É óbvio que você está destinado para mim
Cada pedaço seu se encaixa perfeitamente
Cada segundo, cada pensamento, eu estou tão envolvida
Mas eu nunca demonstrarei
Mas nós sabemos disso, nós temos um amor que está desabrigado
— Secret Love Song
Seul, Capital da Coréia do Sul
Após simplesmente partir do local onde antes se encontrava, Jeon Jungkook passou o caminho inteiro apenas analisando o que poderia ou não fazer. Já era madrugada e tudo o que acontecia era que o celular caro do menino sempre vibrava em sinal de mensagens e ligações, mas ele não estava realmente interessado em responder.
Era madrugada, claro. O período preferido do garoto e mesmo que ele não estivesse disposto a se drogar por uma noite, ainda assim sentia que tinha que arranjar alguma forma de ficar fora de si por um tempo.
Ainda pensava na informação que havia absorvido, mas não era exatamente algo que ainda estivesse deixando-o indignado. Naquele momento, pensava mais em si mesmo e em como havia se tornado tão patético com o tempo. Tudo o que podia fazer por si mesmo era viajar dentro da própria mente, buscando razões para se manter onde estava, atirando forçadamente coisas a quais não deveria, pois sabia que tudo o que podia fazer por si mesmo, havia feito. Ou pelo menos era o que achava.
Brincar com a própria lucidez... Chamar a atenção dos pais... Agir como uma criança mimada que foi criado pela babá... Tudo isso já fazia parte de seu repertório e ele infelizmente já sentia medo do quanto isso estava o atingido como um veneno.
Entrou em casa despreocupado, vendo que as luzes dos quartos estavam desligadas. Por mais incrível que parecesse, até mesmo sua prima já dormia. Assim que atravessou a porta principal de casa, o primeiro local ao qual foi procurar foi a cozinha.
Ligou as luzes sem fazer qualquer barulho e abriu a primeira geladeira do local, tirando uma garrafa de água de metal. Bebericou matando a sede e percebendo o quanto o líquido incolor estava gelado. Ao fechar a porta pesada do eletro, se sentiu satisfeito por não tomar algum susto, mas abaixou os ombros em calmaria e cansaço.
— Eu fiquei preocupada... — Nayeon comentou, agarrada na blusa de mangas que vestia.
— Eu sempre volto tarde. Não sei qual o motivo da preocupação. — ele respondeu, passando por ela e se apoiando no balcão, de forma ao qual pudesse não olhar para a menina.
— Eu sei...
— Você tem que parar de me esperar até tarde. Isso é estranho. — ele admitiu sério e ela apenas suspirou.
— Eu sei disso, mas... Acho que é uma mania besta.
Jungkook ficou em silêncio e respirou fundo em paciência. Finalmente analisou o rosto bem feito da garota e negou com a cabeça. Aquilo tinha que parar. De alguma forma. E por mais que tentasse, não conseguia afastá-la, mesmo sabendo que não conseguiria se envolver sentimentalmente com a menina um dia. Era era irredutível e insistente demais.
— Nayeon, eu estou noivo. Você sabe bem que não é um noivado agradável, mas eu não tenho escolha no momento. Eu já tentei de tudo, mas meus pais não aceitam o cancelamento disso. — Jeon explicou com clareza, lembrando-se até do dia do restaurante e de como usou Yoon como um escudo. — E eu... não posso retribuir os seus sentimentos, então, não torna as coisas mais difíceis, por favor.
— Mas você não gosta dela... Da Haikkya! E não quer se casar! — ela retrucou, mordendo os lábios com força.
— Eu vou subir. Leva alguma coisa pra eu comer... por favor.
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Sete Finais
FanfictionPara Yun Soyoon, ter entrado na escola mais cara e importante da Coréia do Sul foi uma grande vitória. Em uma escola onde a questão social vale muito, e os alunos são divididos por fortuna, Soyoon se sente perdida por ser filha de donos de uma peque...