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Anna C. Evan, 12/02/2018. Praia de Aparecida, Santos - SP

    Hoje eu acordei com o som da chuva forte no telhado, o que me preocupou um pouco já que a situação da casinha da minha tia não é das melhores. É como ela diz: “A casa precisa de uma reforma básica”.

    Eu e minha primas nos desentendemos às vezes (se lê “quase sempre”), e hoje foi um desses dias. Às vezes eu paro de falar com elas. É muito do nada e nem eu sei porque faço isso, mas eu faço. E eu fiz isso hoje. Minha prima ficou um pouco magoada, mas nós nos resolvemos rápido (geralmente).

    Mesmo com o tempo frio e nublado fomos para praia, e ela estava mais cheia do que esperávamos para um dia com essas características.

    Passamos a tarde, praticamente, toda na água salgada e quentinha, e no momento em que a Alex deu um triplo mortal pra trás e quase morreu afogada, ela decidiu sair pra jogar em meu celular enquanto eu e a Maria ficamos engolindo um pouco daquela água um tanto poluída.

    E agora, nesse céu cheinhos de estrelas, mas sem lua, para o alívio da Alex (que tem tripofobia), nós percebemos que mesmo a algumas muitas milhas de distância ainda seremos iluminadas pelo mesmo céu a noite. Que quando olharmos pro céu e observarmos as constelações, como as três Marias, por exemplo, as mesmas estrelas estarão brilhando encima das outras duas. E isso me deixa aliviada. Saber que elas estarão lá quando tudo isso acabar. Que estaremos novamente, nós três, num trailer ou combi, viajando por aí, me deixa aliviada.

    Não vejo a hora desse dia chegar.

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