Capítulo 65 - Narrado por Isadora

322 28 16
                                    

- Oi mamãe - falei e ana sentou na cama me mostrando um berço pequeno.
Fui na direção e quase chorei.
- Meu Deus Rafa! - falei rindo e olhando Ana. - que lindooo! - gritei baixinho.
- É sim! - ela disse rindo e eu a abracei.
- Ana, como está se sentindo com tudo? - perguntei e ela riu.
- Maravilhosa. Quando sinto essa criança em meus braços, o seu choro... tudo até o sorriso de Carter. Impagável. - ela disse e eu a abracei novamente.
- Fico feliz que está feliz. - falei e ouvi a porta abrir.
- Oi meu bebê - falei indo em direção a Marcos e o beijando
- Oi mamãe - Falou me  abraçando e todos riram - Olá Ana, como estão as coisas? -Perguntou Marcos   abraçando Ana agora, ela estava tão  feliz que era nítido sua felicidade.
- Maravilhosamente bem - Ela respondeu sorrindo, Carter sentou ao lado de Ana segurando na sua mão enquanto ele foi ver o Rafa -Nossa, que rapaz... - Disse sorrindo, ele me olhava e olhava minha barriga, certeza que louco para ver nossa menina, eu também estava ansiosa, ele veio Até mim, me abraçou por trás e alisou minha barriga.
- Estou tão ansiosa... - falei passando a mão por cima da mão de Marcos. - espero que meu parto seja normal e rápido igual ao seu. - falei rindo.
- Vai ser amiga. - ela disse e eu olhei Marcos sorrindo.
-Temos que ir... Ultimamente me sinto cada vez mais cansada e pesada. Carregar o bebê e a perna não está fácil. - falei e todos afirmaram. -Marcos já esta definido de tanto malhar braços me carregando. - Carter gargalhou
  -É o certo amigo... - Falou ele e Carter continuou a rir, nos despedimos de Ana e Carter, Marcos segurou minha mão firme e fomos andando para fora da casa.
- Estarei ao seu lado na hora meu amor, eu prometo -Disse ele ainda segurando minha mão.
- jura não soltar de maneira nenhuma? - falei rindo enquanto íamos ao estacionamento. Eu tinha muito medo de dar algo errado no parto, mas ele ali me tranquilizava.
- Juro meu amor - Falou sério abrindo a porta do carro e me ajudando a entrar, ele colocou o cinto e me olhou - Agora vamos para casa, vamos descansar - Falou me dando uns beijinhos e  fechando a minha porta, entrando no banco do motorista.
- Que bom, me sinto cansada. Tudo dói, principalmente as costas e o pulmão. - falei passando a mão na parte de cima da barriga. - Acho que é ela se mexendo e empurrando, Olha. - peguei sua mão e coloquei na parte de cima.
Senti Alissa mexer por cima da mão dele de tão forte. Chega travei o ar de uma vez.
- Opa... - falei soltando o ar vagarosamente. Aquilo doeu
- Meu Deus amor, que coisa linda, Alissa está animada - Disse ele sorrindo - Oi minha filha, é o papai... -Disse alisando minha barriga a vendo chutar -Pareço um bobo fazendo isso? -Perguntou olhando para mim, eu sim sorria como uma boba.
- Não, é lindo e doloroso - falei rindo e sentindo minha respiração parar mais uma vez. - podemos fazer isso quando estivermos no quarto?  Deixo até você ver. - falei me ajeitando desconfortável mente no carro.
- Claro meu amor - Falou ligando o carro, chegamos em casa e ele me ajudou a sair do carro com dificuldade - Minhas costas doem amor - Eu disse fazendo careta.
- Eu entendo amor, aguente só mais um pouco estamos chegando no nosso quarto - falou me ajudando, ele me pegou nos braços e eu gemi apertando seu ombro, subimos as escadas e ele me deitou na cama, suspirei aliviada e enquanto ele fechava a porta,  Comecei a tirar aquela roupa apertada, ficando só de sutiã e calcinha.
- Vem ver, ela ainda ta se mexendo. - falei rindo e passando a mão, Marcos se aproximou sorrindo e me olhando. Não sei se por causa da barriga ou por falta de roupa.
Ele viu e sentiu Alissa se mexer, me fazendo sorrir enquanto via o sorriso dele.
- Nossa meu amor... - Falou impressionado  - Acho que serei o pai mais babão de todos - falou rindo.

