Por Oliver
- Conheci sua namorada, muito bonita ela, e simpática pelo visto.- Fala Eliza enquanto me aproximo da cozinha. Terminei de malhar agora, estou suado, oque não a impede de me abraçar.- Estou muito feliz por você filho.- Me da um beijo na testa.
- Eu também estou feliz, como nao imaginava ser possível.- Ela me dá um de seus sorrisos doce e cheio de amor.- Mas a senhorita não devia estar a caminho de Santiago agora? Não quero que a Júlia me acuse de deixar a mãe dela presa em trabalho.- Júlia é a única filha da Eliza, ela se casou a três anos e se mudou de Seattle, éramos muito próximo quando criança, o trio encrenca como papai costumava chamar, confesso que tive um amor platônico por ela, eu era criança e não fazia idéia do que significava esse sentimento, a adolescência chegou e meus sentimentos se foram, agora só resta um amor de irmão por ela.
- Eu só passei para deixar o seu presente.- Todo ano desde que me entendo por gente ela me da um presente no Natal, nada demais, só que com grande significado.
- Obrigado, mas você sabe que não precisava gastar comigo não é mesmo?
- Todo ano você me fala isso, mas se eu finjo que esqueço fica jururu pelos cantos.
- Ta isso é verdade, obrigado Eliza, eu te amo sabe disso não é?
- Eu sei, sou uma senhora impossível de não se amar.
- Modesta você em?
- Mais umas das minhas muitas qualidades.- Sorrimos, ela é minha segunda mãe, e eu amo seu senso de humor. Diferente da minha mãe Eliza nunca me deixou sozinho, estava presente em todos os momentos da minha vida, me tirou de algumas encrencas, sempre me deu seu ombro pra chorar, quando Penélope partiu meu coração ela estava ao meu lado, aguentou minhas bebedeiras, e não me deixou chegar tão ao fundo do poço, eu so tenho a agradecer.
- Espere aqui.- Falo e vou no meu escritório, eu também comprei um presente. Volto para a cozinha.
- Aqui está, mas prometa que só vai abrir quando chegar na casa da Júlia.
- E você vai me fazer ficar curiosa? Assim que me ama?
- Isso se chama prazer adiado.
- O senhorzinho me paga.- Fala com um sorriso de orelha a orelha.- Agora vou indo, se não perco o vôo. Feliz natal querido.
- Feliz natal.- Ela sai.
Caso estejam curiosos assim como Eliza para saber oque é o presente, bem, vão continuar, eu não vou contar.
Vou pro meu quarto, a Rebeca não está na cama, ouço musica vindo do banheiro, vou até la, a porta está apenas encostada. Ela esta na banheira, coberta de espuma, seus olhos estão fechados, por um momento achei que ela estivesse dormindo, mas percebo que seus dedos estão balançando no ritmo da música. Ela parece tão tranquila, eu gostaria de ter ela todos os dias aqui comigo, isso seria um sonho, até que não seria uma má idéia pedir sua mão em casamento, assim ela seria só minha e eu só seu, está muito cedo, sei disso, mas sinto que com ela eu consigo ser eu mesmo, ela me completa, é possível um sentimento se tornar tão forte em tão pouco tempo, isso parece realmente uma loucura, o amor não é um sentimento para se compreender.
-Baby?- Falo e ela me olha saindo do seu transe.-Posso te fazer companhia ai dentro?
- Eu adoraria, essa banheira e muito grande só pra mim.
Me aproximo tirando a camisa que esta grudada em meu corpo pelo suor, depois o short, fico nú. Ela me olha com admiração, babando, sua cara fica engraçada, ela balança a cabeça de um lado para o outro como se quisesse tirar um pensamento, e pela sua cara era um daqueles maliciosos. Entro na banheira por trás dela, um pouco da água derrama no chão. Só por estar perto dela meu pau ja fica duro, ela percebe e sorri.
- Vejo que alguém está animado.
- Acho que ele gosta de você.
- Espero que seja só de mim.- Sinto cheiro de ciúme no ar.
- Creio que seja.
Ela vira, ficando de frente pra mim, seu olhar é intimidador, aquele tipo de olhar que faz você querer correr pra longe.
- Depois desse olhar, eu tenho certeza que é so de você.
- Bom mesmo.- Fala e sorri.
Não me controlo e beijo sua boca, ela corresponde, não demora muito para estarmos ofegantes. Olho para seu rosto, ela ainda está com os olhos fechados mas com um sorriso em seu rosto, acaricio sua bochecha, ela é divina, nunca houve ou haverá mulher com tal charme, ela possui uma beleza leve e única, tudo nela é admirável.
Sinto suas mãos indo até meu pau, insaciável, essa palavra descreve meu desejo por essa mulher, em um momento parece uma flor do campo, delicada e selvagem, em outro se transforma em um furacão levando tudo a sua volta. Ela faz movimentos pra cima e pra baixo, minha respiração é profunda, beijo sua boca, aperto seus peitos, ela geme contra meu beijo. Coloca cada perna de um lado do meu corpo, meu pau na entrada de sua buceta, ela vai descendo devagar, aproveitando cada centímetro, geme, e começa a rebolar mais rápido, fazendo derramar mais água da banheira, aperto sua cintura, fazendo-a ir mais rápido, rosno em seu ouvido, ela me deixa doido, não demora muito e ela goza chamado meu nome.
