Capítulo 20 - Narrado por Marcos.

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Assim que chegamos lá Isa abriu a porta para eu passar, pegamos o elevador e o curativo já estava ensopado. Ela me olhava com culpa, como se a culpa toda fosse dela, de tudo, por parte era, mas eu a amava mesmo assim e nada ia mudar isso, logo chegamos ao andar e encontramos o médico.

- O que foi isso rapaz? - Disse o médico logo pegando no curativo, tirando e o olhando. Vi Isa virar de costas para não ver os pontos sangrando.

- Fiz um esforço indevido doutor - Disse sorrindo e virei o olhar para ela que estava de costas.

- É amigo, estou vendo que seu "esforço" fez abriu 2 dos 4 pontos, venha aqui - Ele disse me chamando para a sala.

- Venho já amor - Disse entrando na sala, ele limpou o sangue que estava saindo e ponteou novamente - Só isso doutor - Perguntei o olhando.

- Sim, é bem rápido, mas Marcos tenha cuidado, isso pode acabar se complicando - Ele disse e eu concordei com a cabeça me levantando e saindo da sala, Isa estava sentada na cadeira me esperando

- Oi amor – falou se levantando e vindo até mim - Como você ta? Ta com dor? Ta com fome? Ta com saudade? - ela falou séria como se tivesse realmente perguntando a parte da saudade, eu ri.

- Exato, estou com tudo isso que você falou - Falei me aproximando e a abraçando - Vamos para casa, hoje foi um longo dia... – falei e entramos no elevador. - Sinto muito por tudo hoje, vou fazer o possível para amanhã ser um ótimo dia. – falei e ela sorriu, chegamos no carro e ela me sentou direitinho, sentou ao meu lado e colocou sua mão na minha perna, logo chegamos em casa e ela avistou um bolo de chocolate na mesa, pegou uma fatia e me olhou.

- Abre a boca... – falou mostrando um pouco no garfo. Comi o pedaço de bolo que ela colocou em minha boca, estava delicioso.

- Quem diria Isadora Pacheco - Disse e ela olhou para mim - Lembro como se fosse ontem, na cozinha conversando e comendo bolo de chocolate - Falei e sorri - Meu amor por você começou naquele dia.

- Sério? – ela falou de boca cheia, neguei sorrindo com a cabeça. - porque te achei um riquinho chato. – ela disse me surpreendendo e eu ri muito - brincadeira amor lindo.

- Tudo bem amor, eu realmente era, você me mudou e por isso eu te agradeço - Disse me aproximando, melei o dedo de chocolate e passei em seu nariz rindo e me afastando - Ops... Foi sem querer

- Não, amor! – ela reclamou limpando com a mão - não faz isso... – ela disse e parecia irritada, mas então passou a mão suja nas minhas costas - aha! - falou gritando e rindo.

- Ei!  -Disse rindo - Não era para parar? Isso não vai ficar assim... - Disse me aproximando devagar, ela foi se afastando ate encostar na parede, eu cheguei bem perto a olhando nos olhos - Para meu azar estou com esses pontos, então deixarei minha vingança para outro momento - Disse a beijando e sorrindo.

- Estou esperando ansiosamente. - falou retribuindo o beijo. Era incrível o fato de eu ter a vontade de ficar beijando ela o tempo todo. - Vamos subir? Acho que precisamos de um banho. – ela disse lambendo o chocolate de minhas costas.

- Sim, vamos - Disse segurando sua mão e subindo até nosso quarto - Agora me diz como vou limpar minhas costas só com uma mão? – perguntei rindo.

- Mas... – me olhou - Jesus. – falou rindo e pensando – Nossa... me desculpa... Eu posso ajudar. – falou quando chegamos ao quarto e ela me ajudou a tirar a calça, ela me olhou sorrindo e eu a encarei.

- Não me olha assim, não me provoca - falei rindo. - não podemos abrir os pontos novamente. - falei sério. – Vem, não faremos nada de mais amor, tomarei banho de cueca, só precisa limpar o lugar onde não consigo alcançar - Disse entrando no banheiro e abrindo o box do chuveiro.

- Claro... - falou rindo, entrei no chuveiro, me molhei e ela entrou no box de roupa, pegou o shampoo e começou a lavar meus cabelos, já que eu não tinha o movimento de uma das mãos - Vamos lá meu papai Noel. – falou pegando a espuma do meu cabelo e colocando no meu queixo. - ficou lindo amor. Digno de foto. – falou e eu ri negando, abri o chuveiro e a água a molhou um pouco. - me dá o sabonete. – ela disse fazendo espuma nas mãos assim que a entreguei, ela passou em minhas costas, virei e ela passou as mãos com a espuma em meu abdome lentamente, ela olhava meus músculos da barriga se contraírem com seu toque, Isa me olhou nos olhos agora.

- Eu gosto tanto de você... – ela disse sorrindo e me olhando enquanto ainda me tocava.

- Eu te amo tanto... - Eu a olhava enquanto passava o sabonete em mim, peguei seu braço e a puxei para o chuveiro, não sei o que eu tinha, mas pela primeira vez estava sendo eu mesmo -Pronto amor, assim fica mais fácil - Falei rindo da situação, olhando para sua roupa toda encharcada.

- Amor. – ela disse rindo e negando com a cabeça, em seguida me beijou, foi um beijo cheio de paixão e quando começou a esquentar, ela pegou no chuveiro e mudou da temperatura quente para a gelada.

- Só assim para acalmar né? - falei rindo e tirando aquela blusa encharcada dela, foi com certa dificuldade, mas ela me ajudou.

- Vamos, já está quase de madrugada, vamos dormir. – falou descendo o short dela e pegando uma toalha.

- Você me chama para dormir, desse jeito... Você fica aí me ludibriando, só para me deixar com vontade de te pegar, pensa que eu não sei - Disse colocando a mão nos olhos, peguei minha toalha e me enxuguei, sai do banhei a vendo se trocar ainda de toalha, peguei uma cueca limpa na gaveta e voltei para o banheiro, me vesti e sai, ela já estava deitada na cama toda enrolada de frio - Quem mandou ligar a água gelada? - Disse rindo, deitei na cama devagar - Isso é um sonho se tornando realidade... - Disse e ela se aconchegou em cima do meu peito.

- Um sonho? – perguntou se aconchegando no meu peito enquanto entrelaçada seus pés nos meu, adorava aquele toque - como assim? – perguntou com sono, ela falava baixinho já com os olhos fechados.

- Sempre sonhei com a mulher certa, sonhei estando esse mesmo jeito e agora se tornou realidade - Terminei a frase bocejando, a olhei e ela já adormecia, apaguei a luz da luminária que ficava na mesinha ao lado da cama a olhando mais uma vez, assim que apaguei, também cai no sono.

MarcosOnde histórias criam vida. Descubra agora