Sete Finais

Capítulo 8 - Sessão 1

Eu vejo como sua atenção cresce
É como olhar em um espelho
O seu toque é como uma pílula feliz
Mas ainda assim, tudo o que fazemos é ter medo

— Bad Liar

Seoul, Capital da Coréia do Sul

Os olhos arregalados de Soyoon entregavam o quanto a ação repentina de sua professora havia a assustado. Sentiu suas mãos ficarem suadas e mordeu os lábios meio nervosa.

— Soyoon, o que foi que você disse? — Professora Ahra questionou novamente com um tom mais firme. Soyoon tomou um pouco mais de ar e se perguntou mentalmente repetidas vezes se poderia voltar no tempo e nunca ter entrando na sala de sua professora. — Soyoon...

— Professora, eu... bom, eu disse que o seu filho... ele...

— Eu ouvi bem o que você me disse, Soyoon. — Sra. Kim interrompeu a garota. — Quero saber o que meu filho te fez.

— Seu filho vêm me humilhando e fazendo brincadeiras de mau gosto com frequência desde ontem. Na sala de aula ele tem atitudes idiotas e fora da sala de aula também. — ainda de cabeça levemente abaixada, Soyoon contava baixo ainda por receio ao ver sua professora de braços cruzados a sua frente.

Soyoon desejava, desde que chegara no colégio, se tornar uma mulher como a professora Ahra, pois desde sempre, a mulher demonstrou ser forte, decidida, linda e com uma família incrível. Mas, agora, Soyoon teria que reconhecer que não passava de uma menininha medrosa que na primeira situação abaixa a cabeça. Sendo assim, como conseguiria ser alguém como a Sra. Kim Ahra?

— O que meu filho te fez exatamente, Soyoon? Por acaso isso tem a ver com o assunto ao qual eu havia conversado com você e pedido pra que você me dissesse a verdade?

— N-não, professora. — Soyoon respondeu com cuidado. — Taehyung, seu filho, me fez cair várias vezes no chão e me humilhou na frente de todo mundo no refeitório. Sem contar que hoje, ao abrir meu armário, minhas coisas estavam cheias de tinta. Meus materiais escolares importantes estavam completamente molhados de tinta!

Sra. Ahra entreabriu a boca e afrouxou os braços cruzados. Semicerrou os olhos e no momento seguinte se sentou novamente em sua cadeira.

— Você tem provas? — vacilando um pouco nas palavras, professora Ahra questionou com cautela, sem olhar nos olhos de sua aluna prodígio.

— Bem... Não, mas eu posso garantir que não mentiria sobre isso, professora!

— Soyoon... sua garantia não lhe serve de nada em uma situação como essa, entende?

— Mas... professora, o que eu ganharia acusando seu filho? Se eu falo isso é por precisar da sua ajuda. Eu preciso muito que a senhora me ajude, ainda mais em uma situação onde o seu filho está envolvido.

— Eu não seria capaz de entender os seus motivos para inventar algo. Mas a questão é que eu simplesmente não posso aceitar uma acusação à meu filho sem provas concretas, Yun Soyoon. — de forma ainda mais firme, Ahra comunicou sem olhar nos olhos de sua aluna. Soyoon engoliu seco e fechou os olhos por alguns segundos.

— Professora Ahra, eu...

— Você deveria estar em aula agora. Portanto, se apresse e saia.

Soyoon abriu a boca para responder, mas apenas suspirou e se manteve calada. Curvou a cabeça por alguns centímetros e virou as costas, saindo do local.

Sra. Kim sugou bastante ar para os pulmões quando viu sua aluna atravessar a porta, pousou as pontas dos dedos na testa e juntou as pálpebras. Seu coração estava aflito e sua consciência gritava contra si mesma, a mulher sabia que havia 90℅ de chances de que Soyoon não estivesse mentindo sobre seu filho, afinal, Yun Soyoon nunca mentia. Yun Soyoon sempre fora a garota prodígio do Atakura Seoul, e não só a Sra. Kim como todos os outros professores sabiam disso.