Ontem é historia e amanhã é um mistério
— Mirrors
Seul, Capital da Coréia do Sul
Soyoon andou mais um pouco para chegar no portão de casa, com as mãos cheias de coisas e uma bela atadura enrolada na mão esquerda.
Depois que conseguiu conversar tudo o que queria com Jungkook, os dois finalmente finalizaram os cartazes, mas os mesmos tiveram que ficar com Soyoon, essa que ainda tinha que trabalhar ao sair da mansão.
A gerente do trabalho de Yoon não levou em conta a condição da mão queimada da mesma e disse que ela podia trabalhar sem problemas, então Soyoon teve que concordar, já que sua queimadura não havia sido de segundo ou terceiro grau.
Ela passou pela porta de casa e se curvou em direção seus pais com a expressão cansada. Yura se levantou do sofá indo até a filha e a enchendo de beijos.
— Que bom que chegou mais cedo hoje, filha! Sua vó e eu fizemos seu bolo preferido, aquele bolo com gelatina e marshamallow de cereja. — Yura contou, tirando as coisas das mãos de sua filha mais velha. — O que foi isso na sua mão?
— Por culpa sua a mamãe não fez meu bolo preferido de novo, Soyoon. — Nesook reclamou. — Espero que você coma tudo e tenha dor de barriga.
Soyoon olhou cansada para Nesook e foi até sua vó, pedindo bênção.
— Obrigada por me receber tão bem todos os dias, Nesook. — Yoon retrucou irônica.
— Responda a pergunta da sua mãe, Soyoon. O que foi na sua mão? — seu pai perguntou, tirando os olhos do papel de prêmios que lia.
— Me queimei sem querer, mas foi razoável. Vou subir e dormir, estou cansada e tenho escola amanhã. Prometo comer bastante do bolo antes de sair e levar um pedaço para a escola. — Yoon falou baixo e olhou pela última vez para seus pais antes de sair sem dizer mais nada.
Enquanto a jovem subia para o quarto já se livrando da bolsa no ombro, percebeu que não foi boa o suficiente em esconder o quanto estava mexida com algo em especial. Ninguém saberia que tudo isso era por estar chateada com sua mãe, mas no fundo de si ela estava ciente e se sentia mal. Sabia que era horrível se sentir traída por sua mãe que a tratava como uma princesa, mas também lhe doía pensar que havia algo de muito errado acontecendo.
Antes de ir para o quarto, ela teve de passar no banheiro para lavar a mão direita e pelo menos as pontas dos dedos de sua mão esquerda, já que odiava a sensação de sua mão suja e seca. Já até sentia a falta de ar lhe invadir graças a falta de umidade na mão.
Yoon abriu a porta do quarto com cuidado para não machucar ainda mais a mão e sorriu fechado para Jessy, que escrevia em um caderno bem feminino.
— A princesinha da casa machucou a mão? — Jessy questionou brincalhona e Soyoon jogou os ombros para trás, exausta.
— Quase isso. Fui fazer um trabalho da escola e uma menina moradora da casa da minha dupla derrubou chá quente em mim. Tive que enrolar isso pra pasta d'água não sair. — Yoon explicou colocando as coisas no chão e se jogando na cama.
— Você não parece muito bem e acho que não é por causa da mão. — Jessy comentou voltando a escrever.
— Faz parte da vida não estar bem todos os dias. —
Yoon respondeu e pegou seu aparelho celular checando algumas mensagens.
Haviam 15 mensagens de 5 conversas, mas ela quase não tinha disposição para responder.
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Sete Finais
FanfictionPara Yun Soyoon, ter entrado na escola mais cara e importante da Coréia do Sul foi uma grande vitória. Em uma escola onde a questão social vale muito, e os alunos são divididos por fortuna, Soyoon se sente perdida por ser filha de donos de uma peque...