- E eu a mulher mais feliz do mundo por ter você. - falei e o beijei, Alissa empurrou com tanta força que meu ar parou novamente por alguns segundo, fazendo eu também parar de beijá-lo.
O ar voltou e eu sorri.
- Acho que ela vai ser jogadora de futebol. - gargalhei, mas logo parei por causa da dor nas costas.
- Você ainda quer minha massagem? - Perguntou vendo minha cara de dor toda vez que Alissa  chutava um pouco mais forte, eu não via a hora de Alissa sair, tanto por vontade de conhecê-la quando por minha causa.
- Como vai fazer? Não posso ficar de bruços, a não ser que seja sentada de costas... - falei o olhando. - me desculpe, hoje tá difícil...
- Eu entendo meu amor, me sinto impotente, sem conseguir ajuda-la, o que eu posso fazer para te deixar melhor? - Perguntou baixando a cabeça.
- Pega um pedaço de pudim e depois faz cafuné até eu dormir. - falei rindo.
- Com prazer senhorita - Falou e saiu lentamente do quarto, vestido apenas com calça, ele estava sem blusa e já tinha tirado o sapato social. Eu sorri suspirando e respirando fundo, fazendo aquela dor passar momentaneamente. Mas quando o vi voltar com a travessa, eu sorri lambendo os lábios.
- Vamos comeeer - Falou e eu sorri, ele me ajudou a sentar e me entregou a colher.
- Que delícia meu amor - Eu disse gemendo, eu comi rápido, três pedaços de Putim que ele havia trago.
  - Eita meu amor - Disse sorrindo.
- Foi ela... foi eu não - Eu disse apontando para a barriga e sorrindo, Marcos levantou e levou a travessa para a escrivaninha,  eu deitei na cama me enrolando e o olhei.
- Vem... - Eu disse o olhando e batendo no meu lado da cama, ele tirou a calça e ficou só de cueca Boxer preta, ele deitou ao meu lado e fez eu deitar a cabeça no peito dele, logo começou a fazer cafuné nos meus cabelos.
- Está bom assim, meu amor? - Perguntou e eu balancei a  cabeça já com os olhos fechados, apaguei a luz do abajur ao meu lado e fechei os olhos.  - Boa noite minha linda, durma bem - ele disse beijando minha testa eu eu disse que o amava, logo dormindo em seguida.
Acordei quando ainda estava escuro. Eu estava com uma imensa vontade de fazer xixi. Para não acordar Marcos, coloquei a prótese e dei a volta na cama em direção ao banheiro.
Eu estava muito, muito apertada. Então no meio do caminho senti algo escorrendo nas pernas.
Acendi a luz e gelei quando vi que não era xixi.
- Marcos... - falei desesperada. - Marcos... - falei gemendo e quase caindo no chão com uma dor forte.
- Isa... - Falou acordando atordoado com minha voz, ele levantou de uma vez e me viu gemendo no chão do banheiro, por baixo de mim, o piso estava banhado em sangue.
  - Isa... - Falou e vestiu a calça que estava na cadeira bem ao lado, e me pegou nos braços - O que foi amor? -Falou desesperado com todo aquele sangue.
- Alissa vai nascer... - falei gemendo com mais uma contração. - me leva para o hospital...  Ai.... - falei apertando a barriga, aquela dor me deixava com falta de ar.
Marcos desceu as escadas rapidamente e correu para o carro, me colocou no banco de trás, ele entrou no do motorista e eu gritei de dor mais uma vez, ele partiu com carro em disparada para o hospital, ele estacionou de qualquer jeito, me pegou nos braços e me levou para dentro do mesmo.
- ALGUEM!!!! MINHA FILHA ESTÁ NASCENDO - Falou gritando pelos corredores.
Aquela dor estava me deixando louca, cada contração, cada movimento que eu fazia me deixava com falta de ar.
- Marcos... Dói tanto... - falei gemendo e chorando ao mesmo tempo. Senti ele me colocar em cima de uma maca.
- Preciso que você respire fundo, vamos um dois três, respira - ele disse e eu fiz - um dois três respira. - ele disse e eu fiz mas gemi muito alto.
