É O FIM MEUS LINDOS LITTLE UNICÓRNIOS E DRAGÕES :(
ULTIMO CAPÍTULO DESTA JORNADA NO MUNDO DE DUAS VEZES AMOR :(
Espero de coração que vocês tenham gostado da história, que mesmo ela sendo um pouco confusa tenha feito vocês viverem tudo pelo que a Camz passou. Mais deixo uma dica aqui, o final será inesperado em...
Por fim e pela última vez nessa fic, digo:
BOA LEITURA!!!
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Nina traz uma garrafa de vinho e meio litro de sorvete na sexta-feira e sobe as escadas aos galopes, como um cavalo, para me ajudar a fazer as malas.
-Tem certeza de que não quer que eu vá com você? - pergunta ela de novo, dobrando pela segunda vez uma calça jeans e a enfiando na mala sobre minha cama. Vou levar poucas coisas. Sofia está sentada perto, brincando com o carneiro e o patinho- seremos como Thelma e Louise.
Gargalho.
-Eu adoraria que você vinhesse- digo- mas preciso que volte para a faculdade para ganhar muito dinheiro e me sustentar quando eu estiver velha e acabada.
-E manter o estilo de vida com o qual você se acostumou?
-Exatamente.
-Bem, já tenho minhas ordens, então- ela suspira- mas como vou sobreviver o resto do verão sem você... ainda precisa ser definido.
-Ah, pare- falo- nós nos encontraremos em Boston antes do que você pensa. E, até lá, você estará ocupada com Ally, a hipster que vai se formar em comunicação política.
Nina faz uma careta para expressar que é justo.
-Verdade- admite ela, dando um sorriso secreto- eu pretendo me ocupar.
Vou perder a visita da namorada de Nina por dois dias: partiremos amanhã, Sofia e eu, em uma viagem breve pelo país em meu carro velho aos pedaços. Parece fingimento, mas é muito sério desta vez: afinal, não se pode escrever sobre viagens sem jamais ter ido a lugar algum, e já chega de ficar sentada aqui esperando que minha verdadeira vida me encontre. Tenho um atlas gigante, uma dúzia de cadernos em branco e nenhum plano verdadeiro, exceto pegar minha menina e partir. Estou apavorada e animada.
Nina se joga na cama, erguendo Sofia até a altura do peito e sorrindo.
-Oi, menininha- diz. Então, ela se volta para mim- está tudo bem agora? Com seu pai e Sinu?
-Eu não diria isso exatamente- pego algumas regatas da cômoda e as jogo na cama- mas, melhor. Eu me sinto melhor com isso. Bem o suficiente para ir.
-Graças a Deus- ela faz uma careta- estava na hora. É isso que me deixa louca em vocês, católicos. Torturam uns aos outros por coisas que acabaram durante o Sacro Império Romano. Forçam todo mundo a se punir, punir e punir, até o fim do mundo, amém. Me deixa louca.
Olho para ela.
-O que acabou de dizer?
-Eu disse que me deixa louca.
Fico de pé, parada, por um minuto.
O que tenho feito senão exatamente isso?
Acima de tudo, tende profundo amos uns pelos outros, pois o amor cobre uma multidão de pecados. Isso é Pedro. De Pedro eu sempre gostei.
-Ei! - Nina semicerra os olhos- o que?
-Nada- salto para a cama com minhas duas garotas preferidas e dou um longo apertão nas duas- nada mesmo.
É bem cedo quando chego á casa de Lauren, o sol nascente sobe cinzento e chuvoso atrás de mim. Parei no posto de gasolina para abastecer e pegar previsões de última hora; Sofia está dormindo na cadeirinha do carro, desmaiada pela madrugada. O radio murmura um som baixo e tranquilizador.
Pego algumas pedrinhas dos canteiros no jardim da frente dos Jauregui, depois atravesso o aglomerado de coqueiros no gramado e as atiro, uma a uma, na janela dela. Ainda nem são setes horas, mas já está úmido, o brilho do ar encharcado da Flórida sobre minha pele.
Nada acontece. Seguro a respiração: é um gesto idiota, muito mais do que poético, mas fazia um sentido bizarro quando eu estava a caminho dali. Estou prestes a desistir, então Lauren levanta a persiana e olha.
-Isso é para mim? - pergunta ela. Mesmo vendo de um andar abaixo, ela tem um sorriso e tanto.
Sorrio de volta, um sorriso grande e brilhante, e ergo o enorme copo de raspadinha na mão livre e em um cumprimento de noventa e nove centavos.
-Parece que sim.
Lauren assente um pouco, sonolenta e impressionada.
-Está cedo- é tudo o que ela diz.
-Eu sei. Não queria desperdiçar tempo- hesito e então falo- só parei para descobrir se você queria fazer uma viagem.
Mesmo lá embaixo consigo ver as sobrancelhas castanhas dela se arquearem.
-Aonde vai? - pergunta ela, inclinando-se um pouco mais para fora da janela, como se estivesse tentando ver melhor meu rosto.
Dou de ombros e ergo as mãos, um pouco sem reação.
-Não tenho certeza-admito, ainda sorrindo. Parece incrivelmente poderoso dizer- mas trouxe muitos cadernos.
-Ah, é? - pergunta Lauren, fingindo casualidade- vai escrever um pouco?
-Estou pensando nisso- digo, superficial como ela. Parece que estamos circundando alguma coisa aqui, como se talvez nós duas soubéssemos aonde aquilo vai dar. Como se talvez sempre soubéssemos- vou começar em Seattle.
-Ah, é? - Lauren assente em aprovação- Seattle é bom- diz ela, tranquila. Os dedos um pouco mais bronzeados de Lauren se fecham na moldura da janela- vai quando?
-Agora mesmo.
Lauren não diz nada por um momento, então:
-Uau- ela me olha como se me conhecesse desde sempre. Como se eu o surpreendesse todos os dias. Lauren endireita o corpo na janela, alta e familiar; o copo está molhado e pesado em minha mão- sei lá. Pode esperar cinco minutos para mim me vestir?
Gargalho de repente, como se alguma coisa borbulhasse dentro de minhas veias. Não percebi até aquele segundo que estava prendendo a respiração, mas expirar é um alívio enorme, anos e anos de tensão sendo drenados.
-Acho que posso- respondo, ainda rindo; rindo, sério, como não faço há séculos. Como Dinah e eu costumávamos fazer quando éramos pequenas, brincando no quintal- isso parece bom.
-Que bom- responde Lauren, e começa a abaixar a persiana- fique aí. Já desço.
-Tudo bem-digo, e depois- ei, Lauren?
Ela para, volta o rosto para mim.
-Sim? O que foi?
Fico de pé ali. Reúno coragem. Respiro tão fundo que parece que o ar vem do chão sob meus pés, então dou um salto:
-Amo você, sabia?
-Eu...- Lauren para de falar, um sorriso grande, brilhante e feliz. Ela parece uma criancinha- eu sei- diz Lauren depois de um momento- mas, nossa, Camz- ela gargalha um pouco, incrédula- como é bom ouvir.
É bom dizer, quero responder, mas percebo que terei um país inteiro para fazer isso. Um continente inteiro. O mundo inteiro. O sol está nascendo, alaranjado, um círculo brilhante no céu.
-Venha- grito, erguendo o queixo- desta vez, eu dirijo.
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Agradeço a todos que acompanharam essa história até aqui, até uma próxima história *---*
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Duas Vezes Amor
ФанфикAntes, Lauren Jauregui era o amor de toda uma vida. Depois, A namorada que a abandonou gravida. Antes, Lauren era a mulher misteriosa que nunca foi pega desprevenida, sempre aberta para o inesperado. Depois, Ainda é um mistério. Adap...