- Jagi? - chegou em casa tarde e me procura.
- Fala. - eu estou de licença à maternidade. Combinei com o TaeTae que ele vai cuidar das crianças quando eu voltar a trabalhar e depois nós revesamos quando chegar nas minha férias.
- Eu cheguei está hora por causa da reunião. - sentou ao meu lado. - Vamos ter outro tour.
- Quanto tempo? - estava chateada e ele sabe.
- Seis meses.
- Sério isso? Vai perder o nascimento dos nossos filhos?
- Talvez eu volte mais cedo. Eu não sei, Jagi.
- Tae, vai ser sempre assim? Mil shows e mil turnês. Quando eu vou ter você aqui montando os momentos bons dos nossos filhos?
- Desculpe. Não sou eu quem monto a grade.
- Não. Tanto faz. - vou pro meu quarto e me deito na cama, de lado.
- Me perdoa. Isso também me machuca. Eu queria ver eles nascerem. - encostou na porta.
- A culpa não é sua. Mas eu estou estressada, Tae. É muita coisa.
- Eu sei.
- Eu preciso de você pra me ajudar.
- Eu sei. Não quero sumir que nem meu pai fez. Eu quero estar aqui. Pra você. - sentou na cama.
- Tudo bem. Vou aguentar até você voltar. - tento me manter positiva e o abracei de lado.
- Vai ser rápido. - beijou minha testa.
- Tomara. - o apertei e acariciou meu rosto.
[...]
- Ah que dor...- me reviro na cama. - Meu Deus...
Ele não estava em casa, tinha acabado de ir pra Europa depois do show na Austrália.
- Merda. Como eu vou pro hospital? - reclamei.
Peguei o telefone e disquei um táxi. Desci com a bolsa maternidade e entrei no carro.
- Vai pro hospital mais perto. - tento respirar certo, mas doía demais. - Tem como ir mais rápido?!
- C-claro...
- Que droga...- choraminguei.
Eram exatas 21:30, ele não vai atender. Droga, droga, droga. Eu tenho que tentar.
"- Yobuseyo?" - era a staff.
- Fala pra ele.
"- Quem tá falando?"
- Não viu antes de entender, porra?! É a esposa dele.
"- Ah me d-desculpe, (S/N)."
- Diz que eu estou indo por hospital. - gemi de dor. - Diz isso pra ele?
"- Claro. Mas...a senhora está bem?"
- Não. - chorei. - Vai logo. - desliguei.
Quando cheguei no hospital, paguei o motorista e o deixei com troco por manchar seu estofado. Saía sangue de mim e isso me assustou mais do que tudo.
- Quero um quarto. - tento falar com a recepcionista.
- O que a senhora está sentindo?
- Eu vou ter dois bebês nesse instante. Então, é melhor ah...ter um quarto.
- Entendi. - fui levada até um quarto de parto cesária e a médica chegou.
- Onde ele está? - perguntou, examinando quanto tempo tínhamos.
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On Trial
FanfictionQuando o coração toma conta das nossas ações, ainda sim somos responsáveis por aquilo que fazemos. Porém se o que desejamos demanda tanto esforço, não seria mais fácil desistir? Eu pensava assim, até conhecê-la.