— Muito prazer — disse Dulce, com uma elegante reverência.
— Prometa que vai reservar uma valsa para mim, futura condessa de Uckermann. — Lorde Ochoa procurou soar casual e amigável.
— Não se preocupe senhorita. Tomarei conta de seus interesses, enquanto dança com meu marido e farei o melhor que puder. — Lady Ochoa lançou um olhar lânguido para Christopher.
Dulce reconheceu nos olhos daquela mulher a mesma expressão que tinha detectado no olhar de Marian Stanley.
— Se nos dão licença, preciso cumprimentar minha irmã e meu cunhado — ela anunciou. — Não se pode fazer a realeza esperar, ainda que seja a própria família.
— Miriam e eu estaremos ansiosos para conversar com vocês mais tarde — murmurou lorde Ochoa sorridente, sem deixar de olhar para Dulce.
— Gostei do que disse — Christopher cochichou ao ouvido da noiva. — Tome cuidado com Memo. O homem tem fama de mulherengo.
— E Miriam parece apreciar demais os homens — ela observou. — Ou será que é você, em particular, que ela aprecia?
— Eu diria que os Ochoa mantêm entre si um acordo que lhes permite certa liberdade.
— E isso é comum entre os casais de aristocratas? — Dulce estava chocada. Aquela era a primeira vez que participava de uma festa com gente tão esquisita.
— Claro que não.
Quando finalmente foram encontrar-se com Maite e Christian. Os príncipes Victor e Stepan estavam com eles.
— Como foi a ópera? — Maite indagou a guisa de cumprimento.
— Muito bonita — respondeu Dulce. — Acredito que havia mais pessoas olhando para mim do que para o palco. Eu deveria ter agradecido ao público quando as cortinas se fecharam.
A orquestra começou a tocar a primeira valsa.
— Poderia conceder-me o prazer? — Christopher brincou, curvando-se diante dela, com um sorriso tímido, ela estendeu a mão para o noivo. Aquela seria a primeira vez que dançariam juntos.
Enlaçando-a pela cintura, Christopher a trouxe para bem junto de si e, em seguida, ambos saíram valsando pelo salão. Dulce procurou esquecer a multidão que os cercava e entregou-se à alegria daquele momento. Apenas aquele homem e a música importavam. Estava feliz demais para dizer qualquer coisa. De repente, avistou Marian Stanley descendo a escadaria que levava ao salão de baile.
— Uma nuvem escura parece ter apagado seu sorriso, querida — Christopher observou.
— Que tal agora? — Ela tornou a sorrir, mas suas habituais alegria e espontaneidade haviam se desvanecido.
Ao término da valsa, Chris acompanhou-a até onde estavam seus familiares.
— Lady Dulce, aceitaria dançar com seu cunhado favorito? — Christian estendeu-lhe a mão, divertido e cortês ao mesmo tempo.
— Adoraria — ela respondeu, e logo seguiam para a pista de dança.
Enquanto dançava com o cunhado, viu a irmã, que valsava com Stepan. Sentiu o coração apertado, porém, ao avistar Christopher dirigindo-se à pista de dança, acompanhado por ninguém mais, ninguém menos que Marian Stanley.
— O que aconteceu? — indagou Christian, ao ver que o rosto da cunhada empalidecera.
— Chris está dançando com aquela tal marquesa. — Ela encarou o cunhado. — Diga-me, o que há entre eles?
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Adorável Condessa - Vondy
AléatoireInglaterra, 1814 Entre mentiras e traições, um ardente jogo de paixões... Por mais que Dulce Maria Saviñón seja linda e graciosa, a reputação de jovem impertinente colocou em risco suas perspectivas de casamento. Somente as pessoas mais próximas a...