Capítulo 89 Narrado por Isadora

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Entrei no hospital às pressas.
- moça, Antônio Carlos - falei e ela me disse o quarto.
Fomos pelo corredor e logo encontramos.
O médico estava saindo do quarto.
- Oi, como ele está? - falei e o médico me olhou
-Você é a filha dele? - ele disse e eu afirmei. - então, ele bebeu tanto que passou mal, está em coma alcoólico e estamos fazendo a limpeza nele, o possível para que fique logo bem.
- Tudo bem. O que podemos fazer? Temos que ficar aqui e esperar? - Ana perguntou e eu a olhei.
- Como a quantidade de álcool é grande, pode ir para casa, caso ele melhore, aviso. - ele disse e eu o olhei.
- Tudo bem... Então... Você me liga mesmo né? Caso ele acorde? - perguntei e ele me garantiu.
- Obrigada então... - falei, eu estava triste e cansada agora.
- Vai ficar tudo bem amiga. - ela disse e eu fiz que sim.
- Estou bem. - falei séria - ele fez por onde. - falei e ela afirmou.
- Eu entendo. - ela disse. - você nunca o vai perdoar né? - ela disse e eu fiz levemente que não entrando no carro.
- Edgar você pode, por favor, levar Ana para casa? - perguntei e ele respondeu:
- É para já. - falou e deu partida
Ana segurava minha mão e eu pensei em Marcos, que bebeu um pouco. Suspirei.
Logo Ana desceu e partimos para casa, estava tarde da noite e a casa estava totalmente escura.
- Me desculpa pelo trabalho - falei e Edgar me abraçou.
- Ta tudo bem, quando quiser estarei pronto. - ele disse e eu sorri.
- Obrigada. - falei e entrei na casa. Subi para o quarto e vi Marcos sentado em uma cadeira ao lado do berço de Alissa. Os dois dormiam.
- Amor... - falei tocando seu braço. - amor, acorde, vamos para a cama. - falei baixinho e ele abriu os olhos.
- Amor...   –Disse ele levantando a cabeça, olhou para Alissa que dormia em seu ombro e se levantou da cadeira a colocando na cama - Onde estava meu amor? eu estava preocupado -Disse me olhando, minha aparência era a de uma pessoa bem cansada.
- Estava no hospital amor... meu pai está em coma alcoólico, agora é para valer  - falei sentando na cama. - não queria te falar porque, um, era seu aniversário, eu não queria estragar isso e dois, você bebeu, não ia deixar você levar a gente de carro. - falei olhando minhas mãos. Eu estava cansada - me desculpe não ter contado.
- Eu entendo seus motivos meu amor e peço desculpas pela bebida, e como seu pai está? – ele disse me olhando e alisando minhas costas.
- já disse que não precisa pedir desculpas. - falei levantando e sentando em seu colo. - desacordado. - falei dando de ombros. - O chame de Antônio. Não quero que fale "pai". - falei e o abracei.
- Como quiser meu amor, então... o que Antônio teve para ter parado no hospital desse jeito? – ele perguntou com jeitinho acho que com medo de me machucar.
- Bebida amor. - sai do colo dele e peguei meu roupão. - muita bebida no rabo... Vou tomar um banho - falei e vi Marcos se levantar.
- Espere – Disse ele me segurando pelo antebraço  - Vem cá - Disse ele me levando  e me beijando - Eu te amo meu amor, pode contar comigo para tudo - Disse me abraçando forte e passando a mão em meus cabelos.
- Obrigada meu amor. - falei no seu abraço, o hálito de Marcos não tinha mais cheiro de bebida. - posso pedir um favor? - perguntei o beijando, Marcos deixou minha língua passear por toda sua boca. Terminei o beijo encostando minha testa na sua. - enquanto tomo banho pode ir à geladeira buscar o primeiro pedaço de bolo? - sorri e o olhei.
- Com prazer, minha linda - Disse me vendo entrar no banheiro, eu tomei um banho rápido e assim que sai do banheiro de roupão vi Marcos chegar  - Opa... cheguei em uma boa hora –Disse ele me olhando, me fazendo rir e negar.
- Hm... To morrendo de fome. - falei pegando o bolo ainda só de roupão. - Amor... - falei colocando o primeiro pedaço de bolo n boca. - pera... Hm... que bolo bom. - falei de boca cheia enquanto sentava na cama. - você acha que sou ruim por não sentir pena do meu... De Antônio? - perguntei me sentindo triste por não sentir tanto o que uma filha devia sentir.
- Não amor, não é para menos, olha tudo que ele te fez, olha o que ele nos fez, mas você fez bem em ter ido no hospital para saber do estado dele, estou muito orgulhoso de você - Disse ele sentando ao meu lado -Ta sujo aqui... - Disse ele e lambeu próximo a meus  lábios.
- Não faz isso, to me sentindo triste e você vem me lamber... - falei irritada e rindo no mesmo instante. - Assim não consigo me sentir culpada por ser uma filha ruim - falei rindo e comendo mais bolo
- Não fale isso de si mesma amor, como pode se cobrar de ser uma boa filha se ela não foi um bom pai, não pense mais nisso amor - Disse dando-me um beijo no rosto - Só quero seu bem.
- Aiai... - falei terminando de comer o bolo. - vou me vestir. - falei indo em direção ao closet, Marcos se deitou e eu vesti uma lingerie preta de renda.
Eu estava cansada.
Fui para a cama aonde vi Marcos bem enroladinho de olhos fechados. Tirei a prótese e me deitei o abraçando.
- Boa noite meu amor, descanse, você merece. - falei dando um beijinho em seu nariz.
- Boa noite meu anjo  - Disse me beijando e logo em seguida me levando  para debaixo do cobertor - Vem me esquentar amor - Disse ainda com os olhos fechados.
- hm... - falei o apertando mais. - Esta tão quentinho aqui... -  falei tão baixinho que acho que ele não me escutou. - te amo - sussurrei. Marcos estava com uma respiração pesada que por um segundo eu achei que ele tivesse dormido.
- Também te amo meu amor – disse baixinho beijando minha testa e me aconchegando mais ali.

MarcosOnde histórias criam vida. Descubra agora