Capítulo 38.

995 55 3
                                    

Eu dormi com o Harry na sua antiga cama grande no seu quarto de adolescente naquela noite. Como no seu apartamento, a decoração era com cores escuras, mas com adição de posters de bandas de rock que pareciam bastante zangadas e assustadoras.

O seu braço estava à minha volta, a sua cabeça enterrada no meu pescoço enquanto ele dormia sem fazer barulho. Eu pisquei os olhos e bocejei, tendo acordado de repente e sem nenhuma razão. Eu deitei-me de lado e olhei para o relógio na mesa ao lado da cama enquanto as respirações do Harry batiam na minha pele num padrão rítmico. Estava a ficar tarde de manhã e eu conseguia ouvir sons abafados de conversas e da TV no fundo das escadas, estou a adivinhar que a Anna e a Hazel deixaram-nos dormir devido à nossa longa viagem ontem.

Eu aconcheguei-me mais no cobertor, perturbando o Harry, fazendo-o bufar e puxar-me mais para ele no seu sono. Eu sorri com o comportamento possessivo que ele tinha, até no seu sono, e revirei os olhos, mas sentindo o calor dentro que finalmente tinha alguém na minha vida que me queria lá com ele.

Eu estiquei-me até à mão dele com anéis que estava na minha barriga e pus a minha mão sobre a dele, traçando os meus dedos levemente sobre os seus nós dos dedos proeminentes e depois segui o padrão das suas veias nas suas mãos até ao seu antebraço ligeiramente, a sua pele suave e tatuada debaixo da ponta dos meus dedos. Eu esperei para ver se ele reagiria, mas ele não o fez, então eu continuei a fazê-lo, só a traçar ligeiramente a sua mão e braço.

De repente, ele grunhe zangado e tirou o seu braço do meu toque, virando-se para longe de mim, agora a deixar um grande espaço entre nós. Eu abri a boca em choque e olhei para as suas costas, agora embaraçada e magoada por ter causado isso. Uns segundos depois, eu carranquei e olhei para longe dele.

"Eu estava totalmente a gozar contigo," ele soltou e virou a sua cabeça para mim, um fraco sorriso malicioso nos seus lábios. Eu zombei e fiz beicinho, batendo no seu ombro e fazendo-o sorrir.

"Eu pensei que eu te fiz fazer isso! Que não tinhas gostado!" eu assobiei zangada e ele riu e virou-se de volta enquanto eu fazia o mesmo. Ainda a sorrir maliciosamente, ele pôs a sua mão nas minhas costas e puxou-me para ele.

"Não, bebé. Acordar com o teu toque é a minha preferência," ele disse baixo e eu tentei lutar contra um sorriso, fazendo-o rir de novo. "Okay, bem, às vezes... se eu tive um dia longo antes, então deixa-me dormir."

Eu ri. "Apontado." Ele esticou-se e tirou um bocado de cabelo da minha cara, deixando um formigueiro quente na minha bochecha. "Então, um, como dormiste?"

Ele encolheu os ombros e tirou o seu braço para o pousar ao lado do seu corpo. "Bem. E tu?"

Eu assenti, não lhe querendo contar que tive sonhos a noite inteira de ele a lutar contra o seu pai, mas como se estivesse a acontecer no presente. Foi horrível, a sério, porque nos sonhos, o seu pai tentava magoá-lo tanto até o Harry finalmente ficar zangado o suficiente para lutar de volta enquanto a sua mãe levava a Hazel para um canto, chorando e gritando para a sua família parar enquanto a sua filha chorava. Não sei como, eu estava ao lado deles e a gritar também, mas nunca parava. Eu continuava a acordar toda a noite depois de cada sonho, quase a chorar.

Harry carrancou as suas sobrancelhas ligeiramente. "Tens a certeza? Porque por um bocado na noite passada, continuavas a tossir e a virar-te."

"H-Harry, eu estou bem." Porra. Porque raio os meus gaguejos têm sempre que aparecer quando estou a tentar mentir?

Ele suspirou e olhou para mim irritado, erguendo uma sobrancelha. "Elizabeth..."

"Eu estou bem," eu repeti baixo. "Simplesmente deixa isso, por favor."

Mend The Broken [Tradução Pt]Onde histórias criam vida. Descubra agora