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Narradora P.O.V

2 -Setembro-2018

  A vida não está fácil para ninguém, enquanto uns empenham a tentar salvar a sua amada,outras criam milhares de planos de como matar quem diz a amar, pois o mundo da voltas e talvez essa seja a reviravolta da vida deles.
  Rebekah em seu quarto, escuro, macabro, sujo e humilhante se culpava por tudo que tivera feito sua mãe passar no passado, ela desejava ter sido uma menina obediente e sensata a ponto de olhar para todas as circunstâncias como obstáculos somente mas era difícil.

- Ela me amou...- sussurrou ela pegando sua barriga de dois meses e poucos dias - eu a decepcionei, sempre fiz o errado mas ela não desistiu de mim, nunca.

  A frustração dela seria maior se ela quisesse pensar no que ela teve que passar, ela foi estuprada por anos, agredida e matou seu pai, ouviu sua mãe dizer que ela não era sua filha, foi levada para um prostíbulo e teve que passar as piores humilhações da sua vida lá, depois casou-se no intuito de ser feliz e criar algo com alguém, acontece o incomum ela foi vendida pelo seu marido, mesmo que ela tivesse passado por tanta coisa o universo que parecia conspirar contra ela se encarregou de por e tirar coisas preciosas para ela, amigos, amor, fraternidade, sinceridade e verdades escondidas por milhares de pessoas. Só agora ela percebia que Henrique, Jason, Derek e claro Deryan sempre souberam de tudo e se desfrutavam do sofrimento dela.

  Do outro lado estava Deryan, empenhado, esperançoso e com medos, ele sabia que deixar uma mulher histérica e cheia de ciúmes com informações que pudessem destruir tudo a sua volta era a pior coisas que poderia acontecer com ele, Derek era um caso perdido, seu pai achava que estava um pé à frente já que com a ajuda de Henrique conseguiu levar a casa do filho, mas aquilo só passava de uma faixada até por quê Deryan tinha as informações suficientes para invadir o galpão onde sua amada estava mas ele só estava a espera do momento certo. Todavia ele por parte estava descansado por achar que a única bomba-relógio era Débora que poderia ser manipulada tanto por ele como também por Henrique, o que ele não sabia era que a bomba já tinha estourado e um gás radioativo de ódio estava no mesmo quarto que a morena de curvas esbeltas se encontrava.

- O plano está pronto, não precisa repassa-lo mais de dez vezes. - esbravejou Henrique cansado, ele também era o dado deste tabuleiro de xadrez, a carta do baralho, talvez o A de copas mas que fique claro Deryan era a rainha e Rebekah o rei, Deryan daria a vida por ela e Rebekah esperaria no seu trono até que o reinado se desmoronasse por inteiro.

- Eu quero que esse plano dê certo, é a minha mulher e o meu filho que estão em jogo. - Deryan também estava cansado, sua insônia nos últimos meses fez dele um escravo do trabalho, ele procurava resolver até os mínimos detalhes, ele se encarnava na pele do professor, planeando o assalto a casa da moeda na Espanha, na série La casa de papel.

- Pois é, a tua mulher e o teu filho, até parece que tem probabilidades de eu um dia esquecer isso. - ele falou sarcástico, dando uma risada sem humor no final enquanto saia do escritório improvisado no novo apartamento de Deryan.

  Nunca o julgaria, afinal de contas ele queria mais esse filho do que Deryan, mas ele foi atribuído a quem não merece, Henrique realmente achava que ainda amava Rebekah e também tinha em mente que Débora era somente uma distração divertida até ter Rebekah nas suas mãos. Ele era convicto que Rebekah já sabia da verdade, essa mentira não iria durar por muito tempo até durou mais do que o esperado, mas lá estava ele esperando ansiosamente por abraçar Rebekah e ouvir ela dizer que quer ver Deryan a quilômetros de distância dela e do bebê.

  Rebekah e Deryan sempre estiveram unidos, desde que ela nasceu, porque para levar tudo do pai dela e tinha que assinar um contrato que o tornava parente de Rebekah, uma espécie de pai protetor que só passou do papel mesmo, porque ele sumiu do mapa quando entregou a criança que o encantou em poucos segundos a porta de uma casa deixando um bilhete com todas as instruções e duas delas era clara e objetivas:
Ela é minha propriedade, se eu souber que ela está morta podem cavar vossas covas porque vão ser enterrados vivos;

Vendida pelo meu marido [O mafioso] 1  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora