Livres pelo juramento sagrado!

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ME SOLTA AGORA! – eu tentava usar meu charme a todo custo, mas não estava dando certo. O soldado monstro continuava com suas mãos firmes prendendo meus dois braços e me arrastando a força para a porcaria de uma cela longe dos meus meus amigos.

Droga!

A vaca da Despina com certeza tomou suas precauções para deixar seus soldados monstros imunes a efeito de charme. Ou esses soldados simplesmente são imunes.

– Aí! – gritei quando o soldado me jogou para dentro de uma cela iluminada apenas por uma tocha que tinha grudada na parede.
– Eu não vou ficar aqui para sempre seu bostinha! – eu gritei em desafio.
O soldado monstro apenas deu uma risadinha fina de deboche e se mandou.

– ÓTIMO! – eu gritei para a escuridão que emitiu meu eco. – Podem apodrecer aqui seus ingratos. Sua deusa ingrata! Não estou mais nem aí para a sua histórinha de vida comevente. Você é IGUALZINHA AOS DEUSES!

Eu não esperava nada gritando essas coisas... Quer dizer... Esperava um pouquinho que Despina mudasse de ideia. Mas não resolveu nada. Ao invés de uma resposta, eu fiquei ali presa naquela cela escura ajoelhada e com a garganta seca após tantos gritos durante um tempo longo que não consegui calcular. Talvez tenha passado horas, ou um dia. Eu jamais saberia presa naquela caverna.

Será que alguém, mais preciso o Percy já encontrou a Annabeth? Será que ela está bem? — fiquei me perguntando isso com uma frequência que não consegui contar. Essa viagem foi mais longa do que eu esperava. Os planos eram aparentemente simples : ir a East Hampton e encontrar Annabeth e salvá -la. Fim.

Mas ao invés disso, fomos encontrando obstáculos pelo caminho e isso acabou retardando nossa missão.

Eu não posso dizer que teve um ponto positivo para missão. Na verdade a única positividade que teve foi eu encontrar Afrodite e ela me dar mais detalhes sobre tudo o que aconteceu há 14 anos atrás. Mas esse lado positivo foi apenas para mim. Não serviu para a missão. Não serviu para facilitar a vida de Annabeth. Pelo andar da carruagem, apenas dificultou.

Esse tempo incalculável nessa cela me fez refletir sobre meus passos até agora nessa missão.
Será que eu tenho culpa por termos demorado tanto para chegar?
Será que eu ser a mais inexperiente e ter sido mandada para esta missão não foi um grande erro?

A memória de Percy sendo ríspido comigo e com Piper minutos antes de acharmos a caverna ainda está fresca.
Da próxima vez pensem mais rápido para não perdermos tempo!
Foi o que ele disse.

Aconteceu isso duas vezes no decorrer da viagem. E em ambas eu demorei para pensar que minha voz poderia dar um fim a batalha.

PUFF!

Ouço um barulho do outro lado e dou um pulo de susto.

O que será agora?

– Aaaaah desgraçados! – ouço a voz de um dos soldados feiosos falarem.
– PEGUEM ELES AGORA! – grita o Titã Ãnitos.

Oh deuses!

Eles estão tentando... Tentando se livrarem da prisão. Será...

PUFF!

– AAAH – é minha vez de gritar. Porém sou impedida pela mão de Nico. Que põe a mão na minha boca bem na hora e abafa minha voz.
– Co... Como você conseguiu? – eu gaguejo ofegante.
– Consegui projetar uma sombra.– ele sussurra
Devagar ele afasta a mão da minha boca e olha em volta cauteloso. Sua pele pálida é bem dizer a única coisa que se reflete em meio aquela escuridão.
– Temos que dar um fora daqui depressa. Percy já está com a Annabeth. Vamos!
– Ela tá... – eu queria perguntar. Mas me interrompi porque vi que Nico não me daria resposta alguma agora. Ele agarrou minha mão e me puxou para fora daquela cela imediatamente.

Diário de uma SemideusaOnde histórias criam vida. Descubra agora