Hey little Unicórnios e Dragões *---*
BOA LEITURA!!!
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-Estamos ficando velhas demais para isso- declarou Dinah de súbito. Estávamos a manha toda no balanço do canto do jardim enorme e imaculado dos pais dela: só nós duas, como sempre, os cabelos amarelos como milho de Dinah roçando a grama conforme ela se lançava para trás o máximo que conseguia.
-Nós somos velhas demais para isso- falei. Eu estava de ponta-cabeça no escorrega de plástico, os joelhos dobrados, as mãos tateando, sem sorte, em busca de um dente-de-leão ou alguns capins para arrancar. O pai de Dinah era fanático pelo gramado. Tínhamos quinze anos naquele verão, não dirigiamos ainda, sempre pegavamos carona com dois amigos mais velhos de Dinah- essa é a questão. Cale a boca e balance.
-Esta bem- disse ela, rindo- talvez eu balance- então, pensando melhor e endireitando o corpo com uma sacudida na cabeça de dar tonteira- quer tomar um café?
Franzi a testa. Em um minuto, ficaria quente demais para continuar deitada daquele jeito, mas o motivo pelo qual Dinah queria tomar café era porque a amiga dela, Normani Kordei, trabalhava no Bump & Grind e dava iced mochas de graça, e eu odiava Normani Kordei.
-Você quer café?
Dinah pensou nisso por um momento, os olhos semicerrados por trás dos enormes óculos escuros de aro de tartaruga.
-Não- disse ela, por fim, com um suspiro de derrota- Só quero ir a algum lugar.
Eu estava prestes a sugerir um filme da matinê, ou talvez café na livraria, mas nesse momento a mãe dela surgiu á porta de correr da cozinha, o cabelo do mesmo loiro perfeito de Dinah, mas com um corte curto e sério.
-Meninas?- chamou ela, recostada contra o batente, um pé descalço erguido para coçar o joelho da outra perna- fiz muffins, se estiverem com fome!
-Não cai nessa- disse Dinah imediatamente- Estão cheios de linhaça.
-Não diga isso a ela!- respondeu a mãe de Dinah. A senhora Hansen tinha a audição de um morcego- não estão. Experimente um, Camila.
-Tudo bem- concordei depois de um momento. Eu costumava obedecer, e precisava fazer xixi. Virei o corpo para sair do escorregador e caminhei até a casa pelo verde forte e vivo da grama, o calor bem opressor já no começo do dia- já vou.
-Pegue o baralho também- gritou Dinah, e qualquer plano de deixar o jardim foi subitamente esquecido. Só estávamos jogando jogos de baralhos de idosos naquele verão: bridge, copas. Era uma coisa que Dinah nos colocava para fazer, a mais recente em uma longa sequencia de versões com temas como Tranças de maria-chiquinha e A filmografia de Katherine Hepburn- e papel e caneta!
-Mais alguma coisa, Vossa Majestade?- gritei para ela por cima do ombro.
Dinah deu seu maior e mais bobo sorriso, atirando um chinelo de borracha na minha direção.
-Por favooor?
-Veremos.
Fiz xixi, peguei as cartas no quarto dela e abri a caixa de maquiagem na cômoda de Dinah em busca do gloss labial Risky Business que ela havia comprado no início da semana no shopping. Peguei um pouco de sombra e dois absorventes internos, mas não vi o gloss e estava prestes a desistir quando meus dedos se enroscaram em uma meia lua de prata oxidada em uma corda fina que reconheci- imediatamente, sem nem pensar, como reconhece o próprio rosto no espelho- como sendo de Lauren Jauregui.
Pisquei. Engoli em seco. Fiquei de pé ali por nem sei quanto tempo, o ar-condicionado central zumbindo baixinho ao fundo e meus pés descalços afundando no tapete cinza-pálido que ia de uma parede á outra, com marcas recentes do aspirador de pó da faxineira dos Hansen, Valencia. Por fim, sai- passei direto pela Sra. Hansen, que estava segurando um prato de papel com dois muffins de mirtilo com linhaça, os quais, subitamente, me deixaram um pouco enjoada.
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Duas Vezes Amor
أدب الهواةAntes, Lauren Jauregui era o amor de toda uma vida. Depois, A namorada que a abandonou gravida. Antes, Lauren era a mulher misteriosa que nunca foi pega desprevenida, sempre aberta para o inesperado. Depois, Ainda é um mistério. Adap...