Pânico

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Raios fracos lutavam para atravessar a cortina grossa da janela, iluminando a escuridão do quarto vazio. Corro minhas mãos pela cama, em vão. Collin não está, ele realmente esteve? O lado esquerdo da cama bagunçado me confirma que sim, seu cheiro ainda está nos lençóis e no travesseiro.

Mergulho fundo meu rosto e inspiro fundo, seu perfume, seu corpo, suas mãos, mãos ensanguentadas. E como um soco no peito meus pulmões apertam, respirar é difícil.

As noite anterior vem na minha cabeça de uma vez só, como uma epifania. Me sinto fraquejar, o banheiro escuro e apertado, as paredes diminuem a minha volta. Eu estou presa, não consigo, eu...

- Úrsula?!

Levanto minha cabeça, eu estou no chão. Sem perceber estava sentada no canto do quarto com a cabeça entre os joelhos, e os braços em volta deles.

- Úrsula?!

A voz repete, mais próxima dessa vez.

Abro meus olhos, que estavam cerrados. E como em uma alucinação eu estou de volta ao quarto do Collin, em segurança.

- Collin!

Eu digo enquanto me jogo nos braços dele, permitindo que ele envolva cada músculo meu.

- O que houve? - Ele diz me soltando e encarando meus olhos - você está tremendo.

Minhas mãos estão realmente tremendo e eu nem notei.

- Eu...eu estava lá...estava lá de novo - levanto meus olhos lentamente até encontrar os dele - sozinha, com medo, indefesa...

-  Ah - ele me puxa de volta para seus braços, de uma forma que sinto seu coração acelerado batendo contra o meu - você não está sozinha Úrsula, você não está lá. Está aqui, segura. - Seus dedos entrelaçam os meus - Quando isso acontecer, apenas abra os olhos e você vai ver que não está lá. Okay?

- Oka-a-y.

Eu gaguejo um pouco, sinto um fio quente correr meu rosto frio, uma lágrima solitária rolou banheiro abaixo. *rosto abaixo.

...

- Mais tarde venho te buscar, use algo confortável.

Collin disse enquanto estacionava na frente da minha casa.

- Não estou muito no clima pra sair...

- Você via gostar e vai me agradecer depois. - Ele disse com um sorriso esperto nós lábios - esteja pronta as 18:00.

- Sim, senhor.

Eu disse batendo continência  e pegando minha sacola.

- Olha só, seu humor já está estabilizando.

- hahahaha.

Eu respondi mostrado o dedo do meio pra ele.

- Que mal criada. Qualquer coisa me liga tá bom?

- Tá.

Eu disse batendo a porta e finalmente saindo do carro.

- Ei, volta aqui. Você esqueceu o...

- Esqueci - Coloquei meu rosto para dentro do  carro, procurando o que eu esqueci - o que?

-Isso.

Collin segurou meu rosto com as duas mãos e meu deu um selinho estalado.

- Eu te amo, sua selvagem sem educação.

Ele disse mergulhando nos meus olhos, ele procurava dor e medo, qualquer sinal de fraqueza. Ela está preocupado, até que ele fica bonitinho assim.

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