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Rebekah Brown P.O.V

14- Abril- 2018

Essas semanas, eu apenas mantenho distância do Deryan, vou só para as reuniões, converso com ele em frente aos seus funcionários, o que para mim só me dá vantagem pois percebi que ele tem uma paranoia pela sua imagem e quer sempre estar em cima de todos, até de mim.

A partir daquele dia não consigo dormir sozinha, o Henrique sempre me faz companhia, tentamos três vezes me deixar sozinha em um quarto mas foi caso de me ver chorar toda noite e não conseguir dormir direito.

- Precisamos falar!- Deryan sussurrou no meu ouvido, olha quem decidiu sair do seu ovo de orgulho.

- Acredita em mim não temos nada a conversar.- falei nitidamente irritada me afastando em passos largos.

- Fugiu de mim durante duas semanas não acha que é o suficiente?- ele falou me seguindo.

Entramos em um corredor vazio já que alguns estão a zona de treino, outros ao redor da casa e outros em outros países.

- Eu preferia que você fosse apenas um televisor escuro com voz como no primeiro dia.

Ele não respondeu nada, mas continuava me seguindo e isso estava me deixando irritada.

- Como é ser namorada do Henrique Guerra?- ele perguntou serio, na sua voz não tinha nem um pingo de diversão ou sarcasmo.

Parei estática no mesmo lugar, tempo suficiente para ele me pegar pelo braço e me puxar para perto dele, mais uma vez nós estávamos a centímetros de distância, sentia sua respiração descompassada bater na minha face. Ele já estava se aproximando mas alguém chegou, alguém que eu não esperava ver agora.

- Chefe, algum problema com a MINHA namorada? - Henrique fez sobressair a palavra minha, me puxando para perto dele.

Deryan olhou confuso, a sua respiração acelerou ainda mais como se fosse possível e seus punhos se fecharam.

- Como assim sua namorada? - sua voz saiu dura, ríspida e rouca.

- Oh- Henrique fez cara de sentido, como se realmente sentisse o facto do chefe estar prestes a explodir- pensei que a Rebekah tivesse o contado, amor porquê não o contou? - deu um beijo no topo da minha cabeça e sorriu, dando um aperto da minha cintura como se fossemos realmente um casal apaixonado.

Deryan deu uma rápida olhada em mim e para o Henrique, saiu pisando duro, sem deixar eu responder, mas que se fosse para esperar seria uma eternidade porque estou estática no mesmo lugar, sem sorrir e sem acreditar no que acabou de acontecer.

- Você está bem? - Henrique me virou para que ele me olha-se de frente.

- Eu é que te pergunto, você é louco? - falei nervosa, minhas mãos suavam, mesmo que estivesse uns -2 graus lá fora e que eu mandei desligar os aquecedores daqui de dentro.

- Eu só estava tentando te ajudar, desculpa!

- Tudo bem, realmente obrigada!- o abracei com força, Henrique tem sido meu amigo mais próximo e eu estou gostando da nossa aproximação.

Amizade se constrói e é isso que eu e ele estamos fazendo, construindo uma amizade, uma amizade nova que poderemos levar para toda vida.

- O que você está fazendo aqui? Não devia estar em outra parte do mundo?

- Acabei o trabalho mais cedo e então vim mais cedo, as baladas de lá são muito pregas.- ele riu e eu acompanhei.

- Você está mal habituado isso sim, as baladas do chefinho é que são um máximo.

Vendida pelo meu marido [O mafioso] 1  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora