Ava sente que está sendo carregada, reconhece o conforto daqueles braços.
- Josh.- sussurra, pensando estar sonhando.
- Sim, estou aqui. – sente que está sendo colocada na cama e se sente abraçada por ele.- eu quero realidade, nada de fantasmas e você é minha melhor e única realidade.
Escuta isso e sorri triste, seu corpo ainda está em uma espécie de torpor pelo sono, sua cabeça lateja. Continua de olhos fechados e aproveita a sensação de estar nos braços dele de novo e assim adormece.
Ela acorda sem ele na cama, seu coração dispara pensando se foi sonho o que ele falou ao coloca-la na cama, olha para a mesinha do lado da cama, vê um botão de rosa e um cartão do lado, pega a rosa e a cheira, abre o cartão e o lê:
"- Desculpa não esperar você acordar, tenho uma reunião muito importante agora cedo e preciso tomar umas providências, vou te ligar mais tarde e almoçarmos juntos, vou tirar a tarde de folga também, já avisei a Babá que sairemos e não temos hora para voltar, quero te provar que você é a única na minha vida, que nada do que vivi se compara ao que tenho vivido com você e que todas as minhas crises, foram porque tinha medo de perde-la e não de você agir igual a ela. Eu a amo, Ava, você é meu mundo, meu eixo, me sinto perdido sem você.
Beijos, seu Josh."
Ava se deita de novo, com o cartão no peito, pensando se deve dar uma chance dele se explicar. Ele parecia tão sincero quando a pegou no colo e pensando nisso, ela se pergunta como ele conseguiu abrir a porta do quarto.
Ela se levanta, toma um banho, se arruma e desce para tomar café, ver Julian e ir trabalhar.
Estava saindo do quarto quando escuta barulho de martelos, ela vai em direção à porta do quarto que esteve na noite anterior, um homem a está consertando.
- Bom dia.- Ava fala, reparando no estrago da porta.
- Bom dia.- o homem para de trabalhar e a olha.- seu marido pediu para consertamos antes da senhora ver, mas não deu tempo. Parece que quem arrombou essa porta tinha muita força.
Ava não fala nada apenas se afasta pensando como Josh conseguiu arrombar a porta. Ela ri ao imaginar a cena. Ela entra no quarto de Julian, Carine está acabando de dar seu banho.
- Bom dia Carine.
- Bom dia, Sra Ava.
- Bom dia, meu amor. – Ava se aproxima do filho, Carine lhe dá passagem e ela termina de trocar o filho.
- Seu marido pediu para avisar que ele foi de taxi e é para a senhora o pegar na agência com seu carro.
- Está bem.- Ava fala, enquanto pega a mamadeira das mãos da Babá e se senta para alimentar Julian. Por mais que trabalhasse e tivesse babá, ela não deixava de cuidar do seu filho. De participar de seu crescimento e desenvolvimento. Ela acaba de alimenta-lo, brinca um pouco com ele, se despede dos dois e vai tomar seu café.
Ela estava entrando no carro dela, coloca o celular no viva voz e liga para Josh, Dalila atende:
- Oi, Ava tudo bem?
- Sim Dalila e você?
- Bem, Josh entrou em uma reunião com um advogado, sobre a demissão de Paul, ele quer se cercar por todos os lados, pediu para ficar com o celular dele, caso alguém ligasse.
- Tudo bem, fale para ele que assim que puder me liga, e eu vou busca-lo na agência para almoçarmos.
- Ok, falo sim, e Julian?
- Está lindo, está crescendo tão rápido, vem para nossa casa esse fim de semana, podemos passar a manhã na piscina Julian adora o Leo.
- Sim, vamos sim, Leo também o adora, fora que ama a bagunça que Josh faz com os dois.- elas riem se lembrando que Josh vira uma criança quando está com os meninos.
- Está bem te espero, beijos.
- Beijos, Ava até sábado.- e desliga o celular.
Ava começa o seu plantão. Sua manhã está atribulada, além das visitas habituais, ela teve que fazer duas cirurgias de emergência. Estava exausta quando finalmente o plantão acabou.
Ela pega a bolsa para ir embora, pega o celular e vê que tem algumas ligações de Josh, mas como ela já estava indo embora, resolve não ligar de volta, apenas liga para casa para saber de Julian e deixar instruções de que qualquer coisa ela estará no celular e que é para ligarem para ela ou Josh.
Chega ao estacionamento e procura as chaves na bolsa, quando sente que alguém está se aproximando, está para virar quando sente algo gelado encostar em seu pescoço, logo presente que é uma arma.
- Você pode levar o carro, mas me deixe viva.- fala sem se virar , mas já tremendo de pavor.
- Não quero o carro.- escuta uma voz fria falando próximo ao seu ouvido, ela reconhece a voz.- quero você. Quero mostrar a ele que não se brinca comigo. Que você vai pagar por ele ter me demitido, por ele ter me descartado como lixo depois de todos esses anos de dedicação.
- Por favor, Paul, vamos conversar.- tenta negociar com ele.
- Não. – ele é taxativo.- entra nesse carro e vamos dar umas voltas, a conversa com você vai ser mais longa, te garanto.- fala colocando a mão na cintura dela a puxando para si, para se encostar nele, ela sente a ereção dele e quase tem uma crise de vômito. Lágrimas descem dos seus olhos em pensar que pode estar prestes a viver um dos piores momentos de sua vida. Ava se afasta e entra no carro. -Vai para o banco do passageiro, eu dirijo.- vai para o banco do passageiro, ele assume o volante, mas antes pega o celular da mão dela. – Você não vai precisar disso.- e o joga no chão do carro, pisando nele, o despedaçando.
Ava sente que sua vida está por um fio, sente sua coragem se despedaçar como aquele celular, sabe que Josh não poderá ligar para ela e nem saber onde ela está. E ela está nas mãos desse louco. Ela se encolhe no banco e reza para ter uma ideia logo, para poder escapar de tudo isso.
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50 Tons - Ava e sua Estória
أدب الهواةAva sofreu, se escondeu de todos, mas teve a chance de realizar seu maior sonho graças a alguém que quando ela salvou da morte, a trouxe para a vida novamente.