- Fica de quatro.- Mando e ela obedece.
Penetro fundo em sua buceta, estou com muito tesão, puxo seu cabelo, bato em sua bunda oque a faz gritar, vou mais rápido, preciso me perder em seu corpo. Ela rebola, coloco um dedo em seu ânus, ela geme, eu adoro ouvir seus gemidos, coloco dois dedos sinto seu corpo estremecer, ela rebola ainda mais, isso me deixa louco, minhas estocadas estão mais rápidas, sinto ela gozando novamente, ela grita de prazer, tiro meu pau de sua buceta e coloco na entrada, ela se encarrega do resto, empurrando sua bunda, rebolando devagar, gemo entre os dentes, mordo meu lábio, ela é uma gostosa da poha, aumenta o ritmo, estamos ensaboados, gemendo feito dois insanos, sinto o climax percorrer meu corpo, e gozo, ela não para de rebolar, também está perdida, me acompanha nesse momento único. Saio de dentro dela e me sento na banheira, ela faz o mesmo, ficamos ali sem falar nada, apenas ouvindo a música que toca em seu celular e o barulho que nossas respirações estão fazendo, eu poderia ficar assim pelo resto do dia, ter ela colada em meu corpo faz meu coração bater mais rápido, minha alma se alegra com a presença dela, meu corpo todo é invadido por uma paz enorme, paz essa que nunca imaginei sentir. Ficamos um bom tempo assim apenas apreciando o momento. Saimos da banheira está um pouco friu, os nossos dedos estão enrugados, vamos para o quarto, me visto, Rebeca faz o mesmo, ela está calada, oque é estranho, geralmente ela gosta de falar, e eu gosto do som da sua voz.
Estamos na sala assistindo, ela escolheu o filme, tem muita ação, o filme é bom, eu até estou gostando. De repente o celular da Rebeca toca.
-Eai piranha?- Você está chorando?- Oque houve Geovana?-Tudo bem se acalma. Eu estou indo.
Algo aconteceu a cara dela não está legal, ela não esconde sua preocupação.
- Preciso do seu carro.- Fala se levantando.
- Oque aconteceu com a Geovana?- Pergunto preocupado.
- Ela teve uma briga feia com a mãe dela. E me pedio para buscá-la.
- Quer que eu vá com você?
- Melhor não.
- Tudo bem, você sabe aonde a chave está. Cuidado, e não se esqueça que temos que estar na casa da minha irmã as nove.
- Tudo bem.- Beija minha boca e sai.
Volto a assistir o filme, seja lá o que aconteceu ela consegue resolver, eu realmente estou preocupado, Geovana está passando uma barra por amar uma pessoa do mesmo sexo, eu acho isso injusto, todo mundo tem o direito de amar quem quiser, isso não deveria ser errado afinal é so amor. Me lembro quando descobri que Paty gostava de mulher, foi estranho, ela chegou em um jantar que estava eu e mamãe e simplesmente falou que gostava de mulher, acho que ela tinha uns 17 anos, ficamos em choque, minha mãe começou a chorar, eu consegui ver que a Paty estava sofrendo, então me levantei dei um beijo em sua testa e falei.- Tudo bem maninha, eu também gosto.
- Não é brincadeira Oliver.- Falou enxugando algumas lágrimas que começavam a cair.
- Eu sei que não é, isso não é motivo de vergonha.
- Mamãe não me odeie.- Falava ela em meio a soluços.
- Minha pequena eu nunca odiaria você, minha filha, carne da minha carne, sangue do meu sangue.- minha mãe chorava também.- Só te peço um tempo para entender tudo isso. Eu desconfiava, mas acho que não queria aceitar, você tem que entender que desde que você estava em meu ventre já fazia planos para o seu futuro, o erro das mães é achar que pode controlar o futuro de seus filhos, então só me de um tempo para fazer novos planos.- Elas se abraçaram e desde então minha mãe sempre esteve ao lado dela.Esse dia ficou em minha memória, ver minha mãe falando isso pra ela me fez ver que o amor de uma mãe para um filho é a coisa mais pura e linda desse mundo.
Então eu realmente não entendo por que tantas mães expulsão seus filhos de casa, ou maltratam apenas por não seguir um padrão imposto pela sociedade. Elas deveriam saber que acima de tudo a criança que elas carregaram, que deram educação e amor não vai mudar apenas por isso.
Eu espero que a mãe da Geovana consiga entender isso, e veja a filha maravilhosa que tem.
Me perdi nas lembranças que nem percebi que o filme já estava no final, desligo a tv e vou para o escritório, resolvo fazer uma doação para uma instituição que ajuda jovens que foram expulsos de sua casa. Transfiro o dinheiro, me sinto bem por ter feito isso. Hoje estou muito sentimental, deve ser o tal espírito natalino.
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Maldita Tequila
RomanceO que esperar de mudança quando sua vida está finalmente do jeito que você planejou? Rebeca Marls é uma mulher que sabe como viver sua vida, sempre gostou de balada e tequila, em uma saída de comemoração por ter passado em uma faculdade de direito e...