capítulo 13

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— Muito prazer — disse Dulce, com uma elegante reverência.

— Prometa que vai reservar uma valsa para mim, fu­tura condessa de Uckermann. — Lorde Ochoa pro­curou soar casual e amigável.

— Não se preocupe senhorita. Tomarei conta de seus interesses, enquanto dança com meu marido e farei o melhor que puder. — Lady Ochoa lançou um olhar lânguido para Christopher.

Dulce reconheceu nos olhos daquela mulher a mesma expressão que tinha detectado no olhar de Marian Stanley.

— Se nos dão licença, preciso cumprimentar minha irmã e meu cunhado — ela anunciou. — Não se pode fa­zer a realeza esperar, ainda que seja a própria família.

— Miriam e eu estaremos ansiosos para conversar com vocês mais tarde — murmurou lorde Ochoa sorridente, sem deixar de olhar para Dulce.

— Gostei do que disse — Christopher cochichou ao ouvi­do da noiva. — Tome cuidado com Memo. O homem tem fama de mulherengo.

— E Miriam parece apreciar demais os homens — ela observou. — Ou será que é você, em particular, que ela aprecia?

— Eu diria que os Ochoa mantêm entre si um acordo que lhes permite certa liberdade.

— E isso é comum entre os casais de aristocratas? — Dulce estava chocada. Aquela era a primeira vez que participava de uma festa com gente tão esquisita.

— Claro que não.

Quando finalmente foram encontrar-se com Maite e Christian. Os príncipes Victor e Stepan estavam com eles.

— Como foi a ópera? — Maite indagou a guisa de cumprimento.

— Muito bonita — respondeu Dulce. — Acredito que havia mais pessoas olhando para mim do que para o palco. Eu deveria ter agradecido ao público quando as cortinas se fecharam.

A orquestra começou a tocar a primeira valsa.

— Poderia conceder-me o prazer? — Christopher brin­cou, curvando-se diante dela, com um sorriso tímido, ela estendeu a mão para o noi­vo. Aquela seria a primeira vez que dançariam juntos.

Enlaçando-a pela cintura, Christopher a trouxe para bem junto de si e, em seguida, ambos saíram valsando pelo salão. Dulce procurou esquecer a multidão que os cercava e entregou-se à alegria daquele momento. Apenas aquele homem e a música importavam. Estava feliz demais para dizer qualquer coisa. De repente, avis­tou Marian Stanley descendo a escadaria que levava ao salão de baile.

— Uma nuvem escura parece ter apagado seu sorriso, querida — Christopher observou.

— Que tal agora? — Ela tornou a sorrir, mas suas habi­tuais alegria e espontaneidade haviam se desvanecido.

Ao término da valsa, Chris acompanhou-a até onde es­tavam seus familiares.

— Lady Dulce, aceitaria dançar com seu cunhado favorito? — Christian estendeu-lhe a mão, divertido e cortês ao mesmo tempo.

— Adoraria — ela respondeu, e logo seguiam para a pista de dança.

Enquanto dançava com o cunhado, viu a irmã, que valsava com Stepan. Sentiu o coração apertado, porém, ao avistar Christopher dirigindo-se à pista de dança, acom­panhado por ninguém mais, ninguém menos que Marian Stanley.

— O que aconteceu? — indagou Christian, ao ver que o rosto da cunhada empalidecera.

— Chris está dançando com aquela tal marquesa. — Ela encarou o cunhado. — Diga-me, o que há entre eles?

Adorável Condessa - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora