- Sam, eu tenho uma coisa pra te contar...
- O que?
- Lembra daquela pergunta de ontem?
- Qual?
- Sobre meu ex. - assentiu.
- Então vocês realmente tinham alguma coisa?
- É...
- Espera. Eu acho que já sei o que quer dizer.
- Eu vi ele ontem, voltando pra casa.
- E vocês ficaram?
- Ele tem depressão, Sam.
- Eu soube. Mas então? O que quer me dizer?
- Eu acho que quero ficar com ele. - mordeu o lábio.
- Quer ficar com ele mesmo sabendo que talvez terminem de novo?
- Imagina se fosse com você. Acredito que também pensaria assim.
- Não sei. Só...boa sorte. - levantou e me deixou sozinha.
Já tive encontros piores.
Agora só falta ir até o chefe do Tae e tentar convencer ele. Ah! Dirigi até a porta do estúdio e passei pela secretária. Entrei no elevador memorizando o que dizer.
Antes de bater na porta do cara que manda em tudo, pensei três vezes se o Tae era tudo isso e...
Sim, ele é.
Bati e mandou entrar achando que era alguém da empresa. Me olhou sem entender nada e o encarei com ódio e medo.
- O que você faz aqui, posso saber?
- Eu vim falar com o senhor. - me sentei na cadeira.
- Eu não tenho nada o que discutir com você.
- Não interessa, eu tenho.
- Eu não tenho escolha mesmo...
- Não percebe que ele tem depressão, senhor? Ele não é assim.
- Vocês se viram? - começa a se enfurecer.
- Isso não importa. O que importa é a saúde dele. Eu vim aqui por isso. Ou vai ser acusado de maus tratos.
- Vai me processar, garota?
- Não quero, mas se for preciso.
- Admiro sua audácia de vir até aqui e me dizer pessoalmente o que pretende fazer. Mas saiba que não tem chance contra mim em um tribunal.
- Não sei não. Há tantos como você, que usam pessoas como o Taehyung. Fácil ganhar assim. - fica nervoso.
- O que quer que eu faça?
- Permita que eles tenham suas relações. Desfaz essa droga de contrato.
- Os níveis vão cair drasticamente.
- O mesmo vai acontecer se comparecer em um tribunal, senhor.
- Okay. Eu faço. - mexeu no computador e imprimiu sete novos contratos.
O que demorou muito porque eram muitas páginas e blá blá blá de burocracia. Esperou o advogado chegar e chamou os meninos. Me levantei quando chegaram e abracei Tae, que estava paralisado.
- O que tá acontecendo?
- Eu consegui. - sussurrei.
- Do que tá falando?
- Ele vai explicar. - me aninhei em seu peito e acariciou meu cabelo.
Estavam de olho em mim, sei disso, não sou burra. Principalmente Jungkook. Só que ele me olhava de outro jeito. Um jeito ruim.
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On Trial
FanfictionQuando o coração toma conta das nossas ações, ainda sim somos responsáveis por aquilo que fazemos. Porém se o que desejamos demanda tanto esforço, não seria mais fácil desistir? Eu pensava assim, até conhecê-la.