Capítulo 51 - Sessão 2

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Eu não vou apontar dedos

Eu não vou dizer que foi você

Eu vou deixar a vida tomar conta

E no tempo certo você verá a verdade

- tRuTh

Seul, Capital da Coréia do Sul

A cota de bom armazenamento de informações na mente de Soyoon estava quase que totalmente preenchida. A mente da garota havia dado voltas e voltas sem solução alguma para o que tinha descoberto no fim de semana dentro de uma cafeteria.

Yoon sempre pensou que conhecia cada pequena coisa sobre a história de sua família, mas se deu conta de que conhecia apenas sobre a família Yun, que era a família de seu pai. Ela não se lembrava realmente se alguma vez já havia conversado com sua mãe sobre a família da mesma, nem mesmo conhecia seus avós, mas nunca deu devida importância à isso, já que a família de seu pai supriu cada pedaço que faltava.

A história que conhecia era a de que seu pai, filho de dois fazendeiros havia conhecido sua mãe e se casaram. Era só isso que sabia. Nada mais nem menos.

Começar a descobrir aos poucos que sua mãe podia estar escondendo coisas, era horrível. Por menor que fossem as coisas, mesmo que Soyoon sentisse que estivesse se sentindo aflita a toa e fazendo tempestade em copo d'água, ainda assim não abriria mão de saber tudo o que tinha direito. Infelizmente ou felizmente, Soyoon era demasiadamente teimosa como sua mãe e extremamente curiosa.

Enquanto andava atordoada em passos ligeiros pela escola aproveitando o resto de tempo de intervalo, ela mal olhava para onde ia pensando em soluções para o que estava sabendo. O fato de saber que sua mãe teve um namorado na adolescência ela engoliu, é claro, não iria tirar satisfação com sua progenitora por ter visto uma lembrança da mesma em uma cafeteria com um antigo namorado, sua mãe sempre foi uma mulher bonita, é claro que não se envolveu apenas com seu pai na vida toda. Soyoon deixou o assunto de lado e nem mesmo cogitou a ideia de ir questionar senhora Yura sobre a foto que viu, mas então, tudo se tornou embaralhado e confuso na cabeça de Yoon quando reconheceu em Syru o mesmo rosto que viu na foto da cafeteria. E o pior era que seu professor tinha o mesmo sobrenome que o que estava marcado.

Soyoon levou os dedos até a ponta da orelha pensando em uma afirmação que lhe tirasse das dúvidas. Sempre que começava a pensar em soluções ou quando estava estudando, segurava a ponta da orelha com delicadeza. Sua mãe também fazia isso.

Soyoon era muito parecida com sua mãe.

Syru não era um nome comum. Soyoon se permitiu confirmar isso ao lembrar que a única vez que havia ouvido esse nome na vida foi quando ouviu falar no homem que comandava as ruas de seu bairro mexendo com drogas e mais outras coisas erradas. A jovem lembrava-se até mesmo que aconselhou Jeon Jungkook a se manter longe dos homens de Syru pois o mesmo era perigoso.

Soyoon nunca havia visto o rosto do Syru fora da lei, mas achou engraçado quando ouviu que o nome de seu novo professor substituto também era Syru.

O mais curioso era saber que logo sua mãe, morava em um bairro em que o comandante se chamava Syru e seu passado girava em torno dos sobrenomes Takog Russel, coincidentemente, o professor de Soyoon se chamava Takog Russel Syru.

- Ou... - Soyoon parou de andar aos poucos ficando no meio do corredor, ainda com os dedos na orelha. - O Syru do bairro e o da escola são a mesma pessoa. Mas o que esse cara estaria fazendo aqui? Não, não pode ser.

Ela passou as mãos pela cabeça e respirou fundo. Acelerou os passos novamente com a intenção de se aconchegar em um lugar vazio tendo privacidade. Ela precisava pensar mais.

Sete FinaisOnde histórias criam vida. Descubra agora