Meu deus, parecia que eu ia morrer.
- Um dois três respira. - eu ouvia um falando, tinham 3 pessoas de branco e Marcos ali.
Um dizia ao outro para ir se preparando para o parto normal enquanto me preparava. Me preparar?
- Um dois três respira - ele continuava de instante em instante.
Eu queria respirar mas a dor vinha e eu gritava
- Você quer assistir o parto normal? - o médico disse e eu gemi de dor novamente, mas olhei Marcos.
- Claro, ficarei aqui - Disse segurando a minha mão com força, o médico acenou com a cabeça enquanto a enfermeira me levou para uma salinha ao lado - Vista isso, se vai ficar não da tempo da descontaminação -Ela disse e Marcos vestiu uma roupa que cobria todo o corpo,  ele segurou minha mão e eu  suada e gritava.
- Vai nascer agora, mas não da mais para esperar. - disse um médico.
- Mas doutor ela ainda não tem a dilatação suficiente o bebê não vai passar - A enfermeira disse o médico a olhou.
-  vamos esperar para ver se ocorre a dilatação, um procedimento cirúrgico agora será de grande risco, tanto para ela quanto para o bebê - Ele disse e eu senti um calafrio dos pés a cabeça, Marcos estava paralisado.
-  MEU DEUS - Ela gritou apertando forte minha mão.
- Chega... tirem ele daqui agora - O doutor disse e a enfermeira foi na direção de Marcos.
  - Não eu tenho que ficar, não posso deixar ela só - o ouvi responder a mulher e eu apenas o olhei, preocupada, enquanto sentia meu corpo cansado.
Assim que o médico disse aquilo,  senti uma dor tão forte que minha vista escureceu.
- Ok, Ok! Ela está acordando... - disse uma mulher e eu abri os olhos ainda tonta. Gemi de dor e chorei
- Preste atenção mocinha - a mulher disse e eu vi Marcos chorando e segurando minha mão novamente. - você não tem dilatação suficiente, teremos que fazer uma cesariana de emergência. Você desmaiou e isso dificultou mais um pouco. Vamos te dar anestesia geral e a dor vai passar. Quero que se esforce para sentar... - ela disse me puxando e Marcos me segurou.
- Olha para mim.. - ele disse e eu senti a mulher apalpando o osso da minha coluna. - olha para mim. - ele disse e eu o olhei, eu me sentia fraca e tonta, a qualquer momento sentia que ia desmaiar de dor. - eu estou aqui... Eu te amo... - ele disse mostrando que segurava minha mão, a agulha entrou e eu gemi de dor.  Ver Marcos chorar me deixava agoniada.
- Obrigada por tudo... - falei assim que a mulher me deitou.
- Tente se manter acordada Ok? - ela disse e eu fiz que sim olhando para cima. Então eu não sentia mais minhas pernas.
- Bisturi - disse um cara e eu olhei Marcos. Tinha uma lâmpada branca bem atrás dele e eu quase só via sua sombra.
Comecei a balançar minha cabeça de um lado para o outro, eu queria sair dali, tudo doía.
- Ta sentindo alguma coisa? - a mulher disse verificando minha pressão.
- Não sinto nada...  - falei e vi Marcos beijar minha testa. Meu olhos abriam e fechavam vagarosamente.
Tudo começou a ficar lento e eu comecei a puxar o ar com dificuldade. Uma mulher colocou uma espécie de balão de ar no meu nariz, mas nao estava adiantando, eu não conseguia sequer segurar a cabeça
- Doutor ela esta pálida, seus batimentos estão diminuindo e sua respiração também está diminuindo o ritmo agora. - escutei alguma dizer e eu fechei os olhos.
- Tirem ele daqui, ela está perdendo muito sangue. - o médico disse e eu abri os olhos quase em desespero, começando a sentir uma coisa estranha no corpo.
- Me desculpa... - falei o olhando. - eu te amo... - falei com dificuldade e então eu apaguei.

-------------------------------------------
Quanto mais comentários, mais rápido eu posto ❤️

MarcosOnde histórias criam vida. Descubra agora