A Mulher que queria Amor

1.3K 165 570
                                    

"Quando alguém diz o seu nome, eu quero sair correndo. Eu fico me lembrando, não consigo te esquecer. Não importa o que eu tente, acontece de qualquer jeito. Já faz uma eternidade, e eu não consigo te esquecer" - Can't Forget You by My Darkest Days

🌹

Mary Winchester poderia ser considerada uma boa mentirosa.

Ao abrir as portas do saguão luxuoso do prédio que, antes pertencera ao seu pai, mas agora pertencia ao seu marido, a mulher de belos e estonteantes cabelos loiros camuflava a enorme quantidade de lágrimas que se formavam em seus olhos cansados.

Havia uma onda de tristeza a assolando desde a morte de seu pai há três semanas. Samuel Campbell não havia sido tão presente em sua vida como ela gostaria, já que ele vivia para os negócios com a desculpa de que tudo que ele fazia era por sua família, mas ele ainda era seu pai. Ele ainda era o homem que esteve ao seu lado quando sua mãe os abandonou em uma época ruim para aproveitar a sua juventude. Ele ainda era o homem que a ajudou quando ela mais precisou. E, mesmo que ele tivesse dito coisas horríveis à ela antes de partir, ela ainda o amava.

A mulher entrou em seu carro e segurou as dolorosas lágrimas em seu interior enquanto dirigia até a escola de seu filho. Mary tentava não pensar no que havia acabado de acontecer naquele prédio, mas as memórias das palavras proferidas e da traição inesperada não abandonavam seus pensamentos. A dor em seu peito estava esmagando e destruindo todo o muro que ela havia construído para manter sua sanidade intacta. Uma lágrima teimosa escapou de seu olho direito, mas ela logo a recolheu com os dedos delicados enquanto parava em um sinal vermelho.

Como John pode fazer aquilo com ela?

John Winchester não era mais o mesmo homem que Mary havia se apaixonado. Ele havia mudado depois do nascimento de seu filho. Mary lembra-se de que quando o conheceu, John era doce e tratava como se ela fosse a única pessoa em sua vida. É claro que ela havia se apaixonado. Mary não gostava de admitir, mas ela buscava isso a vida inteira. Alguém que demonstrasse interesse em amá-la como ela achava que merecia. E, quando John entrou em seu caminho, ela achou que havia finalmente encontrado a pessoa que faria aquilo que seus pais não fizeram. Porém, ela estava enganada.

John não era o mesmo homem que a conhecera no saguão de um dos prédios de seu pai. Ele havia se tornado frio, agressivo, intolerante e um verdadeiro monstro na vida de Mary e seu filho. E a gota d'água havia sido naquela tarde quando John a convocou para o antigo escritório de seu pai e a obrigou a assinar documentos que transferiam toda sua parte na empresa para ele. Mary tentara recusar a assinar, e tentara recusar a acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, mas, com o passar dos minutos e das palavras dolorosas que escapavam dos lábios frios de John, ela sabia que não estava sonhando.

John, pela primeira vez, estava ameaçando tomar seu filho caso ela não assinasse àqueles papéis. E Mary amava Dean Winchester mais do que tudo em sua vida.

Quando uma buzina soou do lado de fora de seu carro, Mary levantou a cabeça e voltou a dirigir. Mal notou que as lágrimas escorriam em grossas quantidades por seu rosto. Ela estava tão magoada, tão triste.

Ao estacionar no local onde sempre esperava por Dean, rapidamente ela enxugou o rosto tentando disfarçar o máximo possível que esteve chorando. Seria mais difícil do que parecia, já que seu rosto estava extremamente vermelho, mas ela poderia fingir que era apenas uma alergia qualquer. Então, quando ela estava arrumando seu cabelo no espelho, a porta do passageiro se abriu e Mary havia sido cumprimentada com a criatura mais linda e adorável que ela já havia tido o prazer de observar.

The Florist [Destiel] INCOMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora