Capítulo 19 - Narrado por Isadora.

868 41 10
                                    

- Como assim não sente mais o braço? - perguntei rindo, mas sem achar graça, eu me sentia assustada agora.

- A bala pegou em um canto específico, que fez eu perder parcialmente o movimento dos braços, então logo logo eu vou voltar a fazer tudo normal, é reversível amor, basta tempo – falou me olhando, mas eu só conseguia olhar seu braço paralisado. - Mas está tudo bem amor, vou ficar bem, isso não é nada.

Como perder os movimentos do braço não era nada? Como ele podia dizer que ia ficar bem sem a certeza que ia? E se ele não conseguir voltar a movimentar o braço? Meu pai havia feito aquilo com ele... a culpa era toda minha, se eu não tivesse saído do carro, nada teria acontecido...

- Você ta me dizendo que não sente mais o braço por minha culpa? – comecei a chorar e me sentir completamente culpada com aquilo. - Meu Deus! – gritei saindo da cama e tampando o rosto. - Meu Deus Marcos...

- Sua culpa? Não amor... não pense assim - Disse ele levantando e vindo na minha direção, mas eu estava tão nervosa que desviei de seu braço e continuei chorando sem encará-lo. - Você não tem culpa de nada. – ele tentou.

- Você não entende - gritei. - foi o meu pai e a minha mãe! - gritei chorando. - Meu Deus! - eu não sabia o que dizer. Eu só queria entrar naquele banheiro e me cortar até morrer. - Eu... - falei, mas não consegui dizer por que os soluços não deixavam.

- Ei... Chega olhe para mim, não adianta chorar agora, isso já passou eu não a culpo pelo que aconteceu comigo, isso não diminuiu o amor que sinto por você, Isa - Falou pegando minha mão e colocando por cima do seu ombro, Marcos me puxou pela cintura e me beijou, tentando mostrar o quanto aquilo não importava, tentando mostrar o quanto me amava. - Você será minha esposa e nada mudará isso – ele disse saindo do beijo e roçando seu nariz no meu, funguei.

- Me perdoa... - falei o beijando novamente. - Me perdoa... - falei beijando seu pescoço e me aconchegando ali.

- Não á o que pedir perdão, amor - Disse ele entre beijos - Vem deite-se comigo – Ele disse sentando na cama, tirou a tipoia azul e se aconchegou na cama me chamando, eu estava com muita pena e ainda me sentia culpada, não sei o que deu em mim, essa foi a primeira vez que não me cortei depois de outra decepção... Marcos estava me mudando? - Vem... – me chamou novamente e eu dei um leve sorriso deitando ao seu lado.

- Você não existe. - falei rindo e ditando no peito dele. Enxuguei meu rosto com a outra mão e ri.

- Diz que você é canhoto. - falei rindo. - Se não vai ter que aprender a escrever com a outra mão... E escovar os dentes com a outra mão... E... - o olhei. - deixa para lá.

- Eu acho que vou precisar que você cuide de mim – Disse ele sorrindo - E ai topa ser minha babá?

- É, Acho que eu consigo fazer isso... - falei passando a mão por dentro da blusa dele. - Até mesmo tirar sua roupa... - passei as unhas pela sua barriga. - Afinal, antes de dormir você vai tomar um banho não é? - falei rindo e ainda passando a mão no tanquinho dele.

- Sim é verdade, pode me ajudar nisso também? Por que eu não costumo dormir com muita roupa – Marcos falou me olhando.

- Claro... - falei sentando e ele sentou também. Puxei delicadamente a blusa e ele me ajudou a tirar também. O olhei meio sem jeito. Nos levantamos e eu o olhei.

- Você quer ajuda para desabotoar a calça também? - perguntei sorrindo, eu parecia nervosa agora.

- Eu agradeço sua bondade - Disse me olhando - Ta tudo bem amor? – perguntou antes que eu falasse algo.

MarcosOnde histórias criam vida. Descubra agora