Férias

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O fim de semana passou até que bem rápido. O Calebe vai ter alta na segunda.

Toda vez que eu olho pro Collin, eu lembro das palavras dele "O que eu sinto quando estou com você, eu nunca senti por ninguém... tenha uma certeza, você é tudo pra mim".

O que tivemos não foi só uma conversa, foi libertação.

Ele se libertou das palavras que estava engasgada na garganta dele. E eu de todas as minha inseguranças em relação a ele.

Vou passar a tarde com eles hoje, domingo.

A luz do sol, o hospital parece um pouco menos...decadente.

Me identifiquei na portaria e fui em direção ao quarto 12, onde o Calebe estava.

Assim que abri a porta dei de cara com  Collin, como se quem fosse sair.

Ele estava com o rosto amassado, deve ter acabado de acordar. E com o cabelo bagunçado, ele fica...lindo assim.

Ele me olhou de cima a baixo e tive noção de cada nervo do meu corpo.

- Oi.

Ele disse se aproximando.

- Oi, vim fazer uma visita ao Calebe.

- Ah, veio em boa hora. Eu preciso achar alguma coisa para comer. Você pode ficar com ele um pouco?

- Claro, vai lá.

Eu disse abrindo espaço com o corpo para ele passar pela porta, o que ele estava fazendo até parar subitamente e me encarar no fundo dos olhos.

O QUE?

E selou nossos lábios, respirou fundo e deu uma mordiscada no meu lábio inferior.

E de repente separou nossas bocas, eu já estava zonza, sem entender.

- Você fica linda com vergonha.

Ele disse dando um sorriso de lado, e finalmente saindo do quarto.

Senti meu rosto quente.

Me aproximei da cama de Calebe e assim que ia encostar no seu cabelo, seus olhos pequenos abriram devagar.

-Úrsula!

Ele parecia realmente feliz em me ver. Acariciei seu cabelo, e observei seu rosto. Ainda não me acostumei com tamanha semelhança entre os dois irmãos.

- Oi pequeno, você deu um belo susto na gente.

- Eu estava com saudades, Collin não me deixou te chamar para brincar comigo.

Ele disse e seu rosto fez uma leve feição de tristeza.

Não deixou? a claro não estávamos nós "falando".

- Ei! Sabe o que eu tenho aqui?! Meus lápis de cor e alguns papéis.

- Nós podemos desenhar?!

Ele disse já se sentando na cama, e abrindo um sorriso de orelha a orelha.

- Claro.

Puxei a mesa móvel que fica acoplada a cama e espalhei os lápis.

Depois de uns bons minutos, Calebe disse:

- Olha meu desenho!

Ele segurava com orgulho como se fosse uma obra de arte.

Ele segurava com orgulho como se fosse uma obra de arte

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