Today- Markson

❇ cap 41❇

JACKSON WANG

Eu ando preocupado com tudo, nada parece estar certo, alguma coisa pode dar errado a qualquer hora, isso me preocupa.

- Jackson! - Mark gritava comigo enquanto eu pegava café na cafeteira.

- Oi?

- Você está bem?

- Aham. Viu o açúcar?

- Na sua frente, não viu?

- Ah tá. É que a minha cabeça está muito ocupada.

Enquanto fazia meu café não conseguia pensar. Nunca conseguia pensar.

- Eu preciso sair.

- Não vai aprontar!

- Eu te amo. - beijo a testa de Mark.

- Também.

Eu saio da casa e vou até o carro. Me sento no banco e olho para a frente, eu não podia fazer isso. Talvez não estivesse pronto, talvez eu só tivesse medo.

Eu começo a dirigir até o centro, precisava acalmar a minha cabeça. Minhas mãos seguravam o volante com força, eu estava extressado. Talvez devesse contar para Mark. Eu começo a dirigir mais rápido, estava perdido nos meus pensamentos. Quando eu olho para o espelho vejo um menino sentado no banco de trás.

- Pai! Vai mais devagar! Eu tô com medo! - ele não parava de me dizer.

- O que? Quem...quem é você?

- Pai, vai mais devagar por favor! Papai! Eu estou com medo.

- Querido, vai mais devagar. - eu olho para o lado...minha mãe falava comigo.

- Mãe? - uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

- Papai!

- Vai mais devagar! Para o carro!

- Papai!- eles não paravam de falar.

Eu viro o espelho para mim e vejo no lugar do meu rosto um rosto muito familiar, meu pai?

- Pai? - eu falo.

- Papai! Para o carro!

- CUIDADO! MARK, ABAIXA A CABEÇA! - minha mãe disse.

Eu olho para frente e vejo um caminhão na minha direção. Eu piso no freio e me escondo atrás do volante abaixando a cabeça.

- NÃO! PAPAI!

Quando eu levanto a minha cabeça nada estava mais lá. Minha mãe, a criança, o caminhão, me olho no espelho e volto a me ver. Eu passo a mão no cabelo e nos meus olhos, que estavam cheios de lágrimas.

Mark me mandava mensagens desesperado. Talvez estivesse preocupado, mas eu não podia ir embora agora, não desse jeito. Respondo algumas mensagem e vou com o carro para um estacionamento, fico lá até me acalmar.

- Senhor - um moço bate no vidro do carro.

- Oi?

- O senhor está aqui desde cedo. São... 3 horas da tarde,eeeeee, bem, o senhor nem entrou na loja.

- Ah, me desculpe. Que horas são?

- 3 horas.

- Meu Deus, Mark vai me matar. Obrigado senhor.

Quando eu chego em casa vejo Mark sentado na escada na frente da porta, ele estava abraçando suas pernas enquanto escondia seu rosto e segurava com força seu celular.

Eu andava calmamente em sua direção, pensando no que falar.

- Mark... - eu estava andando em sua direção, então ele levanta a cabeça.

- JACKSON! - ele corre até mim e me abraça- onde você estava?

- Mark, me desculpa.

- Jackson! Você disse que estava voltando, mas demorou muito, por que demorou tanto?- tinha uma lágrima escorreundo no seu rosto.

- Eu estava... Owww, desculpa Mark, eu te fiz chorar! Oh, não chore. - eu o abraço e passo a mão em seus cabelos.

- Você nunca mais vai sair sozinho. Por que estava chorando?

- Eu só... Estava pensando.

- No que?

- Em mim.

- Você, não fez nada de errado não é mesmo?

- Nada.

- Alguém brigou com você? Te bateu?

- Não Mark! Eu estou bem.

- Ahhh, ainda bem. Eu fiquei preocupado, você saiu do nada, e não voltava logo.

-  Como sabe que eu estava chorando?

- Seu rosto, está triste, e também, seus olhos estão meio fundos.

- Ah, eu devo estar horrível.

- Onde estava?

- Realmente pensando. Precisava de um tempo.

- Jackson, você quer conversar?

- Não, não agora. Que tal, ao invés disso, a gente ficar o resto da tarde fazendo um picnic aqui no jardim?

- Está bem. Eu vou pegar as coisas.