Capítulo 93 Narrado por Isadora

202 25 13
                                    

Fui ao quarto, dei de mamar a Alissa e fui tomar um banho. Alissa dormia no berço, vi marcos entrar no banho e me deitei, o quarto estava friozinho, me enrolei. Eu queria curtir preguiça.
- Mô, quero curtir preguiça. - falei e vi Marcos ri só de toalha
- Vamos curtir meu amor, mas primeiro vou preparar nossa janta - Falou Marcos entrando no closet saindo dali usando uma bermuda - Juro que não demoro, se quiser me acompanhar, ligue a babá eletrônica - Falou enquanto dava um beijo carinhoso em minha testa.
- Obrigada... Posso ficar aqui? Pensando em você? Pensando na gente... No futuro...? - falei - pensando em novas músicas... Para você... Ele disse que podia e eu sorri fechando os olhos, fiquei pensando em tudo que tinha acontecido para eu estar ali, exatamente como eu estava, mas então o ouvi me chamar e liguei a babá eletrônica e desci as escadas vendo tudo.
- amor... - falei surpresa ao ver as velas. - que lindo... Nossa. É alguma data comemorativa e eu não sei? - falei rindo me aproximando. Marcos tinha feito muito coisa para mim, eu mesmo sendo sua esposa e estar quase acostumada com o romantismo dele ainda me surpreendia em alguns momentos, Marcos pensava tanto em mim e em Alisa que fazia meu coração ser completamente preenchido dele, me fazendo ser ainda mais dependente dele, como amo meu marido...
- Todo dia é uma data especial quando estou ao seu lado - Falou pegando minha mão e a beijando enquanto eu me se sentava na cama.
- O que temos para jantar fora você? - falei rindo e Marcos gargalhou baixo.
- Temos filé a parmegiana acompanhado com purê de batata arroz branco e um suco de laranja, nada melhor do que eu, mas... da para o gasto - falou me fazendo gargalhar, eu não entendia bem as comidas que ele me servia as vezes, mas sempre eram muito gostosas.
- Filé a o quê? Deixa pra lá, vou aprender esse nome nunca! - falei e Marcos riu - vai amor! To com fome, isso é tortura, o cheiro ta me matando - Disse e ele logo tirou a tampa fazendo o cheiro se espalhar
- Bom apetite - Falou em seguida pegando o prato e colocando um pouco de cada coisa - Aqui meu amor - Falou já me entregando o prata - Espero que goste.
-Hm... - falei gemendo - Marcos amor, assim você me mata. - falei rindo e mastigando. - Sério. Ta muito bom isso, onde aprendeu a fazer isso? - falei surpresa.
- Aprendi em um curso de culinária que fiz nos Estados Unidos - Falou colocando outra garfada na boca.
- Pois ta ai, arrasou - falei mostrando o sinal de legal com o polegar. Terminei meu prato e bebi todo o suco de laranja. - Até o suco tem gosto diferente feito por você. - falei sorrindo. - Agora eu só quero dormir já que estou de rabo cheio.. - falei vendo ele colocar tudo na pia e nós subimos para o quarto, me joguei na cama, Marcos riu das minhas gírias.
- Iremos meu amor, amanhã começará tudo de novo, não queria ir trabalhar - Falou com voz manhosa, Marcos tirou a bermuda e a colocou em cima da cadeira, então o vi entrar no banheiro, logo meu amor voltou para cama e me olhou, eu já estava toda enrolada. - Ei... tem espaço para mim ai? - Perguntou já chegando perto do meu ouvido.
- Que pergunta é essa? - Disse sorrindo e o abraçando, ele me beijou lentamente entrando debaixo do cobertor.
- Boa noite meu amor e obrigada pelo jantar foi maravilhoso - Disse ainda com os olhos fechados do beijo.
- Boa noite minha linda - Falou e me beijou novamente, me virou para o outro lado colocando a mão dele por cima de mim, senti Marcos me abraçar forte fazendo nossos corpos ficarem bem colados até que senti ele se mexer um pouco mais para apagar a luz, até que dormimos.
- Hey, amor... Bom dia, você vai se atrasar... - falei beijando o pescoço de Marcos que se mexeu
- Amor... Se continuar dormindo vai se atrasar... E eu não quero seu pai dizendo que a culpa é minha. - falei rindo e Marcos riu.
- Tudo bem amor...- ele disse, beijou minha testa e levantou para tomar um banho.
Marcos tomou um banho e eu fui ver Alissa que estava acordada, mas bem caladinha.
- Oi amor, bom dia. - falei a pegando no colo, Alissa chorou. - Ei, o que foi? Sou eu, a mamãe - falei e ela continuou chorando.
Marcos saiu do banheiro de toalha e me olhou, achando estranho de Alissa está chorando em meus braços.
- Segura aqui amor - falei dando Alissa para ele. Entre no banheiro e troquei de roupa rapidamente
- Vou ver se ainda tenho leite. - falei pegando Alissa de volta para ele se arrumar. Marcos voou para o closet e eu sentei com ela na cama que não parava.
Dei meu peito e ela relaxou, bebeu o leite e fechou os olhos. Suspirei aliviada com o som do vento. Marcos abriu as cortinas e a porta da varanda para correr um bom vento.
Ele vestia roupa social, ele era lindo.
- Eu amo você - falei o beijando de despedida
- Eu te amo - ele disse e beijou a testa de Alissa.
Marcos saiu do quarto e eu suspirei olhando aquela porta fechada. Eu ainda não estava acostumada a passar o dia todo sem ele.
- aiai... - falei suspirando novamente, Alissa dormiu e eu fui escrever.
"Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias mas a Terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário Estranho é gostar tanto do seu All Star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras, satisfeito sorri, quando chego ali
E entro no elevador aperto o 12, que é o seu andar, não vejo a hora de te reencontrar continuar aquela conversa, que não terminamos ontem, ficou pra hoje. "

Sorri satisfeita com a letra.
- Senhora, você não merendou nada, posso tirar a mesa? - ela perguntou e eu levantei.
- Pode tirar - falei ainda olhando para aquela música. Estava louca para mostrar ela para o produtor.
- A senhora quer que eu traga seu café da manhã no quarto? O que quer? Um suco de laranja?
- uhhh! Seria ótimo! Pode fazer isso? - falei sorrindo e abrindo a porta.
- Claro. - ela sorriu - vou buscar. Rocambole?
- Hm... Ja sinto até o gosto. - falei rindo e ela riu
- Até já. - ela disse e eu fechei a porta.
Vesti um short jeans claro e uma blusa manga longa listrada amarela.
Ouvi a empregada abrir a porta e eu saí do banheiro.
- Sua filha é tão linda. - ela disse com uma bandeja, a empregada era nova e com certeza daria tudo para agradar a todos ali.
- É sim - falei sorrindo e olhando para aquela comida. - Qual o seu nome?
- Cíntia. - ela disse e eu sorri.
- Lindo nome. - falei e ela riu.
- Se me dá licença, tenho uma cozinha para cuidar.- ela disse rindo e eu ri.
- Obrigada, quando terminar aqui, aviso. - falei e ela fechou a porta.
Comi rocambole e bebi todo o suco.
Eu amava suco de laranja.
Voltei a escrever a música de ontem quando comecei a sentir meu braço dormente, botei o braço para baixo e bocejei.
Comecei a me sentir tonta. Levantei me sentindo mal. Peguei o celular e fui ao banheiro lavar o rosto. O que estava acontecendo?
Escutei o choro de Alissa e sentei no vaso fechado.
Liguei para Marcos sentindo minha vista escurecer.
- Marcos... - falei baixinho e senti o celular cair da mão que formigava. O celular ainda estava chamando quando minha vista escureceu, cai no chão e não ouvi mais nada.

*Parte Narrada por Cíntia*

- Tyfani, está tudo saindo como o planejado, ela já tomou o suco. - falei.
- Ótimo, eu soube que ela era drogada. - falou ela e eu ri. -seu pagamento já está entrando na conta. Eu quero essa mulher fora dessa casa. O marcos vai ser meu. - ela disse e eu ri ao telefone.
- Relaxa, estou pegando a lâmina. - falei entrando no quarto. Aquela pirralha não parava de chorar, a peguei no colo e a olhei.
- Oi menininha. - disse a balançando. - dê adeus a sua mãe, ela vai morrer. - falei rindo e Alissa chorou mais. -cala a sua nojenta - falei e joguei a menina no berço.
Fui até Isadora caída no banheiro, peguei seu antebraço e comecei a fazer cortes fundos e grandes. Parei de fazer quando ja passava do décimo quinto corte. O banheiro estava cheio de sangue. Deixei a lâmina perto dela, e o vidro do remédio vazio, peguei o copo que ela havia bebido o suco e botei no chão deitado ao seu lado, caso eles queiram fazer perícia do copo, daria tudo certo, iam provar que ela tomou aquele remédio naquele copo.
Olhei para ela no chão e sorri, me deu um prazer tão grande em fazer aquilo, só em imaginar aquele dinheiro todo na minha conta...
O chão estava encharcado de sangue. Peguei uma revista que o assunto era o aniversário do filho dele. Deixei aberta para ser o motivo dos cortes.
Vi o celular dela tocando, ele já estava trincado e banhado de sangue por estar jogado no chão. Pisei no celular até ele desligar quebrando.
Saí do quarto e vi Alissa chorando. Ela estava com a testa vermelha. Ri com aquilo e sai do quarto fechando a porta vagarosamente, a casa estava totalmente silenciosa, "ninguém desconfiaria da pobre empregada Cíntia..." Pensei sorrindo, voltando ao trabalho.

-------------------------------------------
Não deixe de votar ⭐ por favor! É muito importante ❤️😍

MarcosOnde histórias criam vida. Descubra agora