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Derek Green P.O.V

13 - Abril - 2018

Um dia ela me paga!!! E como me paga, em um hospital qualquer ela mandou que me pusessem para que eu não morresse em um avião.
Com os meus informadores sei de cada passo que ela dá naquela casa e em tantos outros sítios, ver ela feliz e com Henrique me dá ódio. Ódio porque eu ajudei a construir a máfia, ajudei em tudo mas agora quem está com tudo em mãos é uma mulher, uma mulher que segue seus sentimentos, que se guia pelo coração, acima de tudo o motivo principal de ela não estar no trono é por simplesmente ela ser mulher.

- Já se sente melhor? - um médico de roupas brancas, com um sorriso na cara e uma plaquinha.

- Não consegui ver na sua plaquinha que eu não estou bem? - rosnei irritado, com vontade de sair daquela cama e bater na primeira pessoa que me aparece-se a frente desejando ser Rebekah esse ser.

- É melhor que se acalme senhor, se não serei obrigado a dar-lhe um calmante. - ele falou debochado como se aquela roupa branca ridícula lhe pusesse no poder.

- Dá Senhor perfeitinha que sua cara fica danificada mesmo antes de eu adormecer.

Ele não deu-se ao desleixe de me responder, apenas controlou se algumas coisas estavam em condições e depois saiu do quarto me deixando sozinho ali, com ódio fervendo e transbordando.

Rebekah Brown P.O.V

17- Abril -2018

Poderia dizer que minha vida deu uma reviravolta, sei lá se posso chamar o meu relacionamento com Henrique de namoro mas que isso me faz bem, faz sim. Acabei por descobrir que eu tenho mais que um amigo, tenho alguém que eu possa contar em todos os momentos para o que der e vier.
Deitados na minha cama, assistindo uma das minhas séries preferidas no Netflix "The Vampire Diaries", faço cafuné na cabeça de Henrique em meu colo que dormia. Com cuidado me ajeito e dou um beijo em sua bochecha, dou mais um no topo da sua cabeça e com ainda mais cautela tiro a cabeça dele do meu colo e caminho para varanda do meu quarto com uma chávena de chá na mão.

Seria estranho dizer que a quatro meses atrás aproximadamente, eu estava livre, podendo fazer minhas próprias escolhas e não depender de um cretino que aparece e desaparece como uma sombra, me pergunto agora: como seria se eu não fosse uma mercadoria? Como seria se eu tivesse casado com um homem que sabe o meu valor e tem uma vida monótona? Perguntas que eu não tenho uma resposta concreta, porque se eu pudesse escolher o meu destino, seria esse: a adrenalina correndo nas veias, a dor amarga de uma traição, traumas que irei carregar por toda vida, mas que acima de tudo a gota do amor que prevalece a cada dia.

- Parece que a cada dia a tua beleza só aumenta. - ouvi a voz rouca típica de alguém que acabará de acordar, braços rodearam minha cintura por trás e um beijo carinhoso foi depositado na maçã do meu rosto.

- Henrique, sei que parecerá a mesma pergunta mas tu já pensaste numa vida diferente ou até mesmo melhor?

- Se tu não estivesses lá, eu não pensaria. - o sorriso sonhador que estava na minha cara havia murchado.

- Neste momento me esquece, estou falando de quando tu tinhas 6 anos, quando ainda sonhavas que prender bandidode era tua praia, quando ainda achavas as meninas eram mesquinhas e fofas de mais, tu nunca te imaginaste fora desta floresta, fora do campo de visão de Deryan? - perguntei me soltando dos seus braços e andando de um lado para o outro.

Vendida pelo meu marido [O mafioso] 1  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora