capítulo 8

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Duas horas mais tarde, diante do espelho, Dulce examinava cada detalhe de seu traje: um vestido de seda azul-celeste, com decote arredondado e mangas cur­tas. Os cabelos presos à altura da nuca com alguns Sozi­nhos soltos davam-lhe ainda mais graciosidade.

A porta do quarto se abriu e ela pôde ver, pelo espe­lho, que era Christopher quem entrava. Ele nem se dera o trabalho de bater, agindo como se fosse seu dono, pensou consigo mesma.

Sem se voltar, sorriu para Chris pelo espelho. Ele colo­cou as mãos sobre seus ombros e beijou-a na nuca, levan­do-a a experimentar uma sensação agradável.

Ela suspirou. Não tinha vontade de descer para o jan­tar. Queria casar-se com ele naquele instante. Queria sa­ber que outros prazeres ele poderia lhe proporcionar.

— Você está linda — Christopher sussurrou-lhe ao ou­vido. — Mas tenho uma sugestão. — Ele soltou os cabelos de Dulce, que caíram como uma cascata de cachos pe­las costas. — Prefiro seu cabelo assim... Fica parecendo uma princesa pagã.

— Damas sempre usam os cabelos presos à noite — ela repetiu o que a tia costumava dizer.

Dulce decidiu que sempre usaria os cabelos soltos, a menos que fosse imprescindível prendê-los. Recostou-se ao corpo de Chris, desfrutando o gostoso arrepio que o beijo dele em seu pescoço provocava. Então, ele abraçou-a por trás, enquanto lhe acariciava os seios, que ficaram rijos sob a seda macia do vestido. Uma forte excitação se espalhou dos mamilos para um ponto ainda mais sensí­vel, entre as coxas.

— Abra os olhos, meu bem — Christopher sussurrou. — Fique olhando enquanto acaricio seus seios.

Dulce abriu os olhos e observou as mãos dele, que deslizavam para dentro de seu vestido, esfregando-lhe firmemente os mamilos entre o indicador e o polegar, para  frente e para trás.

— Céus — ela murmurou baixinho.

— Depois que estivermos casados, ficaremos nus diante do espelho. Quero que você me veja fazendo essas e outras coisas deliciosas com você. Quero também que murmure meu nome enquanto eu a tocar.

Dulce sentia as pernas fraquejar, tal era seu prazer. Lentamente, então, ele plantou um beijo em seu pescoço e interrompeu as carícias. Christopher sorriu ao constatar que sua querida sonhadora tinha no rosto a expressão de alguém que flutuava.

— Estamos sendo aguardados lá embaixo — ele lem­brou, afastando-a levemente. — Se não descermos logo, começarão a imaginar onde estamos.

— Imaginem o que quiserem. — Dulce deu de om­bros. — Ninguém se preocupa com nossa ausência. Afinal, estamos prometidos um ao outro há quase um ano.

Eu assumi um compromisso há quase um ano — ele corrigiu. —Você o assumiu há menos de um dia. Lembre-se de que precisa aprender a ser paciente.

— Não posso começar a aprender isso amanhã?

— Não, você deve pedir desculpas a todos pela demora. Dulce suspirou, aborrecida. Por que tinha que viver pedindo desculpas a todos? Odiava se desculpar, quase tanto quanto odiava surpresas.

Todos estavam reunidos no salão principal, como de costume, antes de seguirem para a sala de jantar. Ninguém notou quando ela e Christopher entraram.

— Será que estamos invisíveis? — ela indagou baixinho.

—Acho que estão todos com medo que você tenha outro de seus acessos de birra se a cumprimentarem — ele brincou.

Adorável Condessa - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora