Sabe quando você olha para alguém e pensa em como aquela pessoa está ali, como se ela só por sua aparência não fosse capaz de fazer tal coisa?
Infelizmente somos assim e eu odeio esse nosso pensamento. Um pensamento de julgar as pessoas sem conhecer sua história, sem conhecer o porquê dela estar ali,sem conhecer os motivos dela chegar aonde chegou.
Julgamos superficialmente, e por mais que tentamos combater isso, às vezes é quase impossível.Foi assim quando vi o Pastor Gustavo pela primeira vez. Eu estava acostumado com o Pastor Ricardo, um rapaz alto e forte, com um rosto duro que mesmo tendo apenas vinte e dois anos, demonstrava uma maturidade incrível que por muitas vezes, muitos dos membros da igreja o confundiam com o Pastor titular, e eu o admirava com o total respeito de um pai, até que o Pastor Gustavo chegou.
Um jovem magrinho, pálido, numa luta inacabada contra os vínculos de suas camisas que se formavam quando ele passava ferro, seus cabelos castanhos ondulados que pareciam não gostar de ficar aonde ele precisasse e seu aparelho azul que parecia ser visto até do outro lado da calçada.
Parecia um jovem de apenas quinze anos, e infelizmente eu já pensei que ele não poderia me ajudar em nada.
Engano meu.
Em sua primeira oportunidade de fazer uma reunião, o Pastor Gustavo me surpreendeu. Ele em cima do Altar poderia ter aparência de uma criança, mas ali ele mostrava o porquê Deus o havia escolhido. Ele falava da palavra de Deus com tanta autoridade que eu sabia que havia sido injusto não só com ele, mas achar que Deus havia errado em sua escolha.
Se ele estava ali de Pastor, não era a toa. Ele tinha feito algo que havia chamado a atenção de Deus.
A partir daquele dia, eu confiava nele até de olhos fechados, pois eu sabia que não me arrependeria.
-Jota? -A voz do Pastor Gustavo veio até mim. Levantei o rosto com as lágrimas já secas em minhas bochechas. -Está tudo bem?
Engoli em seco, e antes que eu pudesse responder, Carla gritou:
-Eu ainda estou presa aqui! NINGUÉM VAI VIM ME AJUDAR, NÃO?!
O Pastor olhou confuso para mim, mas eu me sentia exausto de mais para falar qualquer coisa.
Eu não havia só rejeitado a Carla, eu havia rejeitado o meu desejo, eu havia rejeitado a mim mesmo.
-Pastor, eu trouxe um pouco de comida para o senhor, meu marido fez uma mandioca, o senhor vai amar... -A Obreira Ivanilde entrou na cozinha com uma tupperware em suas mãos, mas parou de falar assim que viu a expressão em meu rosto.
Pela sua cara, eu realmente deveria estar um estrago. -Se me perdoem a intromissão, mas o que houve?-GENTE, PELO AMOR DE DEUS, ME TIREM DAQUI! -A voz de Carla doeu os meus tímpanos. Me levantei do meu lugar e estendi a chave para a Obreira.
Mesmo sem entender nada a senhora a pegou e o Pastor me segurou com delicadeza pelo cotovelo:
-Melhor conversarmos lá em baixo.
***
Hey, hey, hey!
Vocês já imaginaram uma história escrita pelo nosso querido Paulo?
Kkkkkk
Pois bem...
Estou brincando pessoal! Kkkkkkk eu só estava mexendo em uns aplicativos aqui e imaginei como seria minhas histórias contadas na versão desse personagem e eu ri de mais!
E como não vamos ter, vamos só observar essa capa aí com muito gostinho!
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Amor em uma fotografia
SpiritualO quão difícil é olhar para dentro de nós e enxergar as inseguranças? Não seria incrivelmente mais fácil mascarar tudo de uma vez e fingir que elas não te incomodam? Mas e quando se conhece alguém que mesmo sem intenção alguma o faz olhar para dentr...