Quando somos jovens, tudo é muito intenso, muito vivo. A noite anterior foi apenas a primeira de muitas. Aquilo começou a se repetir, digamos, todos os dias. Na cozinha, na sala, na piscina, no banheiro. Parecíamos um casal de adolescentes que estavam com os hormônios a flor da pele. Mas quer saber? Eu estava adorando. Quando mais eu conhecia Shawn, mais extasiada eu ficava. Os dias passavam e a cada dia era uma nova surpresa, uma nova qualidade que descubria em Shawn. Gentil ao extremo, charmoso, inteligente, cuidadoso e, como se não pudesse ficar melhor, companheiro. Shawn sempre me fazia companhia, fosse para um bom filme, ou para uma pizza, para simplesmente jogar conversa fora, tomar uma cerveja na beira da piscina, e, claro, um excelente companheiro sexual. Estávamos em uma sincronia perfeita, não havia brigas ou discussões. Au pair? Essa palavra não existia mais. Eu e Shawn estávamos em um momento a dois. Digamos que eu estava me sentindo nas nuvens mesmo com os pés no chão. Claro que tudo isso era por debaixo dos panos. North adorava ver como eu e Shawn nos dávamos bem, mas ela nem imagina que nós nos dávamos bem até demais. Naquela semana, Nate passou dois dias conosco e foi incrível ver a sensibilidade de Shawn com o menino. A tristeza de ter sido enganado, mas o amor pelo filho ainda vivo. Nós não tínhamos mais contato nenhum com Hailey. A loira nunca mais voltou na casa de Shawn, e sempre que tinha que levar ou buscar North, eram seus pais que iam no lugar. Só tínhamos notícias por eles, que sempre diziam que a mesma estava muito bem. Porém, pelo que North falava, não era bem isso. Ela sempre contava que passava a maior parte do tempo com os avós, dizia também que Hailey, quando estava em casa, o que era raro, ficava no quarto. Mas, graças a Deus, isso não era mais um peso, nem para mim e nem para Shawn.
Naquela noite, estávamos todos na casa de Justin. Inclusive Kylie e Jade. Havíamos criado um grupo de amizades e, sempre que dava, nos reunimos. Justin estava no sofá bem a minha frente sentado ao lado de Jade, com o braço em volta dela, e a mesma, com a mão segurando na mão de Justin. Sério que eles ainda queriam negar que estavam tendo algo?— Chegou! — Justin se levantou correndo quando a campanhia tocou. Pedimos, para aquela noite, comida japonesa. Além da irmã de Justin, mais dois amigos deles estavam conosco, e estava sendo uma noite um tanto quanto agradável.
— Mila... — Kylie se sentava do meu lado enquanto Shawn e Justin arrumavam as coisas na sala de jantar para que pudéssemos comer. — Vai ao aniversário do Matt? — ela perguntava e eu imediatamente levei minha mão na testa.— Nossa, eu quase me esqueci. — falei, lembrando que tinha que comprar algo para ele. — Se eu não for, ele me mata, né? — disse, rindo. Matthew faria vinte dois anos nesse final de semana, e faria uma pequena festa em sua casa, apenas para os mais próximos. E como ele estava me lembrando disso desde o início do mês, se eu não fosse, eu seria uma pessoa morta. Já era quase uma da manhã quando eu e Shawn resolvemos ir embora. Ele trabalharia amanhã e já estava muito cansado. Despedimo-nos de todos e eu corri para o carro para que não pegasse a chuva fraca que começava a cair.
— Vou explodir. — Shawn falava assim que entrou e ligou o carro. Ele passava a mão na barriga e fazia uma cara engraçada, me fazendo rir com a cena.
— Você e o Justin comem demais, credo. — disse, rindo e arrumando meu cabelo.
— Amanhã a North vai sair mais cedo da escola, não esquece. — ele me avisava e eu rolei os olhos.
— Eu que te avisei isso, Shawn, como eu ia esquecer? — perguntei, rindo, e ele deu de ombros. Depois de mais alguns minutos, logo estacionamos em frente a casa e eu corri novamente. Quase soquei Shawn ao entrar na sala e ver roupas espalhadas por todo lugar. Ele tinha se arrumado sozinho para ir para casa de Justin, já que eu estava na casa das meninas, e era sempre a mesma coisa. Shawn deixava a roupa onde estava.— O que aconteceu aqui? Um furacão? — perguntei, rindo e olhando para Shawn assim que adentrou a casa e ele me deu língua exatamente como uma criança. — Vou tomar um banho. — disse, deixando a roupa onde estava. Já era tarde demais e somente amanhã eu arrumaria aquela bagunça. Ameacei subir as escadas, mas logo fui impedida por Shawn, que me abraçou pela cintura.
— Posso ir com você? — ele perguntou, maroto, e eu prendi o riso pelo nervoso que estava sentindo por sua boca estar no meu pescoço.
