Capítulo 24

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- Vender a casa? O quê? - empedrei, Micael ainda me olhava aflito.

- Estamos sem dinheiro, não vou conseguir pagar o meu empréstimo.

- Por quê diabos você montou uma gravadora? A gente poderia ter usado esse dinheiro pra manter a nossa casa.

- Acontece que o dinheiro da gravadora era um dinheiro guardado...

- Eu quero acordar desse sonho - respirei fundo - eu não vou vender a minha casa.

- Tudo bem, e a gente vai viver como?

- Eu vou usar o dinheiro da minha loja - pensei rápido - mas fique sabendo que não vai manter a gente por muito tempo.

- Vai sim, cada roupa daquela vale mais de setecentos dólares - bufou.

- Imagine se não fosse a loja, o quê seria de nós.

- Não coloque a culpa em mim.

- A culpa é sua sim, desde o momento que deixou a Aline comprar aquela merda.

- A Aline ganhou na compra de bens e tirou a minha empresa, ela é uma vaca.

- E agora estamos assim - encarei minhas unhas - pode me deixar em casa, não quero comer.

- Vai fazer mais palhaçada?

- Se não temos dinheiro nem pra uma cueca, imagine pra comer num restaurante de luxo.

- Me ajude, é só isso que eu te peço.

- Que fase hein, Borges - encarei Micael - que fase.

Micael deu meia volta com o carro e pegou o caminho de casa. As crianças não tinham chegado ainda o quê me deu um pouco de paz. Subi as escadas em busca de um banho de banheira, não sabia o que iria fazer ainda, mas nem morta que venderia a minha casa.

Terminei de relaxar na água quente da banheira e busquei uma toalha com os olhos, grunhi mentalmente por ter esquecido no closet.

- MICAEEEEEL - gritei - MICAEEEEL.

Não houve falas.

- MICAEEEEEEEL - gritei novamente, estava cansada de gritar.

Revirei os olhos, ele não iria escutar. Me levantei com cuidado da banheira e andei até o closet, iria limpar aquela bagunça de água depois. Cruzei meus braços em tom de me proteger do frio quando Micael apareceu no batente da porta, franziu o cenho.

- O quê está fazendo?

- Pegando uma toalha - me enrolei no mesmo - eu te chamei mas você não estava escutando.

- Tinha escutado agora.

- Nem pra avisar - andei até o banheiro novamente.

- Sei que andamos brigando demais... - beijou minhas costas - mas eu estou com saudade.

- Eu estou aqui - passei meu creme.

- Não é disso que eu estou falando - me virou encarando meu rosto, selou seus lábios ao meu, um beijo terno e cheio de saudade.

- Para, por favor - sussurrei mas estava gostando.

Micael me guiou até a cama, deitei ainda aos beijos quando sua mão abriu minha toalha, seus toques me davam arrepios, ele massageou um seio meu enquanto ainda tinha os lábios me devorando.

- Que saudade - sussurrou em meu ouvido, fechei os olhos apertando seu corpo contra o meu. Senti sua ereção contra a calça.

- Tira isso... aqui - ele riu com minha pressa, puxei o zíper da sua calça me livrando do jeans, a cueca já estava apertada como sempre. Sorri maliciosa quando terminei de tirar, já estava duro em minhas mãos.

Micael voltou a me beijar mas agora com violência, era incrível como sentia saudade de mim. Terminei de tirar sua blusa e ele se acomodou na cama, me chamou pra sentar em seu colo e eu me encaixei em seu membro sem parar o nosso beijo.

- Eu te amo... tanto - franzi a sobrancelha enquanto me movimentava, Micael alisou meu quadril e beijou meu pescoço.

- Gostosa - trincou os dentes ainda sorrindo, deixei minha cabeça cair pra trás sentindo o quanto era bom presenciar aquilo, sentir meu marido. Abri meus lábios gemendo baixinho.

- Mamãe? - a voz de Alice ecoou no quarto, arregalei meus olhos vendo Micael dar um impulso e se jogar pra debaixo da cama.

- Filha - sorri sem graça e andei até ela, agachei dando um beijo em seu rosto.

- Mamãe, por quê você está pelada?

Tinha esquecido completamente das minhas roupas.

- Eu, eu... estava com calor - achei um modo de mentir.

- E por quê você estava em cima do papai?

- Porque ele estava me ajudando - ri sem graça - ele estava assoprando o corpo da mamãe - aquilo estava ficando cada vez pior.

- E ele também estava pelado?

- NÃO - dei um berro - vem cá filha, quem te trouxe?

- O Pedro me buscou na escola hoje - ela se jogou na cama bufando - ele está legal esses dias mas queria ter ficado na escola.

- Eu disse que seu pai iria te buscar.

- Falando nisso - pensou rápido - onde está o papai?

- Ele foi ao banheiro - mas na verdade estava debaixo da cama - por quê não vai tirar esse uniforme pegajoso? Deve ter brincado demais lá na escola.

- É, pode ser - sorriu saindo da cama, dei graças a Deus quando estava passando na porta - você vai pelada mamãe?

- Eu... eu vou colocar um roupão, bem melhor, não acha? - ela assentiu - pode ir indo pro seu quarto, já chego lá.

- Tá bom, mamãe - Alice saiu. Micael teve dificuldade pra sair debaixo da cama, seus músculos prensaram na madeira.

- Então quer dizer que eu estava te assoprando?

- Foi a única coisa que eu achei - ele riu - ainda está duro, Micael - o repreendi, ele voltou a me beijar.

- Vamos continuar, por favor.

- Não vamos desrespeitar a nossa menininha - ele bufou - prometo que continuamos de noite.

- De noite eu vou estar cansado.

- Problema é seu - foi minha vez de rir.

Não aguentava essas situações.

Apenas me Ame - 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora