O maître nos levou a sacada e estávamos sozinhos. Coloco o guardanapo em meu colo e ela olha o cardápio. Abaixei aos poucos e me encara.
- Desculpa te chamar de criança.
- ....
- Desculpa, Jagiya. Foi sem querer. Não precisa me dizer o que não quiser.
- Okay. - subiu o cardápio e chamou o garçom.
Escolheu o vinho, seu prato e água. Estava entediada e segurei sua mão. Me olhou chateada e mudei minha cadeira de posição, beijando sua bochecha.
- Jagi..., saranghae. - sorriu de leve.
- Isso é injusto. - sussurrou. - Eu não te dei motivos para me chamar daquilo. Eu acredito ser bem madura pra você jogar na minha cara que temos idades diferentes.
- Desculpa.
- Eu já desculpei, mas não acredito que disse. - a abracei.
- Eu não acho que seja criança, foi só...
- Você pensa assim?
- Não, claro que não. - assentiu.
- Então não vamos mais falar disso. - entrelaçou nossos dedos.
- Ótimo. - me dá um selinho. Nos serviram o vinho e pedi o meu prato. - Do que quer falar? - beijo sobre sua orelha.
- Me fala da sua família. - sorriu.
- Ah...bem, eles estão em Daegu e minha mãe cria meus irmãos pela maior parte do tempo já que meu pai está sempre trabalhando.
- Deve ser difícil, imagino.
- É sim. Eu tento ajudar no que eu posso, mas eles são orgulhosos.
- Você é o filho mais velho?
- Aham. Com uma grande diferença, na verdade. - sorriu. - Agora fala da sua. Eu não sei nada.
- Eles não são alguém que eu queira comentar.
- Sem pressão, mas eu digo o que você quiser, se me ajudar a saber mais sobre você. Se não, vou ficar namorando uma desconhecida.
- Desculpe. Eles...não gostam muito de mim. Não depois de eu começar a namorar o Alex.
- Entendi.
- Eu não gosto de falar do Alex, Tae. Principalmente se for com você. - assenti.
- Tá bem. - bebi do nosso vinho.
- Mas posso falar que sou filha única e vim pra cá por causa do trabalho. Do meu sonho.
- Que você realizou.
- Pensei até que demoraria mais, admito.
- Tudo o que você quer, está bem aqui.
- Em Milão, Tae. Milão é o que eu quero.
- Quer morar aqui?
- Exatamente, quando surgir a oportunidade.
- Quem sabe eu possa vir pra cá contigo.
- Ou não...
- Por que o pessimismo?
- Sou realista, não pessimista.
- E eu sou otimista, muito, por sinal.
- Então nós nos completamos. - sorriu e beijou minha bochecha.
Nossos pratos chegam e dou em sua boca um pouco da minha comida, que ela olhava a um tempo.
- Que delícia...- sussurrou e rio soprado.
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On Trial
FanficQuando o coração toma conta das nossas ações, ainda sim somos responsáveis por aquilo que fazemos. Porém se o que desejamos demanda tanto esforço, não seria mais fácil desistir? Eu pensava assim, até conhecê-la.