Para Yun Soyoon, ter entrado na escola mais cara e importante da Coréia do Sul foi uma grande vitória. Em uma escola onde a questão social vale muito, e os alunos são divididos por fortuna, Soyoon se sente perdida por ser filha de donos de uma peque...
Brilhante como em tecnicolor, sei que você pode ver
— Sorry Not Sorry
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Seul, Capital da Coréia do Sul
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Os primeiros e fracos raios solares atravessavam a clara cortina de tecido macio, avisando às pálpebras de que elas deveriam serem abertas para ingressar em mais um dia de aula na escola Atakura Seoul.
Esticou seus finos braços acima da cabeça, curvando sua coluna de forma que ouvisse seus ossos estalarem e se sentisse relaxada e disposta o suficiente para se levantar da cama pequena e confortável.
Soyoon abriu finalmente seus olhos puxados e se deparou com o teto de seu pequeno quarto. Suspirou passando as mãos pelo rosto e de uma vez só deu um pulo ao se assustar com o apito de seu despertador. Mais uma vez havia acordado antes de seu alarme.
Revirou os olhos.
Seu banho foi rápido, dando assim tempo o suficiente para que ela se arrumasse com calma. Mas, Soyoon não fazia questão de acordar cedo por vaidade; o motivo pelo qual sempre precisava de mais tempo, era para que pudesse comer o suficiente no café da manhã antes de seguir caminho até o colégio.
Se olhava no espelho avaliando o bordado dourado do blazer azul marinho, peça chave de seu uniforme bem engomado com o nome da gloriosa e mais cara escola da Coréia do Sul estampado no peito direito. O símbolo de um escudo dourado com as iniciais da escola, deixava claro que estudar em um lugar como o que Soyoon estudava, era algo de extremo orgulho.
Soyoon não pagava por sua vaga, ela e sua família nunca nem ao menos sonharam na possibilidade de ter tanto dinheiro para arcar com algo tão caro, afinal.
Atakura Seoul não era só a melhor escola da Coréia do Sul — até mesmo uma das melhores da Ásia —, mas também a mais cara e exigente. Era constituída pelo Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Apenas as famílias mais bem sucedidas ousavam inscrever seus filhos no local, pois a taxa mensal era realmente cara, e caso os pais optassem por tirar seu filho do colégio antes do tempo — ou o aluno fosse expulso —, eram obrigados a pagar uma multa monstruosamente mais cara que a taxa mensal.
