fifteen - us.

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        respondam as perguntinhas das notas finais, por favorzinho. boa leitura!

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         Eu, Taehyung e Jimin estávamos virando a própria encarnação do Sherlock Holmes, tentando desvendar o maior dos mistérios já inventados: Jeon Jungkook estava de fato apaixonado?

           — Tá tão óbvio, olha como ele fica sorrindo bobo pro nada — Taehyung sussurrou próximo ao meu ouvido, fitando o mais novo com muita atenção.

        Fiz o mesmo que ele, tentando analisar o que o Kim chamava de sinais corporais. Como um suposto "especialista em relacionamentos gays", Taehyung tinha algumas teorias que nunca faziam muito sentido, por mais que acreditasse muito nelas.

          Eu e Jimin sabíamos que ele não era um grande mestre em namoros, mas era impossível dispensar seus questionamentos ainda mais quando Jungkook realmente parecia estar vivendo num outro planeta.

          Nós três, juntos e sem o consentimento do mais novo, chegamos a uma conclusão: ele estava apaixonado, ou sob influência de drogas.

           — Disfarça, Tae! Ele está olhando para cá — Jimin disse, se ajeitando no banco de madeira no qual estávamos sentados.

          Assim que percebi que o moreno caminhava em nossa direção, arrumei minha postura e tentei não deixar evidente que, há poucos minutos, estávamos estudando seus movimentos enquanto ele comprava nossos sanduíches.

          Jungkook nunca foi alguém de muitas palavras. Claro que, comparado com a época quando nos conhecemos, ele havia evoluído muito e já não sentia tanta vergonha. Mas perto de nós, era claro o quão calado o mais novo podia ser.

           — Bom garoto — Jimin brincou, numa forma de agradecer aos lanches e mudar de assunto.

         Quer dizer, nós estávamos no meio de uma investigação amorosa muito minuciosa, mas isso não significava que Jungkook precisava saber.

          De qualquer forma, não demoramos a começar a devorar nossos sanduíches, que estavam servindo de almoço já que éramos as pessoas mais burras do mundo e havíamos pegado o ônibus errado.

         Isso claramente era culpa de Taehyung, que tinha uma impaciência absurda.

          Graças a esse seu defeito, acabamos parando no centro de Seul, que não era bem o que queríamos, já que morávamos na região periférica da cidade.

          Depois de xingar nosso amigo de todos os palavrões possíveis e imagináveis - inclusive, percebemos que o vocabulário de palavras sujas de Jungkook era bem extenso -, decidimos caminhar até uma praça de preservação ambiental e comer qualquer coisa, só para poupar nossa vida já que somos novos demais para morrer de fome.

         E, então, a situação que acabamos nos deparando era quase catastrófica mas, segundo Jimin, completamente comum na vida de adolescentes normais. Entretanto, nós definitivamente não éramos adolescentes normais.

          — Pelo menos o sanduíche é bom — Anunciei, quebrando o silêncio que sem dúvidas não era desconfortável, já que estávamos acostumados com nossos minutos de silêncio total ou gritaria estridente.

          De qualquer forma, era uma coisa minha: eu sempre falava demais, mesmo quando não deveria. Era como um movimento involuntário; eu simplesmente falava pelos cotovelos até não ter mais fôlego, e muitas vezes não percebia quando estava incomodando.

End Game || yoonseok.Onde histórias criam vida. Descubra agora