O Supremo e a Humana

Repulsa

"Acho que eu não te amo."

Sabe a teoria do efeito borboleta, que um bater de asas pode destruir, mudar tudo?

Essa frase foi meu efeito borboleta.

- O-o q-que? - pergunto. - você está brincando né amor?

Ela abaixa a cabeça e me olha.

- Você tem vergonha de mim, por quê eu não sou uma ômega, sou humana. Só uma humana. - ela desvia o olhar - Eu estava começando a sentir algo por você, acho que estava me iludindo, para falar a verdade. - olha para mim novamente. - Mas eu não te julgo por ter vergonha de mim. A minha vida toda eu fui rejeitada, criticada, sofri bullying, apanhei de meninas e meninos, era tratada mal por todos. A única que me ama verdadeiramente e sem ter vergonha é a minha avó. Então não te culpo por ter vergonha de mim.

Eu estava...destruído...eu não estava com vergonha dela...estava? Eu não posso estar eu a amo.

- E-e-eu. - tento falar mas ela me interrompeu.

- Tudo bem! Eu sei que eu já vim para cá e não vou gastar seu dinheiro de novo a toa, isso seria rude! Continuarei as férias aqui, podemos ser bons amigos, o quê você acha Amin? - pergunta e sorri estendendo mão.

- Não! Claro que não! Eu não vou ser só o seu amigo! Você é minha companheira. - respondo.

Não abrirei mão dela pelos pensamentos dos outros.

- Tudo bem...mas eu tenho uma condição. - diz séria e eu apenas faço um sinal de prossiga. - quando estivermos sozinhos, poderemos agir como companheiros...mas Se estivemos em público, qualquer pessoa, agirmos como amigos ok?

- Impossível! Jamais irei fazer isso! M-me perdoe por ter tido vergonha de você, mas eu te amo! E provarei para todos. - digo confiante.

- Nah! Viu? Ai está, por isso digo que seremos apenas amigos em público.

- Como? Pode me explicar direito? - peço confuso.

- 'M-me perdoe por ter tido vergonha de você, mas eu te amo! E provarei para todos!' Você disse 'provarei para todos', tem medo do que as pessoas achem da nossa relação, por isso quer provar que me ama a eles. Se me amasse por eu ser quem sou... - solta um suspiro. Assim, acabo de entender a frase. - Enfim, vai ser do meu jeito, ou eu volto para casa e lhe peço para nunca mais me der notícias suas, o mesmo vale para o Alec.

- Eu até entendo, mas o Alec? Ele não fez nada! Eu fui o maior babaca do mundo! EU fui o cretino! EU não mereço seu perdão.

- Eu sei, mas se eu quiser cortar qualquer ligações com você...o Alec vai no pacote.

Afirmo com a cabeça, peço licença e saio do seu quarto.

Entro no meu quarto e ando até a pequena sacada que tem lá.

- AHHH! - solto grito e começo a chorar. - p-por quê? E-eu - começo a soluçar.

~ Acho que a perdemos de vez...~ diz Alec com a voz embargada.

~ Não! Não Posso! E-ela disse que enquanto estivermos sozinhos p-podemos ter relações d-de companheiros! Eu vou reconquista-la.

~ Sabe muito bem que nunca a teve totalmente...então é 'conquista-la' não 'reconquista-la'.

~ Quer me ajudar ou me deixar no chinelo?

~ Você merece.

Vou até minha cama e deito, sinto meu coração frio.

- Irei conquista-la! É uma promessa!