Capitulo 34

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Na noite anterior, depois de uma linda declaração, nós nos arrumamos rapidamente e se eu dissesse que chegamos a Times Square faltando cinco minutos para meia noite, ninguém acreditaria. O Ano Novo em Nova Iorque era surreal. É muito mágico para que eu pudesse descrever em palavras, só vivendo para saber. Você se sentia em uma cena de um filme, ou de um clipe musical. Era exatamente como vemos na televisão, tudo muito perfeito. Parece até que não é de verdade. Mas é. E eu estava lá. Sem conseguir tirar o sorriso do rosto, por estar passando o ano novo no lugar dos meus sonhos com o homem dos meus sonhos. Ao acordar na manhã seguinte, Shawn e eu tomamos café no hotel mesmo, queríamos aproveitar ao máximo aquele dia.
— Então... Aonde vamos primeiro? — perguntei, balançando as mãos que estavam grudadas com a mão de Shawn enquanto caminhávamos pelas ruas de Nova Iorque.
— Nós vamos patinar no Rockefeller Center! — ele disse, sorrindo, animado como uma criança.
— Aonde? — perguntei, fazendo uma cara engraçada, e antes que Shawn respondesse algo, eu o interrompi. — Mas, Shawn, eu nunca patinei na vida! — disse, já um pouco amedrontada.
— Então vai patinar pela primeira vez. — ele falou, dando de ombros.
— Não tinha uma coisa menos perigosa para fazermos? — perguntei, depois de entrar no carro. Nós tínhamos alugado um carro para andar pela cidade.
— Perigosa? Mila, você acha que vai cair, bater a cabeça no gelo e morrer? — Shawn dizia, zombando de mim.
— Que horror, Shawn. — falei com medo enquanto meu namorado gargalhava. Não demorou muito para chegarmos ao local desejado. Assim que chegamos, deparei-me com uma menina caindo de quatro no meio da pista de gelo, pobrezinha. E o pior é que eu tinha certeza de que em breve seria eu. Colocamos nossos patins e logo estávamos os dois dentro daquele lugar. Eu estava imóvel. Mal conseguia respirar.
— Vem, Mila! — Shawn tentava puxar minha mão.
— Shawn, eu vou cair! — falei, rindo, dando meu primeiro passo.
— Não vai! Confia em mim... — ele pediu enquanto segurava minha mão. Respirei fundo, dando a mão para Shawn, que me puxava vagarosamente pelo lugar, e, em menos de alguns minutos, eu já estava conseguindo patinar sem cair. Com Shawn ao meu lado, claro. — Viu, falei que não era ruim... — ele disse, rindo, enquanto eu me divertia patinando de um lado para o outro. Depois de mais de uma hora me divertindo como uma criança, Shawn e eu sentamos no gramado do Central Park para fazermos um piquenique. Ali você encontrava de tudo. Pessoas de todos os lugares, de todos os tipos, fazendo qualquer tipo de coisa. E o melhor é que ninguém te julgava, independente do que você fizesse. Essa, sem dúvidas, era uma das coisas que eu mais havia gostado dos Estados Unidos. No Brasil, você vai sempre ter alguém reparando em você, em o que você está fazendo, e sem dúvidas falando de você. Aqui, ninguém liga para ninguém. Cada um cuida da sua própria vida, sem se importar com a do outro. E era assim que tinha que ser. Depois de lancharmos, nós fomos fazer compras. Claro, só depois de eu encher muito o saco de Shawn. Eu não podia sair de Nova Iorque sem fazer compras. Nossa tarde se resumiu em lojas e mais lojas. Eu estava tão encantada com tudo que quase esqueci que Shawn estava ao meu lado e após muito andar, nós voltamos para o hotel.
— Liga para a North... — falei, deixando as inúmeras sacolas no canto do quarto.
— Aposto que ela vai reclamar mais ainda por não termos a trazido. — Shawn dizia, jogando seu corpo na cama, já discando o número em seu celular. Foi a mãe de Leah que atendeu e logo chamou a menina. — Oi, filha! — ele cumprimentava a menina. — Claro que eu estou com saudades. — ele olhava para mim, piscando o olho sorrindo. — Levei, a levei para patinar sim. — ele explicava. Com certeza já havia falado com a menina que me levaria para patinar. Logo, Shawn passou o telefone para mim e eu conversei com a menina, que me contou tristemente que não fez nada no ano novo.
— Como assim? — perguntei e North me explicou que Leah havia passado mal e os planos que eles fizeram para o ano novo foram por água a baixo. — Poxa, que pena... — disse, fazendo bico para Shawn, arrependida de não ter trazido a menina. Desligamos o telefone e eu expliquei a Shawn o acontecido, que ficou com o mesmo sentimento que o meu.
— O que você acha de um jantar em algum restaurante e depois darmos uma caminhada na praia? — ele perguntou, me abraçando pela cintura e beijando meu pescoço.
— Acho uma ótima ideia! — falei, dando um selinho em Shawn. — Vou tomar um banho e vamos. — falei, sorrindo, já indo em direção ao banheiro. Após um banho relaxante, eu coloquei um dos vestidos pretos que eu havia comprado. Larguinho, simples, porém lindo, junto com um sobretudo da mesma cor. Logo Shawn também estava pronto e fomos jantar. O restaurante escolhido foi um restaurante italiano. Sem dúvidas eu me entupiria de massas aquela noite e só uma caminhada na praia iria me fazer relaxar.
— Gostou? — Shawn perguntou enquanto andávamos pela praia. Um de seus braços estava ao redor do meu ombro enquanto eu cruzava meus braços para amenizar o frio.
— Do quê? — perguntei, encarando meus pés afundando na areia.
— Do nosso dia... — ele disse, dando uma leve risada.
— Claro! — levantei o olhar para ele, sorrindo. — Bem melhor do que o início da nossa viagem. — disse, gargalhando dos primeiros acontecimentos quando chegamos à Nova Iorque. Ele apontou para uma enorme pedra em um lado da praia, dizendo que éramos para sentar ali. Andamos mais um pouco e logo chegamos. Tirei meu sobretudo, apesar do frio, para que eu pudesse sentar sobre ele.
— Eu adoro mar. — Shawn falava, encarando o enorme mar à nossa frente. — Me traz uma sensação de paz, sei lá. — ele disse, dando de ombros, e eu concordei com cabeça.
— Eu também. — falei, respirando fundo. — Não gosto muito de entrar... Mas ficar assim olhando... é muito bom. — falei, também encarando as ondas se quebrando. — Posso te falar uma coisa? — perguntei a Shawn, já prendendo o riso, que afirmou com a cabeça. — Não pode rir... — eu dizia, levantando o indicador para ele.
— Fala logo, Mila. — ele dizia, rindo.
— Sempre tive vontade de fazer sexo na praia. — falei, olhando para frente novamente. Shawn soltou uma gargalhada gostosa e logo se pronunciou, convencido:
— Isso foi uma indireta? — ele perguntou com o rosto mais próximo do meu.
— Claro que não, Shawn! — olhei incrédula para ele, porém rindo. Realmente não tinha sido uma indireta, apenas um comentário.
— Você deveria saber... — ele disse, se aproximando. — Que não se deve falar isso para um homem estando em uma praia. — falou, por fim, colocando uma de suas mãos em minha nuca.
— Ah, é? — sorri, provocativa. — E por quê? — perguntei, como se já não soubesse a resposta. Shawn parou por um minuto, passando seu olho por toda a praia. Estava deserta, e, se caso alguém passasse por ali, aquela enorme pedra não deixaria que ninguém nos visse.
— Porque é bem capaz de ele realizar sua vontade. — falou com um sorriso torto e eu dei uma leve risada, colocando meu corpo um pouco mais para frente. Shawn colou nossos lábios lentamente, e, como uma brisa gelada, eu senti sua boca gelada encostando na minha, logo sentindo um choque de temperatura por nossas línguas quentes se encostando uma na outra. Shawn puxou meus cabelos pela nuca, exatamente do jeito que ele sabia que eu amava. Minhas mãos estavam pousadas em seu ombro e eu não hesitei em me deitar na areia quando senti o corpo pesado de Shawn vindo para cima de mim. Encolhi-me totalmente ao sentir a mão gelada de Shawn em minha coxa, já que minhas pernas estavam de fora pelo vestido, e ele não se importou em colocar a mão em minha bunda, mesmo estando onde nós estávamos. O beijo ficava cada vez mais intenso e o peso de Shawn não me incomodava, já que seu membro estava completamente em minha intimidade e Shawn não hesitava em se esfregar, fazendo com que todo o frio que eu estivesse sentido fosse embora.
