Acho que me esqueci que tinha uma escolha
Deixei você me empurrar além do ponto
Suportei por nada, então eu caí por tudo-Roar,
Katy PerryHeidi sacou a adaga. Alice, o arco. Ambas atacaram simultaneamente a Guarda Real que antes estava concentrada no Lanceiro Misterioso.
Isso foi definitivamente uma vantagem para ambas, que puderam tirar o proveito do ataque surpresa para si.
Todavia, não durou muito, pois muitos guardas notaram a presença de ambas, e se dividiram para atacar.
Os soldados eram mais profissionais, mais acostumados e melhores em questões de batalha corpo-a-corpo, o que era uma desvantagem evidente para o lado das irmãs e do Lanceiro.
Seria milhares de vezes melhor se as meninas soubessem qual era seu poder, dado que são uzis. Porém, a sorte não estava a seu favor, então tiveram que lutar como habitantes de Daverden normais.
Alice e Heidi se separaram e cada uma combatia três guardas simultaneamente, o que deixava o homem misterioso lutando contra quatro. Até que era justo, afinal, ele aparentava ter bem mais experiência.
Alice acertava flechas adoidada. Graças ao estoque grande, a morena não mostrava que desistiria facilmente.
O mesmo pode se dizer de Heidi, que mantinha seus reflexos devidamente apurados, esquivando-se de tiros e flechas de seus inimigos. Isto foi uma utilidade para a loira, que se aproximava dos guardas e perfurava as suas mãos — uma das únicas partes expostas pela armadura — enquanto chutava suas partes baixas.
Os soldados também não ficavam parados. Eram muito ágeis e tinham uma habilidade inexplicável. Conseguiam desviar dos ataques das duas irmãs, atirando balas, flechas e outros tipos de munição em cima delas.
O objetivo estava claro: eles queriam vê-las mortas. Desde a inauguração da lei que uzis deveriam ser mortos o quanto antes, Heidi e Alice nunca mais tiveram paz. Uma ordem boba criada por um príncipe bobo — que se tornará rei em poucos dias.
Mais atrás do campo de batalha em que as Meuer se localizavam, o Lanceiro Misterioso já feriu dois dos quatro dos seus oponentes, deixando cada vez mais simples seu combate. Sua lança de ferro eletrizante não estava mais em suas mãos, e sim cravada no peito de um dos guardas reais.
Aquela cena horrorizou Alice por alguns segundos, que observava tudo atenta, tentando imitar os movimentos de seu parceiro em seu próprio embate. Contudo, esses poucos segundos de distração foram o suficiente para seu adversário perceber a ausência de foco dela e perfurar suas costelas enquanto estrangulava-a por trás, tirando o fôlego da garota.
Ela arfava, gemia e se debatia, mas nada fazia o soldado soltá-la.
— Não a mate. — exigiu um dos soldados que lutava contra a menina, que implorava para recuperar o fôlego. — O príncipe quer vê-las vivas.
— Uma exceção? — questionou o que enforcava a morena. — Vossa Alteza não é destas coisas....
— Confie em mim. — Ele o cortou.
Alice não viu — talvez pois não conseguia virar —, mas imaginou que o moço exibia uma expressão desconfiada. Apesar disso, ele respirou fundo antes de falar:
— Está bem, mas saiba que você que ordenou. — O guarda falou, soltando o braço da garganta de Alice e segurando ambos seus punhos. Em sequência, algemou seus pulsos e a jogou para o soldado em sua frente, provavelmente o vice-líder, dado que o outro morreu pela lança do Lançador Misterioso. — Mas saiba que perdemos uma ótima oportunidade, Breno.
— Estou ciente disto. — Ele informou, segurando os braços de Alice.
Os dois se entreolharam e Breno saiu do local, com Alice em seus braços.
— Me solta! — ela berrava a plenos pulmões, esperançosa que sua irmã poderia ouvi-la.
— Cala a boca, peste. — ordenou o homem, levando a garota para a carruagem dourada.
Os gritos de Alice para Heidi estavam inaudíveis, portanto a loira não teve chances de socorrê-la. Ela estava extremamente focada em seus adversários, seus reflexos ainda muito apurados e sua energia abundante. Nada a faria parar no momento.
Um dos Guardas de uniforme verde musgo atirou uma bala congelante nela, feita para petrificar qualquer coisa que a tocasse, mas ela defendeu a munição com um aceno de sua adaga, fazendo a bala se virar contra o atirador.
Quando a bala perfurou a pele de suas bochechas, ele não petrificou de imediato, o que deixou Heidi um tanto confusa.
"Talvez ele seja imune por algum medicamento que tomou", Heidi pensou, mas não teve muito tempo para criar teorias, pois o homem estava furioso com ela.
O Lanceiro Misterioso, por sua vez, não via problemas em combater seus inimigos. Para ele, tudo era apenas mais um aquecimento. Ele atirava, desviava, feria, chutava, cortava, socava, cravava, defendia, atacava, enfiava, jogava, esquivava, e estrangulava. Era como uma máquina viva, simplesmente absurda a sua performance na briga, deixava todos completamente pasmos.
Depois de destroçar a Guarda Real restante contra ele, lançou sua lança de ferro eletrizante em direção ao guarda de verde, no mesmo local que perfurou o líder da Guarda, tendo o mesmo fim que o líder.
— Não precisava ter feito isso. — falou Heidi, indignada por ele ter feito seu trabalho sujo.
— Foi um prazer, gatinha. — Ele mexeu no cabelo, girando a lança entre seus dedos. — Aquela é sua irmã? — o Lançador apontou para uma Alice se debatendo ao fundo, entrando na carruagem de ouro da realeza.
Heidi começou a correr para socorrê-la, mas o homem da lança segurou-a pela roupa, impossibilitando-a de prosseguir.
— Um, precisamos de um plano, gatinha. E dois, ainda falta dois guardas bem ali. — Apontou para atrás dele, onde os soldados eram visíveis. Além de serem visíveis, estavam se aproximando.
Heidi bufou, tirando a mão dele de suas vestes.
— Um, não me chame de gatinha. Dois, você acaba com eles em um piscar de olhos. — Ela resmungou.
— Isso é uma verdade, gatinha. — disse ele, ignorando o pedido da garota. — Salvar ou lutar?
— A opção mais óbvia.
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Fuga Familiar (Não Revisada)
Fantasy"Viver a vida nunca foi fácil, mas continuá-la é ainda mais difícil." -Gerald Hertel, Capítulo Dezenove: A Vingança Será Feita Heidi e Alice sempre fugiam, desde o ataque. Até um dia, ao desenterrarem seu passado, descobrirem muito mais do que elas...