Para Yun Soyoon, ter entrado na escola mais cara e importante da Coréia do Sul foi uma grande vitória. Em uma escola onde a questão social vale muito, e os alunos são divididos por fortuna, Soyoon se sente perdida por ser filha de donos de uma peque...
O dia em que estávamos olhando o pôr do sol E quando eu disse que tive a sorte de te encontrar Foi há muito tempo Agora, o pôr do sol é apenas o começo de uma noite
- Days Gone By
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Seul, Capital da Coréia do Sul
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A sala totalmente fechada parecia sufocar as pessoas do lado de dentro. Saeron mantinha-se sentada no meio, entre seus dois irmãos, Chei-Guk e Binwoo. Em sua frente, senhor Kwan-Han os olhava sério, e do lado direito da sala, quem se encontrava era a senhora Bin.
Os outros homens vestidos com seus ternos bem engomados absorviam bem as opiniões e momentos de fala de cada um, sem deixar de despejar olhares avaliativos sobre cada pessoa presente.
— É uma honra ter o senhor de novo na Coréia do Sul, senhor Kim Dox. —disse Iruy, o homem de terno avermelhado, sentado próximo da senhora Bin Joujy.
— Não é a primeira vez que você diz isso, Iruy. Pode ser menos repetitivo e puxa-saco do meu pai? — Binwoo jogou impaciente.
— O debate é sobre a volta do senhor Kwan-Han ou sobre os lucros dos últimos meses? — Oturan, responsável pelo setor de qualidade da sede da Coréia do Sul, perguntou, folgando a gravata.
— Bem, como já havíamos dito antes, na última reunião que tivemos com a nossa diretora, a senhora Saeron — Iruy apontou levemente para a herdeira Kim, sentada um pouco a frente. —, achamos mais seguro não investirmos tanto nos mesmos países em que investimos ano passado.
— Por quê? — Kwan-Han questionou sério.
— Senhor, estamos há anos investindo em países pequenos. Não sei de onde veio a visão de que isso deveria dar certo, mas agora temos que focar em alianças com peixes grandes. Temos que ter sede!
— E eu já disse que sou totalmente contra isso. — Saeron elevou o tom de voz, soltando um longo suspiro. — Pensei que este assunto havia sido encerrado, Iruy.
— Qual a sua opinião sobre isso, Chei-Guk? — Kwan-Han soltou alto, direcionando a voz ao filho.
Chei-Guk ergueu o olhar antes perdido em uma caneta qualquer, entreabrindo os lábios pensativo e ajeitando os óculos no rosto. Olhou para seu pai e seus dois irmãos, soltando um suspiro.
