Apenas me Ame - 2ª Temporada

Capítulo 47

Dois dias depois.

- Tudo pronto? - Micael ajeitou as malas no carro enquanto sorria pra mim.

- Tudo sim - sorri pra Julie - sabe o que fazer? Não sabe?

- Você me disse centenas de vezes - cruzou os braços - eles vão se dar muito bem comigo.

- Se o Pedro não quiser te respeitar, pode tirar o IPad.

- Ah, eu vou respeitar ela sim - encarou o decote delicado de Julie.

- Pedro - o repreendi - vão ficar bem mesmo?

- Mamãe - Alice andou até mim - toma isso, é pra você - me entregou uma florzinha - boa viagem.

- Obrigada minha princesa - beijei sua testa e Micael a pegou no colo.

- Você vai ficar bem com esse povo todo? - Alice assentiu antes de receber um beijo na bochecha de Micael - papai te ama, ouviu? - ela assentiu novamente largando a mesma no chão.

- Tchau pra vocês, curtam bastante - Julie acenou.

Entrei no carro junto com Micael que arrumou o retrovisor, colocou os óculos escuros e deu ré saindo da garagem.

E lá íamos a laguna novamente. Enquanto dirigia peguei sua mão que estava pousada no meio da marcha, ele sorriu com o ato e seguiu dirigindo leve. Como amava aquele homem. Foram horas até chegarmos ao paraíso que era Laguna.

- Nesse hotel maravilhoso mais uma vez - me esbaldei na cama.

- Não vamos morrer no hotel hoje.

- Ah não?

- Vamos sair - sorriu - melhor escolher sua roupa e tomar um banho.

- Pra onde vamos?

- Está tendo uma feirinha aqui perto da praia, tem várias coisas maneiras que podemos ver.

- É uma boa - me sentei na cama ainda sorrindo.

- Vem aqui - ele foi até mim me dando um beijo com muita gana. Nossos lábios se chocaram.

- Melhor não abusar, da sorte - parei o beijo com selinhos, ele riu leve - vamos descansar e sair mais tarde.

- Temos alguns minutos até sairmos, tempo de sobra pra um sexo amoroso e bem rápido.

- Temos o tempo do mundo pra isso - sorrimos.

- Já sei, eu te amo.

- Bobo - Micael beijou minha mão - eu te amo mesmo.

- Eu também te amo demais, minha gostosa chata.

Revirei os olhos indo até o banheiro, tirei minha roupa e tomei um banho de banheira morrendo naquela água maravilhosa. O roupão já me esperava, gostoso e confortável como era.

Micael e eu nos arrumamos e fomos a tal feirinha que estava acontecendo perto da praia, de mãos dadas andamos até lá, eu queria gravar aquilo, os oito anos atras estava se repetindo e em forma de muita gratidão. A cada sorriso era uma alegria imensa, nada poderia estragar.

- Chegamos - olhamos o local com várias barracas - quer dar uma volta?

- Quero - sorri e andamos mais um pouco. Micael parou em uma barraca.

- Vamos pedir dois vinhos?

- Ah, eu não vou beber.

- Por quê não?

- Eu estou tomando remédio, o doutor Paul me proibiu de álcool - menti.

- Tudo bem - respirou fundo e comprou uma cerveja em garrafa, optou rápido - tem certeza que não quer nada?

- Não quero mesmo, meu amor - beijei seus lábios sentindo o gosto fraco da cerveja.

- Ela não quer mesmo, Micael - a morena alta parou em nossa frente, sorriu irônica pra nós - como tiveram dinheiro pra chegar aqui? Estão vendendo algo?

- Olha só quem está aqui, Sophia - Micael riu irônico - a puta da Borges CEO, ops.

- Agora é Aline Company Ent, você ainda não aprendeu?

- Não, eu vendi a empresa pra você, não sou obrigado a saber das novidades.

- Você perdeu, admita - arrumou a bolsa nos ombros - uma pena Borges, um homem tão complexado e inteligente como você.

- Acontece - encarou Aline e levantou o maxilar como sempre fazia - se me permite eu preciso ir agora, minha esposa está enjoada de ver essa sua cara de ontem.

- Ela também tem.

- Acho que você consegue ganhar, Aline - torci o nariz, Micael prendeu o riso - boa noite pra você.

- Idiotas - revirou os olhos e saiu.

Era uma vaca, sem dúvidas.