Capítulo 57 - Narrado por Isadora.

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Eu sorria olhando meu marido.
- O que acha de irmos ao cinema? Quero te beijar no escurinho... - falei manhosa mordendo com força seu lábio, o vendo sorrir de leve.
- Ótima ideia amor, mas temos que sair sem meu pai saber, se não ele vai nos encher de perguntas - Disse ele  ainda próximo a minha boca, me fazendo sorrir mordendo meu próprio lábio.
- vai ser muito gostoso. - completou ele  sorrindo, então levantei e fui até o closet, pensando em que roupa usar, mas quase nenhuma cabia mais em mim.
- Marcos estou sem roupa! - eu disse pasma o olhando - meu Deus... - falei negando e ele riu ainda sentado na cama.
- E isso é ruim? - Disse ele ainda rindo e eu neguei sorrindo, eu amava tanto aquele homem...
- Minha filha? Como está? Quer quer eu prepare o carro para te levar ao hospital? - Disse Tiago a porta.
- Não pai, ela esta melhor, conseguiu cochilar - Disse olhando para mim com o indicador na boca - shiiiii -Disse e eu ri colocando a mão na boca para não fazer barulho
- Marcos me avise se algo acontecer, tenho que ir para o escritório agora - Ele disse esperando a resposta.
- Pode deixar pai - Disse ele e o ouvimos saindo.
- voce é louco! - falei o puxando para mais um beijo.
- É assim que você quer me levar no cinema? Se continuar me beijando assim, não vou querer sair -Disse retribuindo o beijo.
- mas eu queria ir ao cinema... la também vai ter sua boquinha. - falei fazendo um chupão no pescoço dele. -adoro sua nuca.
- Ta... vamos - Disse ele se levantando da cama, o vi entrar no banheiro, levantei e fui até o closet novamente, olhei o colar e sorri indo com o mesmo até o espelho,  era lindo e brilhava demais, vi ele sair do  banheiro de roupão meio aberto e sorri ainda o olhando com o colar na mão.
- Sua vez - Disse ele sorrindo e indo até mim
- vai ficar incrível em você, vá tomar banho que depois você colocar - ele disse e eu sorri afirmando, o vendo ir até o closet.
Tomei um banho rápido e vesti um vestido claro com um cinto vermelho.
- Oi amor, estou pronta. - falei colocando o colar no pescoço e encarando sua roupa. Ele estava encantadoramente lindo
- Você está magnífica amor -Disse Marcos, ele sorria me olhando, e eu sabia que ele não me olhava por olhar, ele me admirava, como todas as outras vezes.
- Vamos... no caminho ligamos para Ana e Carter -Disse pegando minha mão para sairmos do quarto olhando de um lado para o outro, então ele  olhou para mim e sorriu - Tudo limpo... -Disse me fazendo rir, descemos as escadas e entramos no carro - Tente falar com Ana amor - Disse ele ligando o carro e abrindo a porta da garagem com o controle.
- Certo. - falei sentindo o cheiro de Marcos dentro do carro. - Adoro andar com você amor. - falei encostando meu nariz em seu ombro. Saí dali, coloquei o cinto de segurança e liguei para Ana, que disse que chegava la em 15 minutos. Desliguei a ligação.
- Marcos! - falei alto e ele me olhou. - tem dinheiro vivo aí? Tem um carinha que me deu comida uma vez que dormi na rua... - falei meio triste ao lembrar. - podemos passar la para pagar? Você realizaria um sonho... - falei o olhando meio que cabisbaixa
- Farei tudo o que puder para realizar suas vontades, principalmente se for algo tão simples de se fazer - Disse ele me vendo sorrir agora - Me diga onde ele está que vamos até ele imediatamente - Disse acelerando.
- É no centro amor, perto da praia. Ainda lembro das palavras dele... Ele disse: o que uma moça tão bonita fez para dormir fora de casa?  Então ele vendo minha cara de fome por ter passado a noite sem comer e no frio, ele me deu um sanduíche grande de frango. Comi tão desesperadamente que ele riu. - falei sorrindo mas só então percebi que estava chorando. Era estranho lembrar do que passei agora.
- Então eu preciso mais do que agradece-lo, mas recompensa-lo, por ter cuidado de você na hora que precisou, não se preocupe amor -  Disse enxugando minhas  lágrimas com uma das mãos - Quando você não tinha nada ele a ajudou, agora que temos vamos ajuda-lo - Disse e aquilo me fez sorrir, nunca iria esquecer a cara daquele homem...  - É assim que eu gosto de te ver, sorrindo.
Marcos estacionou o carro o carro de frente a uma barraquinha, tirei o cinto e respirei fundo,
- Serei rápida. - falei lembrando que ele era famoso e boatos estranhos podiam sair sobre nosso respeito.
Desci do carro e Marcos entrelaçou seus dedos fortes nos meus. Sorri com aquilo. Algumas pessoas nos olharam, ignorei e fui até a barraquinha.
- Senhor, voce lembra de mim? - perguntei e ele parou de cozinhar e me olhou. Ele era moreno, magro, usava boné e estava muito suado por causa da chapa.
- Você é... - ele pensou me olhando e pareceu lembrar. -Nossa... - ele disse sorrindo e saindo de trás da chapa. - você é aquela garotinha toda machucada e suja que alimentei um dia? - ele disse, era um senhor de idade, sem um dente da frente. Sorri para ele.
- Sim, sou eu. - falei sorrindo e chorando novamente. - obrigada por acreditar que um dia eu pagaria. - falei soltando a mão de Marcos e o abraçando o homem estava bem suado, mas não liguei. -Vim para te pagar aquele sanduíche. - falei no abraço, sai de perto e encarei Marcos sorrindo, ele olhava para a cena e por um instante nao soube o que dizer.
- Esse é o meu marido. Marcos. - falei e o homem limpou a mão na blusa e estirou a mão como comprimento, todos olhavam para a gente e uns até batiam foto por saber que Marcos era famoso, até porque um carrão daqueles, ele de calça jeans, blusa de botão e sapato social... Tão lindo, todos com certeza iriam olhar.
- É um enorme prazer conhecer o homem que ajudou minha mulher, eu agradeço do fundo do coração - Disse ele tocando sua mão - Quanto custa um sanduíche? - Perguntou e ele logo respondeu.
- 3 reais, senhor - Ele disse voltando para trás da chapa -Perfeito pagarei o que você deu para minha mulher naquele dia e quero que faça dois para a viagem, por favor - Disse ele  olhando para o senhor, então ele me olhou e sorriu me abraçando de lado, eu estava de boca aberta.
- Muito obrigada - o cara disse entregando uma sacola branca.
- Eu que agradeço por tudo. - falei sorrindo e apertando a mão dele mais uma vez,.
  Marcos sorria. Vê-lo assim me deixava mais feliz.
- Foi um prazer amigo, você ganhou mais um cliente assíduo - Disse sorrindo e o cumprimentando - Vamos amor... - continuou ele e eu dei a volta para entrar no carro com a sacola na mão, entramos nos carro e ele me olhou  - Que bom que está feliz meu amor - Disse tocando em minha coxa esquerda, por cima da prótese.
Sorri o olhando e assim que Marcos deu partida no carro uma moto parou de uma vez na nossa frente. Marcos freou tão rápido que fui um pouco para frente, mas segurei meu corpo com a mão no painel.
- Esta tudo bem amor? - disse Marcos me tocando, meu braço doía, droga de cinto que não coloquei.
- Quem... - falei olhando para o motoqueiro, gelei, Diego estava ali.
- Desce do carro! - disse ele olhando para mim. - Vamos acertar as contas sua vadia! - gritava ele.
Coloquei minha bolsa por cima da barriga.
- Não sai do carro amor. - falei apertando a perna de Marcos. Eu estava assustada. Graças a deus lembrei que o carro era blindado, então vimos várias pessoas que estavam antes batendo foto da gente, correrem.
- Quem é ele Isa? Você o conhece? E ele te chamou de quê? - Disse Marcos quase gritando no carro, então Marcos acelerou batendo o retrovisor no ombro de Diego e batendo na moto que foi ao chão - Imbecil... Isa se você o conhecer me diga agora... - Falou apertando o volante.
  - Sim... - falei assustada, odiava o ver com raiva. - não briga comigo! - falei tremendo. - ele era o ex da Ana, ele me odeia por tudo. Diz que a culpa é minha por ela ter mudado de vida.  desculpa... - falei chorando. Marcos ainda apertava o volante. - EU NAO TENHO CULPA DO MEU PASSADO - gritei e passei a mão com força no rosto. - você devia me aceitar do jeito que eu sou... - falei baixinho. Eu não o encarava mais. A forma que Marcos gritou me deixou tão nervosa, que comecei a ficar tonta. Fechei os olhos e coloquei a cabeça entre as mãos.
- Ei ei... eu casei com você acima de tudo se estiver com algum problema pode me dizer, eu te amo, sou seu marido - ele disse baixinho agora, eu sabia que ele tentava se controlar. - Meu sangue esquentou porque apareceu um cara xingando minha esposa no meio da rua, o que você quer que pense ou faça? - Disse ele ainda apertando o volante, mas respirava fundo se acalmando.  Respirei fundo também, eu sentia raiva de mim por tudo que eu havia passado.
- Você atropelou o cara! - falei ainda atordoada. -Marcos para o carro. - falei tapando a boca. Eu tremia de nervosa.
- Me desculpa... - falou baixinho, Parou em um estacionamento de um loja qualquer e me olhou - amor se eu tivesse saído do carro tinha sido bem pior, agora se acalme, saímos de casa para curtir, não gosto de te ver assim, eu que me desculpo, perdi o controle - Disse me abraçando.
- me solta Marcos! - falei brava. - Não estou me sentindo bem... - falei baixinho. Passei a mão com força no rosto. Eu sentia uma mistura de nervosismo e raiva. O vi comprar uma água. Eu suava tanto que o ar condicionado  não estava dando conta.
- Respire amor... vamos conversar, não pode ficar nervosa, quer voltar para casa? - Perguntou entrando no carro com  a garrafa de água.
- Não. - falei o olhando e enxugando as lágrimas antes de pegar a garrafinha d'água e bebê-la toda. - estou melhor... - falei respirando fundo. - dirige para o shopping logo. - falei ainda sem o encarar.
Por outro momento eu não conhecia Marcos. Ele ficou com raiva porque um cara me chamou de vadia, mas eu não pude ficar com raiva e pedir um tempo para pensar quando ele disse que era pai...
- Ta... - Disse e ligou o carro, dirigi até o shopping e estacionou.
- Está realmente bem amor? - Perguntou ainda no carro.
- Sim. - falei tirando o cinto e saindo do carro. Eu precisava encontrar Ana. Precisava ser abraçada. Fiquei muito nervosa em ver Marcos gritando comigo e atropelando Diego.

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