Calebe

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“Collin!” Uma criança que parecia ter uns 6 ou 7 anos. E estava de fato feliz, em ver o Collin.

“Oi, amigão. Tá com fome?” Ele disse enquanto bagunçava os cabelos do menor. Eles tinham uma sintonia, que dava gosto de ver.

“ Um pouco, vovó me deu uns biscoitos. Ei quem é essa? Ela é bonita.” Ele disse parecendo finalmente notar que eu estava ali.

“Oi, eu sou a Úrsula.” Eu disse estendendo a mão para ele, que logo foi envolta por uma mãozinha suada.

“Porque seu cabelo é tão pequeno? Ele caiu?” Ele disse chegando mais perto do meu rosto, e eu pude ver claras semelhanças com o Collin. A única diferença era que invés de olhos preto como a noite, iguais o de Collin. Ele tinha um par de esmeraldas escuras. Seu rosto delicado, beirava quase ao angelical.

“Porque eu gosto dele assim. É tão fácil. As vezes cabelo grande é complicado né Caleb?”

“A eu acho um saco quando o Collin passa o pente no meu cabelo. E eu já tive uns amigos, que machucaram minha cabeça. Eles eram menor que minha unha do mindinho!” Ele disse estendendo a pequena mão, e me mostrando a unha.

“E eles deixaram o Collin doidinho!” Ele disse soltando uma gargalhada, uma gargalhada muito gostosa.

“Falando nisso. O senhor já tomou banho?” Ele disse num tom responsável, que soava natural para ele.

“Bom...eu… lavei meu rosto” e começou a correr pela casa.

“Já pro chuveiro, vou levar sua roupa. Anda, você já está atrasado.” Ele disse enquanto levava o irmão para dentro do banheiro, sendo carregado de cabeça para baixo. E dando mais gargalhadas.

Barulho de água batendo no chão e porta sendo fechada. Então, Collin reapareceu.

“Tenho que esquentar essa comida em tempo recorde!” Ele disse indo na direção do microondas onde um pote escrito Calebe, estava cheio do que parecia ser macarrão com frango.

“Você que fez?” Eu disse olhando pro pote na mão dele, enquanto sentava no balcão. Perto dele.

“Sim, eu faço o almoço todo dia de manhã e deixo nos potes. Quando chego da escola é só esquentar e….” Eu percebi que ele estava olhando para baixo, minhas coxas. Tinha até esquecido que estava de saia. Do modo que sentei no balcão, a barra da saia subiu um pouco, revelando mais do que eu queria da minha coxa. Arrumei a saia e encarei ele.

“E?” Eu disse

“ Esquentar e comer.” Ele disse, vermelho ao perceber que eu tinha notado seu olhar. Virou de costas para lavar algo, e disse:

“Você pode dar almoço ao Calebe? Eu tenho que me arrumar para o trabalho. Mais uma vez atrasado e eu vou ser cortado.”

“Claro, posso sim. Eu sou meio culpado pelo seu atraso e por ter encharcado sua camisa, eu nunca fiz isso. Você deve estar achando que eu sou uma chorona e… e eu não sou...” abaixei a cabeça, e encarei meus pés que pendiam sentada na bancada.

Ele se aproximou devagar e colocou a mão no meu queixo, levantou meu rosto com delicadeza e disse:

“Ei, isso não importa tá bom.” Ele disse com um sorriso lindo. Eu já disse que o sorriso dele é lindo? E os lábios também, são tão…

Eu sorri e assenti com a cabeça.

“Obrigada” Notei que ele estava bem na minha frente, abracei ele e me permiti relaxar. Nós afastamos devagar, seu rosto tão perto do meu, eu sentia sua respiração no meu rosto…

All The StarsOnde histórias criam vida. Descubra agora