— Shawn... — chamei sua atenção quando Shawn abaixou a alça do meu sutiã. — E se alguém chegar... — ele fingia nem me escutar, já que, em seguida, levou sua boca em meus seios, fazendo com que meus olhos se fechassem contra minha vontade. Foi eu que dei a ideia, certo? Eu sempre tive vontade, então eu tinha que aproveitar. Mandei que Shawn sentasse encostado na pedra, coloquei meu sobretudo e sentei no colo de Shawn, com uma perna de cada lado. Com o sobretudo aberto, tampava qualquer coisa que estivéssemos fazendo, e, se alguém passasse ali, não veria. Vi Shawn sorrir de canto quando me viu desabotoando sua calça. Um sorriso safado como de um garoto de dezoito anos. Às vezes, era exatamente assim que eu via Shawn, como um garoto pronto para ser domado. Ele me ajudou a abaixar só um pouco sua calça com cuidado, deixando o principal à mostra. Colei novamente nossos lábios e enquanto beijava Shawn, alcancei seu membro com a minha mão, o masturbando lentamente. As mãos de Shawn estavam por debaixo do meu vestido, em minhas coxas, e ele as apertava de acordo com a tensão que estava sentindo. Comecei a masturbá-lo com pressa, envolvendo todo o seu membro com a minha mão e Shawn levou sua boca em meu pescoço, deixando marcas para demonstrar o que eu estava fazendo com ele.
— Mila... — ele gemeu em meu ouvido, tentando se controlar. Ele não queria gozar e eu não deixaria. Mas é claro que ele não precisava saber. Masturbei Shawn até o último minuto, até sentir sua respiração ofegante, até segundos antes dele gozar e, sendo assim, parei, o deixando com a expressão mais frustrada do mundo. — Filha da puta. — ele disse, rindo, me pegando pelos cabelos e me beijando. Era a vez de Shawn se divertir. Com as pernas abertas em seu colo e de vestido, era o jeito perfeito para que ele pudesse judiar de mim. E foi o que fez. Shawn puxou minha calcinha um pouco para o lado e colocou seu dedo dentro de mim, fazendo com que eu respirasse lentamente para ter manter o controle. Mas esse era só o começo. Shawn me masturbava lentamente, com um dedo apenas em movimento, mas já era o suficiente para eu sentir prazer. E, sem demorar muito, ele inseriu mais um dedo com força, fazendo com que eu mordesse meu lábio inferior para descontar o que estava sentindo. Meu quadril se mexia involuntariamente e lá estava eu, rebolando enquanto era masturbada em uma praia. Não era uma coisa escancarada. Estávamos fazendo tudo muito discretamente. Mas, para nós dois ali, estava tudo intenso demais. Não estava sendo nada fácil sentir minha perna queimando enquanto arrastava pela areia da praia, mas eu estava fazendo o possível para não me importar. Shawn puxou a calcinha mais para o lado e me segurou pela cintura, me colocando em cima dele, literalmente. Eu segurei em seu membro para que o encaixe fosse perfeito e ambos fechamos os olhos ao nos sentirmos um no outro. Shawn levou suas duas mãos para minha bunda e ele mesmo fazia o movimento, de cima para baixo, de baixo para cima. Eu apenas estava ali, sentindo tudo dentro de mim. A expressão de Shawn era a melhor de todas. O homem mordia sua boca com tal força que fazia com que eu aumentasse o movimento mais ainda. Eu tentava não gemer alto, e isso só aumentava o tesão. Gemidos abafados, escondidos em uma respiração descompassada. Era assim que Shawn e eu nos encontrávamos. Eu sentava em Shawn com tanta rapidez que, por um momento, esqueci-me de onde estava. Abracei o corpo de Shawn, encostando minha testa na sua. Meu corpo estava cansado e minha intimidade pulsava de tanto prazer. Era o movimento das mãos de Shawn me impulsionando para baixo, misturado com o meu quadril de um lado para o outro. O atrito era tanto que, sem nem perceber, eu havia tido um orgasmo. Um orgasmo tão bom que me fez jogar a cabeça para trás e sentir o vento gelado em meu rosto, enquanto lá embaixo pegava fogo. Shawn e eu éramos assim, como dois pedaços de carne em brasa.

Au Pair • shawmila << adaptada >>Onde histórias criam vida. Descubra agora