Capitolo Ventitrè

72 5 0
                                    

Nossos sapatos foram os primeiros a serem jogados em algum canto do quarto de hotel. Tive uma pequena dificuldade em tirar o cinto do Justin porque estava desesperada por ele, mais do que queria admitir. O mesmo também estava desesperado, percebi assim que desabotoou a própria camisa sem tocar em um botão, pude ouvir alguns saindo do tecido.

— Uau — falei ofegante.

Ele sorriu, com as mãos apertando minha cintura. Meus lábios foram de encontro ao seu ombro nu e beijei sua pele me saboreando com cada toque, seu perfume parecia ser o melhor cheiro do mundo. Minhas mãos apertaram seus braços enquanto minha boca fazia caminho pelo seu peito, barriga e cintura. Terminei de abaixar a calça e dei uma leve mordida em sua coxa, fazendo-o rir.

— Senti tanto a sua falta — sussurrei, voltando a ficar em pé para encará-lo.

Os olhos de Justin transbordavam desejo e não consegui parar de fitar seus lábios enquanto ele dizia:

— Eu também.

Todos os meus problemas estavam distantes agora. Ele sempre foi quem eu mais precisava, era tão bom saber que eu não estava sozinha apesar de tudo. Justin estava ali, mesmo morando há quilômetros de distância, veio aqui apenas para me ver em um final de semana e isso me fazia tão bem. Depois que minha mãe morreu, pensei que demoraria para voltar a me sentir segura e feliz, mas foi mais rápido que pensei.

Não consegui me afastar do corpo de Justin nem por um segundo, até mesmo quando seguimos até a cama. Ele era tão bom, em todos os sentidos. A forma como ele me tocava, o corpo dele sobre o meu, nossas peles ardendo em chamas juntas, limpando todos os meus pensamentos do mundo exterior. Estar ali, era sem dúvidas, o melhor dia desde que cheguei em Nova York. Qualquer lugar parecia maravilhoso quando eu estava com ele.

Não se tratava apenas de sexo, era algo mais íntimo e melhor. Difícil descrever todas as sensações que sentia enquanto ele se movimentava sobre mim, todo o meu corpo se contorcia de prazer e felicidade. Era tão boa a sensação de se sentir alcançando o ápice de tudo, sem pressa para acabar.

Justin se jogou ao meu lado na cama, esgotado. Eu estava me recuperando também, com um sorrisinho no rosto.

— Está ficando cada vez melhor — disse.

— Meu ego agradece o elogio — ele soou divertido e passou o braço ao redor do meu corpo. — Se todo final de semana for assim, não sei se aguentarei esperar tanto pra ter ver.

— Seis dias apenas — o beijei, suavemente e me afastei. — Não é muito.

— Minha mãe ainda não sabe que andei pegando dinheiro escondido para bancar a viagem.

— Ela sabe que você está aqui? — perguntei, me apoiando em seu peito para vê-lo melhor.

Justin balançou a cabeça com um sorriso travesso.

— O que você disse a ela?

— Que ia ficar na casa do Chris — respondeu casualmente, enquanto sua mão subia e descia pelas minhas costas.

— E se ela ligar pra casa dele?

— Ela não vai — afirmou. — Ela nunca fez isso e não vai ser agora que vai começar.

Percebi que ele havia ficado chateado em confessar isso e os dramas familiares do Justin era algo que eu não estava afim de discutir naquele momento, mas não sabia como mudar de assunto porque não conseguia tirar a mãe dele da minha cabeça. Ela ainda era uma ameaça.

— Justin, se eu te pedir uma coisa muito louca, promete não ficar ofendido?

Ele franziu a testa e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

MONA LISA {JB} ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora