Certa vez, quando tinha cinco anos, perguntei para minha mãe se ela amava o meu pai, ela respondeu que sim. Anos depois, quando ela conheceu o John, perguntei se ela o amava e depois de pensar por uns cinco segundos antes de me responder ela disse: "Ele é bom para nós, gosto dele por isso."
Enquanto estava com a cabeça encostada na janela do ônibus, me perguntei o porquê dos meus pais terem se separado. Minha mãe amava meu pai e tenho certeza que nunca amou outro homem, talvez não quisesse destruir a vida dele com seu vício. O melhor foi se afastar e deixá-lo viver melhor. Foi levantando essas suposições que consegui chegar perto da verdade, meu pai não me abandonou, ele simplesmente não sabia onde minha mãe estava durante muito tempo e por isso perdeu a maior parte da minha vida.
Me afastei da janela quando o frio se tornou insuportável e voltei para as fotos reveladas no meu colo. Justin estava presente em todas, ele não tinha consciência na maior parte, ser fotógrafa na escola me permitiu tirar as primeiras fotos do esquisitão bonito que andava pelos corredores atormentado pelas memórias da namorada morta. Era presente nas imagens o efeito que tive em sua vida, nas outras fotos consegui pegá-lo sorrindo e teve uma que ele olhou na minha direção sabendo que não era necessário a câmera estar na altura do meu rosto para pegar um flagrante dele. Nessa foto ele estava com um sorrisinho e me olhava divertido, o rosto de quem flagrou alguém fazendo algo de errado.
Vendo as fotos não consigo pensar em deixá-lo, seria como perder uma parte do corpo. Não sei como minha mãe conseguiu, mas eu sou egoísta demais para abandoná-lo e ir embora com todos os meus defeitos e males.
Sabia que ele acordaria antes das nove da manhã para acompanhar os amigos em outro passeio na neve, que ele insistiu que eu fosse dessa vez. Mas estou a quilômetros de distância e não consigo parar de olhar para o celular e as fotos. Por isso não aguentei esperar, liguei para seu número e esperei enquanto chamava. Ele ainda não tinha acordado.
– Alô? – atendeu, sonolento.
– Justin – murmurei. – Eu...
– Mona Lisa? – O modo como ele perguntou, foi exatamente como se estivesse me procurando pelo quarto. – Estou ouvindo barulho de motor, não me diga...
– Estou ligando para avisar que eu ficarei bem. Aproveite com seus amigos, eu preciso resolver algumas coisas com o meu pai e...
– Você sabe que eles não te odeiam, não é?
Olhei novamente para as fotos, em todas em que peguei ele sorrindo estava rodeado pelos amigos.
– Isso não importa para mim, eles são seus amigos e não meus. Eu só quero que prometa não ir embora antes do previsto por minha causa, tudo bem?
Ele ficou em silêncio, e então o ouvi suspirar. Podia vislumbrar mentalmente ele sentado na cama com a cabeça apoiada em uma das mãos e o celular na outra.
– Eu prometo.
– E saiba que eu não saí por causa do que ocorreu ontem... Eu só não consegui parar de pensar no que a Anna fez e em tudo que ocorreu depois, estou tão perto deles e decidi que era hora de resolver tudo antes de partir – menti, porque a verdade era que eu estava arruinando o feriado dele com os amigos, ele precisava se divertir com eles antes do fim das aulas. Todos partiriam, mas eu sempre estarei com ele, não me pareceu justo arruinar o que poderia ser um dos últimos momentos de lazer com todos os amigos juntos em um só lugar.
– Sem você não será tão divertido.
Sorri, olhando para a paisagem através da janela do ônibus.
– Eu não sou muito divertida.
– Pois eu penso o contrário, minha Mona Lisa.
Arregalei os olhos quando ele disse isso. Queria poder ver sua reação, pois foi algo automático e que ele só se deu conta quando eu permaneci em silêncio. Ele não me chamou pelo meu nome, e sim pelo apelido que ele deu para a ex namorada morta.
– Sinto muito – ele disse, triste.
Soltei a respiração aos poucos, ainda surpresa por ele ter me chamado daquele jeito.
– Eu não ligo, Da Vinci.
E então ele riu, me fazendo rir junto.
– Não disse que você é divertida?
Ser a Mona Lisa dele era ótimo. Por mais que outra tenha tido esse cargo antes, eu não ligava. Ele era meu Da Vinci agora e eu sua Mona Lisa, não havia nada mais confortante do que isso. Era um sinal de que, apesar de ser covarde em não ir embora, poderia aprender com meus erros e ter uma vida com ele.
– Espero que se divirta com seus amigos, e depois nos encontraremos... Como sempre – disse, sorrindo.
A viagem não me pareceu tão longa depois de conversar com o Justin. Desci do ônibus com as minhas coisas e pedi um táxi até o hotel do meu pai. Quase nada havia mudado, apenas o novo guia do hotel, que agora é o irmão da Teresa.
Ela estava na recepção quando me viu e correu para me abraçar, muito contente.
– Que surpresa boa! Seu pai ficará muito feliz em revê-la.
– Não acho – respondi, retribuindo seu abraço.
Ela se afastou, com um olhar de repreensão.
– Não foi uma decisão fácil para ele. Você faz muita falta em nossas vidas.
Por mais que eu estivesse contente em rever Teresa e estar de volta a Malibu, eu precisava resolver tudo. Era pra isso que eu havia saído do chalé e comprado uma passagem de ônibus.
– Eu preciso conversar com todos no jantar – disse. – Tem algo que preciso contar.
Ela desviou os olhos do meu rosto para a minha barriga. E eu quase pulei com a suposição dela.
– Não! – disse, apressadamente. – Não é isso!
Teresa ficou aliviada e sorriu.
– Por favor, não me mate de susto.
– Desculpe. – Sorri. – Não foi minha intenção.
– Vamos, deixarei meu irmão cuidar do hotel e irei preparar um jantar maravilhoso para você. Espero que o que tenha pra falar sejam boas notícias. – E então ela parou de andar e olhou para porta do escritório do meu pai. – Você não quer falar com ele antes?
– Agora não – respondi, seguindo o caminho até a casa ao lado do hotel.
Teresa não insistiu e voltou a falar comigo, me enchendo de perguntas sobre a escola nova e sobre como era viver com a minha tia. Conversar com ela me distraiu do que eu estava prestes a fazer, sabia que as coisas não ficariam bem e não sei como Teresa reagiria, não queria deixá-la decepcionada.
Anna estava com o namorado e logo chegaria para o jantar, foi um alívio não vê-la. Também fiz algumas perguntas sobre o que aconteceu durante o tempo que passei longe, pensei em tocar no nome do Drake, pois Teresa conhece a família dele, mas decidi que tinha tempo suficiente para encontrá-lo no dia seguinte.
Ajudei a preparar o jantar e percebi que sentia falta daquela casa, do sorriso da minha madrasta e do cheiro do mar tão presente em todos os cômodos. Meu quarto continuava o mesmo, a diferença era que o guarda-roupa estava vazio e não havia fotos e livros espalhados pelos cantos. As coisas não haviam mudado muito desde que fui para Nova York, o que me deixou aliviada.
Meu pai foi o primeiro a chegar. Ficou surpreso em me ver na cozinha e eu fiquei no meu lugar, parada, queria muito abraçá-lo e dizer que sentia saudade mais do que admitiria se tivesse que dizer, mas apenas o encarei com um sorriso. Ele não se importou, veio até mim e me abraçou bem apertado.
– Estou feliz que veio nos visitar.
Bem, ele não ficará tão feliz assim quando todos estiverem na mesa para o jantar.
– Como anda as coisas com o hotel? – perguntei, para me distrair.
– Os negócios estão melhorando muito – ele respondeu, e depois deu um beijo na bochecha de Teresa. – O quarto do Elvis tem até lista de espera.
– Que incrível!
Ele sorriu por eu ter ficado surpresa e então arregalou os olhos como se tivesse esquecido de algo importante. Saiu da cozinha e Teresa riu da reação dele.
– Aconteceu algo? – perguntei a ela.
– Nada demais, apenas um presente que ele estava guardando para te dar.
– Bem, você estragou a surpresa.
– Não é nada de surpreendente.
Ele voltou pouco tempo depois e me entregou uma fotografia. Não era a original, apenas uma cópia da que ele havia pendurado na recepção. Nela estava meu avô abraçado com o Elvis e o autógrafo no canto da imagem, porém, atrás havia uma mensagem para mim.
Você é muito mais do que uma pintura valiosa, é uma garota extraordinária. Obrigado por me dar a oportunidade de ser seu pai. P.S.: o hotel é seu quando eu morrer.
Primeiro comecei a rir ao terminar de ler o que ele havia escrito, aposto que Teresa tinha ajudado na escolha de palavras, era um presente dos dois, sem sombra de dúvidas; depois vieram as lágrimas e tudo o que eu tentava conter. Por que eles tinham que ser tão legais comigo quando estou prestes a ferrar com tudo?
– O hotel...
– Está no meu testamento.
– Você tem certeza? – perguntei, limpando o rosto com as costas da mão enquanto ele e Teresa sorriam.
– Você me impediu de fazer a maior burrice da minha vida e mostrou que se importa com o hotel. Tenho certeza absoluta que estará em boas mãos.
Dessa vez eu o abracei. Com todas as minhas forças. Ele realmente confia em mim, ao contrário do que pensei, sabe que pode confiar em mim não importa o que esteja no meu histórico. Talvez tenha demorado um pouco, mas estava satisfeita por finalmente ter conquistado sua confiança.
Ele retribuiu meu abraço e depositou um beijo no topo da minha cabeça. Era engraçado pensar que algum dia cheguei odiá-lo, apesar de ainda ter muito para aprender em relação a mim, ele é um bom pai.
Depois de guardar a fotografia nas minhas coisas, voltei para ajudar Teresa a arrumar a mesa. Anna chegou nesse momento e apenas me cumprimentou de um jeito formal – e falso. Não sei se ela sabia que Justin havia me contado sobre tudo o que descobriu, mas deixei para falar sobre isso depois que todos comemos. Anna não falou muito durante a refeição, mas percebi seus olhares inquietos, como se quisesse fugir da mesa. Ao notar que ela seria a primeira a terminar a refeição, logo me adiantei:
– Acho que está na hora de falar o porquê por eu ter aparecido aqui de repente – disse, tendo a atenção de todos para mim. – Não queria ter essa conversa, mas não posso deixar de falar o que realmente aconteceu sobre as drogas no meu armário.
Meu pai ficou tenso quando toquei no assunto, mas esperou que eu continuasse. Porém, Anna se levantou, quase derrubando a cadeira, e abriu a boca para falar, mas fui mais rápida:
– Você não vai a lugar algum! – apontei o dedo em sua direção.
Ela assustou com o modo que falei com ela, sem me importar com os adultos presentes. Eu queria não ter visto o olhar de censura de Teresa para mim, ela não gostou que eu gritei com sua filha, mas não dei chances para ninguém mais falar.
– Você sabe o que eu vou falar agora, não é? – fiz uma pergunta retórica. – Se quiser, deixo você confessar o que fez, mas se mentir eu trarei as provas. – Anna arregalou os olhos. – Ah sim, eu tenho provas, não foi difícil de conseguir já que a megera logo confessou seu envolvimento nisso.
Ela sabia que eu me referia à mãe do Justin. Não queria chegar ao ponto de insultá-la, mas ela conquistou minha ira assim como a garota ruiva na minha frente.
– O que está acontecendo? – Teresa perguntou, se levantando da cadeira para nos olhar a altura. Ao pousar os olhos na filha, percebeu que o que disse tinha fundamento e ela ficou mais nervosa. – Fale agora, Anna!
E em meio aos choros ela confessou. Disse exatamente o que eu precisava ouvir e depois ficou quieta ouvindo todos os sermões de sua mãe. Não consegui me sentir bem vendo a cena e por isso me afastei indo até a porta, mas meu pai se pronunciou pela primeira vez depois que comecei todo o alvoroço:
– Não pense que vai sair de casa agora.
– Não quero presenciar uma briga entre mãe e filha.
– Mas você sabia que isso aconteceria quando falou, agora você vai parar de fugir e ouvir tudo. – Ele não estava nervoso, mas suas palavras foram firmes e eu não quis desobedecê-lo.
Meu pai tinha razão, mesmo não tendo sido bom como imaginei que seria, Anna estava tendo o que merecia e ver sua reação infantil durante todo o sermão que a mãe lhe dava era uma forma de lembrar desse momento para sempre. Talvez ela nunca mais fosse gostar de mim, porque Teresa estava furiosa e sabia que eu tinha abalado a confiança entre mãe e filha, elas estavam discutindo e em algum momento teve um xingamento, um tapa no rosto e uma porta sendo fechada com força.
A casa ficou em silêncio por um instante. Meu pai colocou a mão sobre o ombro de Teresa e a mesma o abraçou forte, contendo as lágrimas. Então, os dois se viraram para mim e agora eu era o foco.
– Sei que minhas desculpas não vão mudar o estrago que Anna fez a você. – Teresa se aproximou e segurou minhas mãos. – Quero que saiba que sua presença é sempre bem-vinda aqui, desde o momento que chegou você se tornou muito especial para mim.
– Você também, foi a única que pensei valer a pena voltar a ver. – Olhei para o meu pai e sorri. – Mas estava enganada. Sinto muito ter gritado com a sua filha, mas foi demais para mim descobrir que ela havia me sabotado apenas por ciúmes.
– Se quiser voltar...
– Não, vou terminar meus estudos em Nova York e ainda estou planejando o depois, mas nunca deixarei de visitá-los. – Teresa apertou minhas mãos e sorriu. – O tempo que passei aqui foi muito importante para mim, são ótimas memórias que pretendo levar durante toda minha vida. Não pensem que ficarão livres de mim.(...)
Descobrir a casa de Drake foi fácil, era no mesmo condomínio que a do Justin. Agora entendia porque ele não estava preocupado com bolsas de estudos como a Susan, a família dele é rica e pode muito bem bancar a universidade. Mas para entrar no condomínio precisava da autorização de alguém de dentro, então ele sabia quem estava seguido até sua casa e porquê.
Fiquei aliviada por ele ter autorizado minha entrada e mais ainda quando o vi esperando por mim, sem que eu precisasse andar pelo condomínio a procura de sua casa.
Não sabia o que dizer a ele e nem como cumprimentá-lo. Ele me encarava com seus olhos azuis e parecia querer me dizer algo, mas sua boca não se movia. Até ele umedecer os lábios e dizer:
– Sinto muito por ter ajudado a Anna com o seu armário, se eu soubesse que ela...
– Não precisa se desculpar – disse.
E então o abracei. Não havia nada que eu pudesse dizer, estava com saudade dele e de todas as vezes que me fez rir. Queria aquele Drake de volta e o apertei contra meu corpo desejando repetidamente isso. Senti sua respiração no meu pescoço e seus braços me envolverem carinhosamente.
– Não quero nunca perder a sua amizade – murmurei, com a cabeça apoiada em seu ombro. – Por favor, vamos esquecer tudo e tentar novamente, o que você acha?
Ele se separou um pouco para poder me olhar no rosto e riu. Era esse o Drake que eu conheci.
– Se vamos começar de novo, é melhor você me soltar porque estranhos não se abraçam desse jeito.
Tirei meus braços de sua cintura e a apenas estendi minha mão para ele apertá-la.
– Prazer, me chamo Mona Lisa.
– Drake. – Ele apertou minha mão e eu sorri.
– Então, senhor Drake, já que estamos devidamente apresentados, gostaria de buscar uma loira falante para se juntar a nós em uma caminhada na praia com direito a sorvete e um luau?
Ele tinha uma expressão engraçada no rosto, me encarava com um misto de sentimentos. A barba rala em seu rosto me era estranha, mas apesar de parecer mais velho, seus olhos ainda eram os mesmos.
– Adoraria.(...)
O caminho para Santa Mônica era incrível. Nunca pensei que fosse me adaptar tão bem ao clima e as paisagens litorâneas da Califórnia. Ficar em Nova York não era tão bom como ficar em Los Angeles. Talvez ajudasse o fato de que a maioria das pessoas que mais gosto nesta vida moram aqui, mas o lugar também tem sua beleza e conforto.
Apesar do frio, as praias ainda tinha visitantes, não deixavam de ser bonitas e visitadas por causa do clima.
– Está tudo bem? – Justin perguntou enquanto dirigia.
– Sim – respondi, sorrindo. – Por quê?
– Você ficou quieta de repente.
– Só estava apreciando a paisagem.
– Ah, logo você vai enjoar das palmeiras. Fará tanto este percurso que terá dias em que vai querer atropelar uma delas.
Estávamos seguindo por um caminho íngreme, afastado das casas padrões e luxuosas do bairro residencial. A cada metro que avançamos, o intervalo de casas era maior. Começou a surgir casas com portões e grande terreno. Franzi a testa e já podia ouvir o barulho do mar. Estávamos a uma rua de distância da areia. Até que o Justin parou o carro.
O lugar era escondido por algumas árvores e um portão de madeira cercando tudo. Ele abriu o portão de madeira depois que saiu do veículo e pude enxergar o caminho perfeitamente delineado pelas árvores e arbustos para a passagem de um carro. Esse caminho fazia uma curva para a esquerda e só parecia aumentar a minha ansiedade.
Quando Justin voltou para o carro, dei um tapinha em seu braço e ri.
– Já amei só por esse mistério e esse monte de árvores para atropelar!
Ele conduziu pelo o carro pelo caminho e riu da minha empolgação. Assim que ele fez a curva, prendi a respiração.
A casa era simples, com dois andares e com uma varanda na frente. Mas ela tinha um visual único, a pintura era em um tom de azul pastel e as janelas de vidro enormes dava o toque final. Saí do carro e acompanhei o Justin até a porta principal. Enquanto ele movia a chave na fechadura, observei o belo jardim a minha frente. Daria um trabalho para manter limpo, mas era perfeito.
– Vem, quero te mostrar a minha parte preferida. – Ele segurou minha mão e me puxou para dentro da casa.
Não tive muito tempo para admirar os cômodos vazios, pois Justin logo me puxou para as portas de vidro da área do fundo. Antes mesmo que ele as abrissem, eu já estava completamente apaixonada pela vista.
Era um espaço aberto na casa com uma escada que dava diretamente para a praia.
– Estava pensando em colocar um sofá meio rústico para curtimos a vista – Justin explicou, com os olhos estreitos por causa do sol. – É óbvio que a casa precisa de uma boa pintura por dentro, principalmente nos três cômodos de cima, mas com uns ajustes aqui e ali ela pode se tornar perfeita.
– Eu amei – disse, maravilhada. – Cada detalhe, até mesmo as paredes com tinta velha.
– Então isso significa que vamos mesmo morar aqui?
– Sim – concordei sorrindo e ele retribuiu.
– Isso é melhor do que pedido de casamento.
– Casamento? Nunca ouvi falar dessa palavra.
– Um dia você saberá o que é e eu ficarei honrado em ser a pessoa que vai te ensinar essa palavra.
Ele me abraçou enquanto ríamos e juntos ficamos apreciando a vista da praia.
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MONA LISA {JB} ✓
FanfictionEle tinha encontrado a garota que lhe completava. Até que ela se foi... em um acidente de carro. A morte é algo que temos em comum. Eu não o conheço, mas sei de uma coisa: ele não é culpado como todos pensam. Somos jovens marcados pela dor da perda...