eu visse essa mulher em qualquer lugar não poderia dizer que ela tem dois filhos.
- É um prazer conhecê-la senhora Carmen.- Falo e estendo a mão, oque ela ignora, me puxa para um abraço.
- Me chame de Carmen por favor, ainda sou nova para senhora.- Sorrio, estou mais calma, ela transmite isso, se abraço e caloroso e cheio de amor.
- Vamos sentar, por que assim não corro o risco de cair.- Estamos sorrindo, o clima está com certeza mais agradável.- Vocês aceitam algo pra beber?- Pergunto.
- Não minha querida, acabamos de tomar um café, obrigado.
Estamos sentados no sofá, Carmen e Paty me olham com um sorriso no rosto, começo a ficar com vergonha.
- Como foi a viagem Carmen? - Pergunto tentando puxar assunto.
- Maravilhosa, é bom estar de volta.
- Fala assim mas garanto que ja está planejando outra né mamãe?.- Fala Paty.
- Claro que estou, mas vou passar algum tempo aqui, tenho coisas para resolver.
Oliver e Paty sorriram, Oliver esta sentado do meu lado com o braço em volta dos meus ombros, ele está realmente feliz.
- Me fale um pouco sobre você Rebeca.- Pede ela.
- Não tem muito oque falar.
- Deve ter, ninguém vive sem ter oque falar sobre si mesmo.- Volto a ficar nervosa.
- Bem eu tenho 21 anos, sou secretaria do Oliver, entrarei na faculdade de direito ano que vem, acho que é tudo.- Sorrio fraco.
- Então você quer ser advogada, é uma ótima escolha, oque seus pais acham?- Meu coração se aperta, eu não gosto muito de falar sobre isso.
- Eu fui deixada em um orfanato, não conheci meus pais.- Ela parece ter ficado triste, claro que ficou né, é a reação normal ao ouvir isso de qualquer pessoa.
- Sinto muito minha querida.- Fala em tom de desculpa.
- Foi há muito tempo, não precisa se sentir mal por isso.- Falo tentando tirar o clima de tensão.
- Você e Oliver se conheceram como?.- Pergunta Paty. Oliver sorri, ele não falou nada desde que nos sentamos.
- Conta pra elas baby.- Ele ta achando engraçado toda essa situação.
- Eu esbarrei nele em uma balada, derramei sua bebida, e depois nos beijamos.- Sorrio ao lembrar daquela noite, quem diria que um beijo de balada iria dar em namoro.
- Devo lembrá-la que não me ligou no dia seguinte?- Diz Oliver sorrindo, todos estamos sorrindo.
- Eu perdi o cartão, um pouco de azar, você sabe que sou azarada.
- E como se reencontram?- Pergunta Carmen realmente interessada na história.
- Eu comecei a trabalhar pra ele, imaginem minha surpresa ao descobrir que o cara que beijei na balada era meu chefe? Eu fiquei apavorada, e pra piorar a situação ele finjio não se lembrar de mim.
- Foi você que não me ligou.- Fala Oliver fazendo cara triste, mas logo volta a sorrir.
- As vezes tudo acontece como realmente deve acontecer.- Carmen fala como se estivesse lembrando de algo do passado.
- Deveria ser desse jeito.- Paty sorri nos olhando.
Acho que elas estão shipando esse casal aqui.
A conversa flui normalmente, não estou mais tensa, me sinto a vontade, a família de Oliver é tão perfeita quanto ele. Carmen fala sobre suas muitas viagens, Paty conta sobre sua vida, Geovana iria adorar conhecê-la, quem sabe até não rola um namoro, sorrio ao pensar na doida da minha amiga. Não nos damos conta de que já são nove da noite, até Paty falar que estava com fome. O tempo passa rápido quando nós estamos nos divertindo.
- Se vocês quiserem podemos sair pra jantar.- Oliver fala.
- A conversa está tão boa, por que não pedimos algo e comemos aqui mesmo?- Sugere Carmen.
- Que tal comida chinesa? Eu conheço um lugar que entrega e os rolinhos primavera são os mais deliciosos que já provei.- Falo.
- Comida chinesa esta ótimo.- Carmen fala abrindo um sorriso, essa minha sogra não é nada do que pensei.
- Então eu vou pedi.- Me levanto e vou até o quarto pegar meu celular, quando estava voltando para a sala ouço a voz de Carmen.
- Ela é uma mulher maravilhosa meu filho, você tem muita sorte, ela parece te amar mesmo.- Graças a Deus ela gostou de mim, e sabe que sou louca pelo seu filho.
- Eu sei mamãe, tenho muita sorte.- Seu tom é de administração.
- Se você não pedir a mão dela em casamento eu peço.- Diz paty sorrindo. Vai com calma ai cunhadinha, só tem um mês de namoro, ta muito cedo, eu acho né.
- Sai por que ela é minha, e está muito cedo.- Esse é meu namorado, sabe exatamente como responder essas perguntas, se fosse eu teria me enrolado toda.
- Você sabe que eu e seu pai nos casamos após seis semanas de namoro não sabe filho?- Eu não sabia disso, é melhor eu voltar pra sala antes que Oliver mude de idéia sobre ser cedo. Estão todos sorrindo. Falo que ja pedi a comida, oque deixa Paty muito feliz, voltamos a conversar, mas não tiro da cabeça oque a mãe do Oliver falou. Eu seria uma boa esposa? Uma boa mãe? Meu coração se aperta, não tive exemplo de casal na minha vida.
Depois de algum tempo a comida chega, comemos assistindo ao filme de comédia. Quando o filme termina Oliver vai deixar elas em casa. Me despeço delas, foi uma noite muito agradável, e pela primeira vez na vida não me senti julgada por uma sogra, isso é novidade. Oliver falou que voltaria para dormir aqui, estou muito cansada acho que não vou conseguir ficar acordada por muito tempo, vou para o meu quarto e tomo um banho coloco meu pijama e me deito, luto contra o sono, mas sou vencida facilmente.

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Oie meus amores
Sentiram saudades?
Desculpa a demora para postar, esse final de ano foi muito agitado.
Altas ressacas, altas festas.
Até tive um pequeno bloqueio de escritora kkkkk ve se pode um negócio desse....
Quero desejar a todos que tiram um tempinho para ler Maldita Tequila, um 2018 cheio de paz, amor, saúde, tudo de bom pra todos... 😍👏👏👏

Maldita TequilaOnde histórias criam vida. Descubra agora