— Hm, me deixa pensar... — me fiz de pensativa e falei: — Não. — e saí correndo em direção ao meu quarto. Shawn seguiu meus passos e minha tentativa de fechar a porta na sua cara foi em vão. — Ai, Shawn! — eu exclamava, quando ele me pegou pela cintura novamente, me levantando do chão e me girando no ar.— Vem que eu vou te colocar no banho. — ele dizia, me carregando até o banheiro do meu quarto.
— Para com isso... — dizia, rindo, e o mesmo apenas me ignorava. Shawn só me soltou quando chegamos ao banheiro, e sem ter tempo para respirar, ele me jogou na parede, levando sua boca até a minha em um beijo delicioso de tão desesperado. A mão de Shawn foi rapidamente de encontro a um dos meus seios, e ele massageava com tanta vontade que eu rolei os olhos só com isso. Shawn levou sua boca até minha orelha e deu uma mordida de leve, me fazendo ficar toda arrepiada. — Sai! — falei, o empurrando, sem parar de rir. — Assim eu não vou conseguir tomar banho nunca. — reclamei e Shawn sorriu, se dando por vencido, saindo do meu banheiro. Respirei fundo, sem conseguir tirar o sorriso do rosto. Enquanto tirava minha roupa e ligava o chuveiro, parei para analisar tudo o que estava acontecendo na minha vida naquele momento. Eu nunca imaginaria que meu intercâmbio me renderia a uma paixão... paixão? Eu realmente tinha pensado naquela palavra? Deixei a água bater em meu rosto e percorrer todo meu corpo. Eu não sabia o que sentia por Shawn, porém, sabia que sentia algo, e forte demais. Escutei um barulho e a porta do box abriu de supetão. — Shawn! — o repreendi, tentando me cobrir. Bobagem, como se ele já não tivesse me visto nua antes.
— Você tem noção de como é angustiante ter que te esperar lá fora sabendo que você está toda molhada e sem roupa? — ele perguntou, me encostando delicadamente na parede e aquelas palavras entraram em meu ouvido como um veneno em meu corpo. Shawn era demais para mim. Nós voltamos a nos beijar com tamanha intensidade. Um beijo gostoso, excitante e molhado. Shawn estava apenas de boxer e eu não esperei mais nenhum minuto em abaixá-la, o deixando nu, exatamente como eu. Uma das mãos de Shawn estava em meu seio, massageando como minutos atrás. A outra foi até o interior da minha coxa e Shawn logo começou a alisar minha intimidade. Ele adorava isso. Ele adorava me provocar e me ver implorar por ele. A água percorria nosso corpo exatamente como o tesão fazia. Era uma energia eletrizante, que me fazia ter vontade de gritar. Suas mãos, agora, foram até minhas coxas e, usando toda força, ele me suspendeu do chão, me deixando apoiada na parede e em seu corpo. Shawn pressionou seu membro com tanta força em mim, que eu soltei um gemido abafado de prazer, e olha que ele ainda nem tinha me penetrado. Nossas bocas não se desgrudavam de jeito nenhum. Não sei ao certo como era possível fazer tanta coisa sem ao menos parar de se beijar. Após alguns beijos na orelha e chupões no pescoço, eu não aguentava mais e tinha que acabar com aquela agonia naquele mesmo instante. Cravei minhas unhas nos ombros de Shawn e o mesmo apenas deu uma risadinha do meu desespero. O filho da puta sabia exatamente como era fraca quando o assunto era sexo, e estava se aproveitando disso.
— Eu adoro quando você fica assim... — ele cochichou no meu ouvido e eu nem conseguia abrir os olhos. Meu corpo tremia e minha intimidade latejava. Encolhi meu pescoço quando senti mais um chupão molhado de Shawn e o encarei séria antes de dizer:
— Por que em vez de você ficar falando, não mete logo? — perguntei, direta. Shawn abriu um sorriso tão safado que eu senti prazer só de olhar. Ele entendeu bem meu recado e finalmente deslizou dentro de mim. Fechei os olhos imediatamente quando senti Shawn entrando e saindo de mim brutalmente. Senti uma ardência junto com o delicioso prazer. A cada estocada, meu gemido ficava maior. A cada estocada, eu cravava mais minhas unhas nos ombros de Shawn. Eu estava vulnerável a ele, já que eu estava suspensa do chão e não conseguia fazer nenhum movimento sequer. Apenas Shawn trabalhava. Ele me fodia com tanta força que eu já estava sentindo meu corpo amolecer. Não era possível que o babaca conseguiu me fazer gozar tão rápido assim. Eu podia ouvir o barulho das minhas costas batendo com força na parede do box, assim como do corpo de Shawn batendo em meu corpo, ambos molhados. Mais algumas estocadas e eu deslizei até o chão, de olhos fechados e completamente desnorteada. Era incrível como Shawn conseguia me proporcionar orgasmos melhores a cada dia que passava.
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Au Pair • shawmila << adaptada >>
Teen Fiction" ela era só pra ser mais uma au pair que cuidaria de sua filha,mas parece que tudo mudou"