Capítulo 55

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- Notícias dele? - Micael apareceu, guardou a chave do carro no bolso.

- Sophia está morrendo porque Pedro está respirando no oxigênio.

- Respirando no oxigênio? - Micael franziu o cenho.

- Pelos Deuses, é um oxigênio. Ele não está aleijado não - Lua exaltou.

- Cala a boca, Lua - revirei os olhos - eu quero falar com o médico mas até agora ele não apareceu.

- Ele tem que aparecer - Micael andou até o balcão, retirou a carteira do bolso e entregou algumas notas pra balconista. Fiquei perplexa.

- Fique calma, agora ele vai aparecer mesmo - Lua riu leve e cruzou os braços.

Não demorou minutos até que ele aparecesse, sem a prancheta e com uma cara misteriosa.

- Vocês são os pais dele, não são?

- Somos, e ele está bem? Esse negocio do oxigênio é provisório?

- O oxigênio é até ele acordar, demos em torno de algumas horas. A cirurgia foi um sucesso, ele é bem resistente.

- Coloque resistente nisso - Micael coçou a cabeça.

- Vocês podem vê-lo em breve, acredito que até amanhã - assentiu - mais alguma pergunta?

- Eu queria ver ele - disse.

- Infelizmente não posso deixar ninguém entrar lá até ele estiver em resultados ótimos - assentimos - com licença, qualquer coisa me chamem.

Saiu corredor a dentro, Micael me encarou.

- Agora temos que esperar - Lua se acomodou na cadeira - Micael, será que a sua bondade de homem poderia me pagar um café?

- Eu estou falido, esqueceu?

- A nota pra fubanga do balcão você tem, não é?

- Lua, você gosta de me encher ou é um amor encubado?

- Diria que é um amor encubado.

- Chega vocês dois - apertei os olhos - Micael, pague um café a Lua. Eu tenho dinheiro na bolsa.

- Não precisa, eu pago - bufou e andou até a máquina de café.

- E aí, está transando? - me cutucou.

- Lua! Que coisa feia.

- Eu só quero saber, ué - riu.

- E você?

- Eu nem sei o quê é sexo, faz anos - segurei o riso - mas vou achar o meu negão perfeito, como aqueles de boate.

- Você quer um negão? Eu não sabia.

- Quem quer um negão? - Micael apareceu, entregou o copo de café a Lua.

- A Lua.

- Eu não quero nada - eu e Micael rimos - Sophia que quer um ménage.

- Você quer? - Micael arqueou uma sobrancelha pra mim.

- Lua fala demais.

- Micael, se eu não te odiasse tanto poderíamos fazer um ménage, sem ressentimentos é claro - Lua bebeu o café.

- Nem me pagando eu transo com você.

- Por quê não? Aliás, a sua mulher está junto.

- Eu não te aguento aqui, imagine na cama.

- Você é um zé mané.

- Continue procurando algum negão, essa busca vai te dar sorte - Micael disse calmo.

- Obrigada - Lua continuou bebendo seu café.

Aqueles dois ali iriam render.

Apenas me Ame - 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora