Chapter 10

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O maître nos levou a sacada e estávamos sozinhos. Coloco o guardanapo em meu colo e ela olha o cardápio. Abaixei aos poucos e me encara.

- Desculpa te chamar de criança.

- ....

- Desculpa, Jagiya. Foi sem querer. Não precisa me dizer o que não quiser.

- Okay. - subiu o cardápio e chamou o garçom.

Escolheu o vinho, seu prato e água. Estava entediada e segurei sua mão. Me olhou chateada e mudei minha cadeira de posição, beijando sua bochecha.

- Jagi..., saranghae. - sorriu de leve.

- Isso é injusto. - sussurrou. - Eu não te dei motivos para me chamar daquilo. Eu acredito ser bem madura pra você jogar na minha cara que temos idades diferentes.

- Desculpa.

- Eu já desculpei, mas não acredito que disse. - a abracei.

- Eu não acho que seja criança, foi só...

- Você pensa assim?

- Não, claro que não. - assentiu.

- Então não vamos mais falar disso. - entrelaçou nossos dedos.

- Ótimo. - me dá um selinho. Nos serviram o vinho e pedi o meu prato. - Do que quer falar? - beijo sobre sua orelha.

- Me fala da sua família. - sorriu.

- Ah...bem, eles estão em Daegu e minha mãe cria meus irmãos pela maior parte do tempo já que meu pai está sempre trabalhando.

- Deve ser difícil, imagino.

- É sim. Eu tento ajudar no que eu posso, mas eles são orgulhosos.

- Você é o filho mais velho?

- Aham. Com uma grande diferença, na verdade. - sorriu. - Agora fala da sua. Eu não sei nada.

- Eles não são alguém que eu queira comentar.

- Sem pressão, mas eu digo o que você quiser, se me ajudar a saber mais sobre você. Se não, vou ficar namorando uma desconhecida.

- Desculpe. Eles...não gostam muito de mim. Não depois de eu começar a namorar o Alex.

- Entendi.

- Eu não gosto de falar do Alex, Tae. Principalmente se for com você. - assenti.

- Tá bem. - bebi do nosso vinho.

- Mas posso falar que sou filha única e vim pra cá por causa do trabalho. Do meu sonho.

- Que você realizou.

- Pensei até que demoraria mais, admito.

- Tudo o que você quer, está bem aqui.

- Em Milão, Tae. Milão é o que eu quero.

- Quer morar aqui?

- Exatamente, quando surgir a oportunidade.

- Quem sabe eu possa vir pra cá contigo.

- Ou não...

- Por que o pessimismo?

- Sou realista, não pessimista.

- E eu sou otimista, muito, por sinal.

- Então nós nos completamos. - sorriu e beijou minha bochecha.

Nossos pratos chegam e dou em sua boca um pouco da minha comida, que ela olhava a um tempo.

- Que delícia...- sussurrou e rio soprado.

On TrialOnde histórias criam vida. Descubra agora